one

455 35 53
                                    


A respiração quente bateu contra seu pescoço o fazendo entrar em alerta e arregalar seus olhos, seu corpo se tornou rígido e o coração acelerou-se em total ansiedade.

O silêncio pairou sobre o local, logo a frente tinha uma grande janela de vidro que era possível ver a linda imagem da cidade, todas as luzes acesas e o contraste perfeito que isso dava durante a noite, fora a sensação maravilhosa que era de olhar tudo aquilo de cima. Nova York era realmente uma cidade magnífica a noite, uma pena não poder está aproveitando ela da maneira certa.

Lee Félix estava em apuros e ele sabia disso, era tanto nervoso que suas mãos se fecharam em punhos fazendo o homem atrás de si o observar ainda mais de perto, seus corpos com uma mínima distância.

- Me parece um pouco nervoso, pequeno lee.

A voz um pouco rouca e baixa saiu dos lábios vermelhos, fazendo seu corpo ficar ainda mais rígido se é que isso era possível de alguma maneira.

- Diga-me! Diga-me, diga-me do que precisa... o quanto precisa para me fazer ter um pouco de pena de você.

Lee fechou os olhos e os abriu logo depois, se sentindo venerável e intimidado, mas como se fosse de forma automática ele respondeu o que o outro queria e como queria.

- Eu preciso do seu perdão...

A frase saiu baixa e monótono, como um robô. E isso não foi muito esperto da parte do Lee. O outro se afastou um pouco colocando uma de suas mãos no bolso da calça de couro e Félix se virou para ele, os olhos dos dois se encontram e ali foi formado um contato visual por alguns segundos até o momento em que a seguinte frase foi proferida.

- Resposta errada, honey.

A cabeça do outro se moveu minimamente para o lado como se concordasse com sua própria frase, enquanto seu braço era levantado vagarosamente na direção do Lee.

Félix não teve tempo de reagir, apenas sentiu a grande mão ser posicionado sobre seu peitoral e ele sentir seu corpo ser jogado longe, indo ao encontro da grande janela de vidro.

Soou um barulho alto e estridente do corpo sendo jogado e os vidros sendo estilhaçados. Não demorou muito para o outro se aproximar um pouco da janela e o ver, abrindo os braços devagar ele também se jogou ao encontro do outro e assim ele pôde contemplar os olhos do menino que transmitiam choque enquanto seu corpo caía lentamente sobre a vista do seu pior inimigo.

(...)

Fechando a ficha o homem de aproximadamente seus vinte e cinco anos direcionou seu olhar julgador para o outro, arqueando minimamente sua sobrancelha para ele com um pedido mudo de explicações sobre o assassinato daquele rapaz.

- O que significa isso, San?

- Ora! Mais um caso? O que mais seria?

O homem bateu forte na mesa levantando-se e encostando na mesa e encarando Choi San de cima abaixo. É, realmente mais um caso e consequentemente mais um problema para si.

- Não brinque comigo, rapaz!

O Choi se indignou e levantou-se também, chegando perto do outro e apontando para a ficha na mesa, parecia realmente furioso mas não estava.

- Não estou brincando! Está vendo aquilo ali? É o seu trabalho, senhor Christopher Bang! Trate de o fazer bem e muito bem feito. Com sua licença.

Bang suspirou, quem os visse até poderia achar que estavam brigando, mas não estavam. Ele encarou a ficha e depois San que estava parado na porta e quando finalmente a abriu e estava preste de sair se virou e disse para o outro.

- Esse garoto é valioso, Chan. Por favor, pense e repense! Precisamos saber quem o matou.

E assim saiu, deixando Bang curioso e instantaneamente nervoso com toda aquela situação. Aquele dia realmente o prometeria bons arrependimentos.

GANGSTER SQUAD - HyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora