CAPÍTULO 1

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𝐒𝐈𝐑𝐈𝐔𝐒 𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊 𝐏𝐎𝐈𝐍𝐓 𝐎𝐅 𝐕𝐈𝐄𝐖

15 de Outubro de 1975
Hogwarts, Escócia.

— Corram mais rápido. - grita James liderando mais uma de nossas fugas pós pegadinhas.

Com Potter, vinha eu, Remus e Peter, que se esforçava para nos acompanhar. Filch estava logo atrás, doido para nos pegar, talvez tenhamos passado dos limites com nossa última brincadeira, enchemos a comunal da Sonserina com bomba de bosta e trancamos todas as cobras lá dentro, principalmente o ranhoso, Severus Snape.

Pontas acelera o ritmo de nossa fuga ao perceber que estávamos cada vez mais perto da comunal da Grifinória, olho para trás em uma tentativa de perceber se Aluado e Rabicho ainda nos acompanhavam e nem ao menos percebo quando James para de maneira abrupta, me fazendo bater com o corpo contra as costas dele. Resmungo buscando encontrar o que o havia feito parar, ergo o olhar encontrando uma professora Minerva McGonagall nada feliz.

— Senhores Potter, Black, Lupin e Pettigrew... Estou decepcionada, os senhores envergonham a reputação de Godric Gryffindor com essas atitudes infantis e covardes contra seus colegas de escola, 50 pontos de cada serão descontados da Grifinória em razão disso, todos vocês irão cumprir detenção até o final do semestre e suas saídas para Hogsmeade estão suspensas. - a bruxa diz com raiva.

— Mas professora, foi apenas um pequeno incidente, como poderíamos imaginar que as bombas iriam acabar na comunal da Sonserina? - James tenta argumentar, recebendo um olhar nada agradável da bruxa mais velha.

— Não tente me contrariar senhor Potter, deixarei senhor Filch encarregado de detenções severas para o descompromisso dos senhores com o dever de bons alunos da Grifinória... Agora, subam para seus quartos, quero todos vocês em meu escritório amanhã de manhã antes do café ser servido - McGonagall finaliza nos liberando a passagem para as escadarias do quadro da Mulher Gorda.

— Mas amanhã é sabado, professora, temos passeio para Hogsmeade - digo indignado.

— Teriam, se fossem obedientes e andassem na linha, agora já sabe o que fazer senhor Black, podem se retirar - rebate a professora McGonagall.

— Sim senhora - respondemos todos juntos saindo do local.

Me jogo em minha cama frustrado após recebermos as tais "devidas punições", eu e James estávamos proibidos de participar dos próximos jogos da Grifinória, enquanto Remus e Peter não poderiam participar da torcida. Também teríamos que limpar a cozinha pós jantar todas as noites e limpar os troféus de Hogwarts.

— Isso não é justo, sou capitão do time e Sirius o batedor principal... Como vamos ganhar a taça desse ano assim? - Pontas diz indignado.

— McGonagall nunca foi tão rígida conosco, e já fizemos pegadinhas bem piores do que a de hoje - rebate Peter e eu concordo.

— Prendemos uma casa inteira e jogamos bombas de bosta, já deveríamos ter esperado algo desse nível - informa Remus enquanto afrouxava sua gravata.

— Sei disso... Mas, como chegou ao Filch essa informação? Eu olhei no mapa e não tinha nenhuma pessoa que possivelmente nos delataria - resmunga James e arqueio uma sobrancelha.

— Nenhuma pessoa... Mas você não disse nada de nenhum fantasma - respondo pensativo.

— Pirraça, com certeza foi ele quem nos entregou - Aluado diz e se senta em sua própria cama.

— Tudo está dando errado, Lily recusou mais um de meus convites, nossa pegadinha deu errado, eu e Sirius estamos suspensos de jogos e também temos que limpar cozinha e sala de troféus, isso não pode estar acontecendo - resmunga James dando um grito que foi abafado pelo travesseiro que ele colocou no próprio rosto

— Não quero me intrometer, mas está um dia lindo de outono... Quando mais vamos ter 16 anos em uma escola de magia na Escócia? Precisamos sair, todos os professores estão no vilarejo, nossa única preocupação seria Filch e aquela gata esquisita dele - diz Peter e me sento na cama.

— Acho que tive uma ideia rapazes... Algum de vocês já foram em clubes de música trouxa? - digo com um sorriso malicioso.

— Música trouxa? E o que eles fazem lá?... Quer dizer, eu nem sabia que trouxas tinham música - responde Peter.

— Claro que sim né Peter, trouxas não são alienígenas, existem músicas de todos os tipos - diz Remus.

— Mas então, qual de vocês aceitam fazer essa loucura comigo? - pergunto sorrindo e percebo James com o mesmo sorriso diabólico que ele fazia enquanto planejava alguma pegadinha.

— Eu aceito - Pontas responde.

— Marotos, estejam prontos até sete horas da noite, preparem as capas, varinhas e o mapa, iremos fazer uma viagem muito louca hoje de noite - respondo.

Subo correndo os degraus da torre dos dormitórios masculinos, encontrando os rapazes se arrumando e James com a capa da invisibilidade na mão.

— Todos já estão dormindo, e não tem nenhuma garota nas escadas dos dormitórios femininos, está tudo limpo para irmos - aviso enquanto arrumava minha jaqueta de couro e jogava alguns fios  de cabelo rebeldes para trás.

— Vamos revisar os planos, iremos passar pela passagem da casa dos gritos, correr o mais longe possível de Hogsmeade para sairmos dos terrenos e aparatar até o centro de Londres - avisa James.

— Todos de acordo? - pergunto uma última vez.

— Mais do que nunca - diz Peter animado.

— Normalmente sou contra as fugas noturnas sem algo em específico, mas até eu estou ansioso para esse tal bar trouxa, mesmo sendo mestiço - rebate Lupin deixando escapar algumas risadas anasaladas.

— Meu querido Aluado, você conheceu o lado chato dos trouxas, hoje eu irei mostrar para vocês o lado legal, como festas, bebidas, música, garotas e muita curtição. Garanto que não vão se arrepender - respondo sorrindo.

— Vamos vamos, estou ansioso - argumenta Peter abrindo o mapa e recitando o feitiço para ele se revelar.

James abre sua capa jogando por cima de nossas cabeças onde descemos as escadas lentamente, garantindo que nada desse errado naquela noite. Ao chegarmos no quadro da passagem, recito o mais baixo que consigo a senha e saímos da comunal em silêncio. Peter entrega o mapa fazendo com que eu e Pontas fossemos os guias da fuga.

Ao perceber que tudo estava limpo, entramos pela passagem secreta do Salgueiro Lutador, rumando a casa dos gritos. Era um caminho escuro, estreito e com um teto baixo, algumas vezes precisávamos nos separar para que todos conseguissem passar. Rabicho, que até então estava em sua forma de rato para que abrisse o caminho para nós se destransforma e pega sua varinha que havia me entregue.

— Bom rapazes, hoje estaremos fazendo uma loucura, a probabilidade de sermos expulsos nessa noite é algo absurdo, mas saibam, que eu faria tudo exatamente igual, pois eu juro solenemente não fazer nada de bom - digo com um sorriso ao ouvir todos eles repetindo nosso feitiço.

— Os marotos mais incríveis de Hogwarts vão se divertir nessa noite - diz Rabicho e dou risada de sua animação.

Estendo minha varinha apontando para o mapa e digo:

— Malfeito Feito, em Londres não precisaremos disso - respondo.

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