i whis you back - minsung

i want you

Minho deixou a cabeça encostada em seu antebraço deitado na janela, observando a luz da lua e os sons da água do mar. Sua cabeça estava tão conturbada de seus pensamentos, parecia uma casa de show lotada de pessoas que falavam ao mesmo tempo e as coisas que falavam o Lee não conseguia ouvir perfeitamente. Era mais uma das noites que vieram se repetindo depois que terminou seu relacionamento do Jisung.

Ele sentia tanto sua falta. Não conseguia saber o motivo do porquê tinha nascido tão confuso ao ponto de tirar quem mais ama de perto de si. Minho chorava se culpando tanto por não saber manter ninguém em sua vida e todos irem embora, ele sabia que por muitas vezes era por sua culpa. Mas, por quê?

Por que aquilo acontecia? Ele merecia tudo aquilo?

Nada dava certo, nada. Minho realmente sentia um amor tão grande e profundo pelo Han que chegava a lhe causar dor, ficava febril pela grande saudade que sentia do garoto de olhos escuros e bochechas gordinhas que lhe faziam tão bem, ele era seu ponto seguro, sua maior felicidade e paz. Han Jisung era tudo que ele tinha até o perder.
Minho tinha perdido o seu bem mais precioso. E isso era sua culpa, tudo que aconteceu com os dois era culpa sua.

Ele pensou que se continuasse daquele jeito e machucando seus mãos com os fortes socos que dava para descontar a raiva e a tristeza, Jisung ficaria bravo, preocupado e triste com aquilo, ele fazia tanto para ajudar o Lee, tanto que Jisung foi a maior força de Minho por tanto tempo. E principalmente por agora mas, não era como antes. Ele não estava mais ali consigo para lhe abraçar e dizer que lhe amava enquanto Minho chorava em seu colo querendo acabar com aqueles pensamentos.

Agora era só mais uma noite onde Minho chorava sozinho, sem colo, sem aquele carinho no cabelo, sem aquele beijo. Sem ele.

Estava tão frio, estava ventando e o céu mais escuro do que as outras noites, as ruas até a casa do garoto eram mal iluminadas e aquilo deixava sim o Lee com medo de sofrer algum acidente, sempre se sentiu incomodado andando sozinho por aí quando estava de noite mas agora ele precisava. Ele precisava sentir seu calor outra vez, precisava muito sentir seu coração bater em alegria, ele precisava da sua outra metade. Eles não eram nada mais que namorados, mas eles sentiam suas almas entrelaçadas uma na outra. Também não eram casados mas…se fossem para se separar, até que a morte nos separe.
Minho era forte em manter esse pensamento. Ele iria atrás do seu garoto custe o que custar.

Gostava de quando passava por aquela rua e lembrava dos passeios de bicicleta que fazia junto ao ex namorado todo domingo a cada duas semanas, era tão bom apostar corrida com ele e ouvi-lo rir com tanta sinceridade.

O relacionamento deles era tão lindo e puro, tão inocente de amor que Minho pensou por várias noites, por qual motivo ele errou tanto sendo capaz de distanciar os dois e interromper todo aquele amor.
Ele achava que sabia… Jisung não teria lhe direcionado suas últimas palavras e saído pela porta do seu quarto pela última vez só porque Minho se odiava.

Ou seria?

Ele gritou. Frustrado e congelando de frio, seus dentes se batiam conforme seu queixo tremia, o cabelo bagunçado pelo vento, seu rosto gelado pelas lágrimas curtas que rolavam. Por Deus.

Ele nunca se imaginaria na situação onde estava agora, ele nem mesmo se imaginava tão apaixonado por alguém nesse ponto, ele o amava tanto. Mas o que era amar? Ele realmente sabia? Se perguntar isso dói tanto, mais tanto. Que essa dor pode te matar. 

Por tanto, Minho queria viver. Ele não queria ter que ir para o mundo dos mortos, pelo menos não agora. Até não ter ele de volta em seus braços, ele não morreria.

— Me atende… por favor. – Ele parecia implorar com as mãos juntas enquanto olhava para a lua. Ela era uma das maiores paixões do ex casal. Foi ela que iluminou o primeiro beijo, o pedido de namoro, todas as loucuras feitas de madrugada que deixavam marcas em ambos os corpos, e por fim, o final desses momentos. Ele queria a força daquela que acompanhou tudo isso acontecer para que pudesse fazer isso voltar a acontecer.