𝐧𝐮𝐧𝐜𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐢

segredos escondidos ao lado dos meus cigarros

Acabo de acender meu cigarro enquanto sentava em minha cama, logo apagando o fogo do meu isqueiro e guardando o pequeno objeto ardente e o pacote com meus cigarros na gaveta de baixo da minha secretária porque caso fosse em cima qualquer curioso que fosse lá iria notar.

nunca contei a ninguém que eu fumava. para alguns que eu conheço eu sou considerado um nenê inocente que não faz mal nenhum, mas nem tudo é verdade sobre o que as pessoas falam.

o amor me atormenta. especialmente quando o sinto assim que olho para aquele garoto de olhos grandes e de voz bela — meu amigo. aquele que eu sempre sorrio assim que o vejo, aquele que sempre presta atenção em mim assim como eu presto nele.

eu não queria me apaixonar, somos apenas amigos. não quero perder uma forte amizade ou ficar em uma friend zone.

tiro meu cigarro da boca e solto aquela fumaça de tabaco vinda de meu corpo, suspirando fundo por causa do estresse diário que sofro, sem falar da pressão em mim que é só solta assim que meu cigarro está acendido, porém quando é retirado de meus lábios e jogado na lixeira já apagado, tudo que sentia antes volta em dobro, sendo assim um ciclo vicioso para mim.

ninguém sabe tudo sobre mim, porém eu sei muito sobre os outros, como se ninguém me vesse mas eu via tudo de todos. 

nunca paro de pensar nele, nem chapado, aquele que eu ando apaixonado está fudendo minha cabeça como ninguém. puta que pariu, para de aparecer nos meus sonhos.

acabo de assoprar novamente a fumaça de meu cigarro — agora acabado e apagado na lixeira.

talvez eu vá lá na esquina comprar umas verdinhas, estou me cansando de cigarros comuns de tabaco.

estou pensando em escrever mais umas folhas e formar um diário, porém um anónimo para ninguém saber que o "anjinho" de sobrenome choi é um demónio em disfarce.

assinado: anjinho maconheiro