Estava escuro. Somente a Lua iluminava sua visão. Sua respiração estava rasa, enquanto o sangue escapava de sua face e barriga destinado aos seus braços e pernas na tentativa de auxiliar sua fuga.
Sentia seus pés descalços no solo de gelo, frio como a última lágrima de Roma. A direção que corria parecia Norte, porém não sabia se já havia passado pelo riacho.
Seja lá o que estivesse atrás, estava chegando perto, talvez mais perto do que sua carne conseguisse correr. O seu cangote estava quente e seus ouvidos doíam com o piar do gavião da noite. Os passos mais acelerados, assim como o coração.
E, em meio a mata densa e o cemitério feito de teias, caiu pela traição das raízes da árvore vingativa.
Seu corpo convulsionou e viu-se debaixo do cobertor novamente e, para si, Yin e Yan nunca fez mais sentido ao passo que o alívio tomou conta de seu consciente.
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Contos não binários
RandomOs contos começaram com uma simples palavra que se desenvolveu em algo muito mais amplo. Cada um deles representa algo considerado importante pela autora. Nenhum eu lírico tem gênero determinado (isso está por conta do leitor).