As únicas coisas que não me deixam enlouquecer totalmente são as árvores, existem dias onde paro de buscar a felicidade, o que é ser feliz?, a tristeza, traiçoeira como é, me alcança e não quer me largar, até mesmo o clima da cidade amazônida é egoísta, não muda nunca, a mesma repetição até o fim dos tempos, todo dia, o ano inteiro, o progresso é camuflado pelo ar interiorano de esperança de algo que não sabe o que é, nem o porque espera, mesmo assim o faz sem questionar, estou esperando alguém, não sei quem, talvez seja alto ou baixo, bonito ou feio, sábio ou ignorante, tantas possibilidades diversas para aquele a quem espero pacientemente, essa dualidade fascinante, ele é tudo e nada no momento, no fim não importa como ele realmente seja, será o que o meu eu quiser, sem questionar, aceitará de cabeça baixa o que lhe for imposto, não por uma ausência de uma própria personalidade, mas por uma comodidade única, não são todos os indivíduos assim? egoístas como o diabo? Não, não são, eu sou, e os outros também.