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Ja se fazia alguns meses que eu vagava por essa ilha.         Nesse momento eu andava por aquela areia, com meus olhos baixos e cansados. A tempos que não consigo dormir bem.
Eu tava cansada, suja, sem comida.      Ter que ficar caçando comida por aquele lugar, roubar pra sobreviver, era chato e cansativo.
Isso não era mais vida, eu não tava mais vivendo. Tudo que eu fazia era so pra sobreviver, ou pelo menos tentar sobreviver.

Essa ilha é no meio do nada, ja que quem vivia aqui era apenas os ricos que passavam pra descansar em suas casas luxuosas.
Eu so não estou morta nesse momento porque sou uma ótima ladra quando me convém.
E essas pessoas não merecem o dinheiro que tem, por isso não tenho pena em roubar o que elas conquistam.

Eu conseguia escutar as merdas que saíam da boca de cada pessoa rica desse lugar.
Tudo isso por conta de um dom que eu possuo desde criança.         Minha audição é extremamente boa, ao ponto de escutar até o barulho das comidas caras e gostosas que aqueles merdas mastigavam de tão longe. Tudo que eu preciso fazer é me concentrar.
Porém, isso também é horrível, ja que as vezes eu escuto o que não deveria e quando não queria.

Me sentei naquela areia, colocando meus pés descalços na água um pouco fria. Me deitei na areia, respirando fundo e encarando o céu limpo com poucas estrelas.        Era uma noite bonita e bem calma.
Eu finalmente sentia paz por um minuto.

Mas isso nunca acontece comigo. Essa paz nunca dura mais que segundos.

Ali, encarando o céu, meu corpo tremeu e minha mente que antes estava calma, começou a lembrar do motivo por está sozinha nesse lugar deserto.        Não pude evitar, meus olhos se encheram de lágrimas. Eu sentia tristeza, raiva e muito ódio. Uma enorme vontade de vingança.
          Eu não merecia tudo isso que to vivendo.

Eu vivo nessa ilha a meses, passando pela solidão a tanto tempo que eu não sei nem mais o que é falar com outra pessoa.       Eu nunca fiz tão mal ao ponto de receber isso como recompensa.
Eu não consigo sair desse lugar, porque não sei pra onde iria. Eu nem sei onde to.
Também tenho um pequeno medo de acabar me perdendo no meio do mar, sem rota.

Levei minha aos até um de meus bolsos, tirando de lá uma carteira de cigarro que eu tinha roubado de um desse ricos de merda.
Tirei um cigarro de lá, coloquei na boca e acendi com meu isqueiro.         Logo depois, encarei o isqueiro, vendo que o gás dele ja tava acabado.
Dou de ombros, pensando que teria que roubar mais coisas daqueles caras.

Me levantei um pouco, apenas pra me sentar naquela areia não tão confortável.
Fiquei la, sozinha, como normalmente está sendo.      Eu, meu cigarro e minha única Katana, que ja estava tão desgastada. A pouco ela pode quebrar.

Difícil ser pobre.

Ali, sentada, olhando a água se mover tão devagar, enquanto tinha o cigarro na boca, tragando. Fiquei por minutos, segundos, horas. Não sei, eu tava tão acostumada em ficar sozinha assim que o tempo já não fazia mais sentido.

Até que...

Algo me chama atenção.
Olho pra frente e vejo um navio se aproxima da costa.       Minha audição conseguia escutar o que tava acontecendo ali dentro, fazendo minha cabeça doer, ja que os tripulantes daquele navio gritavam.
O navio vinha rápido, me fazendo perceber que eles não tavam conseguindo controlar. Por conta disso, de sua velocidade, o navio acabou fazendo uma grande onda, a qual foi em minha direção.
O que me fez arregalar os olhos, mas não teve nem tempo de reagir.

O navio para perto ta costa, e aquela onda vai toda em mim.         Aquilo foi o suficiente pra me despertar, mas me aborreceu muito.
Além de ter me molhado pra caralho, ainda tinha apagado meu cigarro.

É tão difícil te amar - Roronoa Zoro x leitoraOnde histórias criam vida. Descubra agora