morto esperando por mim.

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Notas do Autor.

O plot não é meu, foi pego de um outro alguém em uma plotshop, e eu infelizmente não me lembro de quem foi ;( se for seu ou se você souber de quem é, por favor me informe!!

Essa estória também está disponível no perfil de 4lfelix

⚠️ ATENÇÃO: essa estória contém morte de um dos personagens. Leia pela sua conta em risco.

[🍄]

15h36, eu saio de casa.

O dia estava ensolarado, os raios de sol queimavam em minha pele e eu me lembro que não passei protetor solar antes de sair de casa. Na correria de — tentar — ver você eu acabo esquecendo quase de tudo.

Quase tudo porque eu ainda lembro, e sei, que se você não aparecer nos primeiros cinco minutos, não irá vir.

Agora eu já estava longe de casa e não dava para voltar. Não que eu quisesse, mas eu realmente precisava de um protetor solar. Mas não iria deixar você na mão, vai que você aparece e eu não estou lá?

15h40, chego no banco.

Me sento no banco de ônibus, que por ser sem teto e não ter nenhuma sombra por perto agia de acordo com as ações do tempo. Com o Sol escaldante que estava, o banco obviamente estava pelando.

Mas tudo bem, você não iria demorar muito então não sofreria muito lá.

15h50, continuo no banco.

Você deve ter acordado tarde. É sábado e eu aposto que essa é a única coisa que você tinha pra fazer no dia, talvez tenha esquecido por um momento.

15h55, o banco começa a machucar.

Acho que você errou o caminho. Isso já aconteceu uma vez. E não tem problema, mas você poderia ao menos avisar.

16h00, ok.

Você postou uma foto com Jisung em algum parque. Você se esqueceu que nós íamos ao parque. Ao mesmo parque que você está com Jisung.

Mas, não, tudo bem. Talvez você tenha confundido os dias e esqueceu de confirmar e arrumar sua agenda. Talvez você tenha apenas tentado me ligar e eu não vi, porque meu celular vive no "não perturbe".

É, é isso. Você tentou me avisar que não iria vir para ficar com Jisung e eu não vi.

16h06, chego em casa.

Nenhuma mensagem, nenhuma ligação. Apenas mais fotos de você e Jisung.

                                                     [🚏]

12h00, saio de casa.

Com fome, mas vou ao seu encontro justo porque iríamos almoçar. Você disse que iria pagar e você sabe que não tem comida na minha casa de domingo, eu vivo de salgadinhos nesse dia.

Hoje o dia estava nublado, mas não tão frio. Bem... normal, do jeito que você gostava.

Acredito que vai ser um dia divertido.

12h06, chego no banco.

Sempre primeiro que você, com certeza irei tirar barato da sua cara mais tarde.

Hoje o banco está gelado, me arrependi de vir de bermuda. Mas você não iria demorar.

Aliás, será que teria uma blusa para me emprestar?

12h16, eu te vi.

Eu te vi mas você não me viu. Meio estranho, não? Você deveria sair comigo hoje, mas ao invés de ver você vindo ao meu encontro, eu te vi atravessando a rua e cumprimentando Hyunjin, os dois animados.

Eu até tentei te chamar, mas nada saia da minha boca. Minhas cordas vocais não funcionavam, porque achavam que iam te incomodar.

12h23, chego em casa.

Mais fotos de você e seu amigo.

"Lee Minho, você não iria sair comigo?"

Mas eu apago. Não, não tenho tal coragem.

Deixaria você se divertir, porque está nítido que comigo você não se diverte.

[🚏]

18h00, rolo na cama.

Meu estômago doía, mas era por ter feito a escolha, certa, não é?

Decidi que não iria mais sair com você, Lee Minho. Não sou seu boneco idiota.

Nós brigamos e você disse que iria me esperar no banco, me desafiando a ir porque sabe que eu amo desafios e não recuso nenhum.

Mas esse eu fiz questão de recusar.

Queria que você sentisse o que eu senti todas as vezes em que você simplesmente me ignorou e me desprezou. A única diferença é que mostrar que estou me divertindo com outro alguém enquanto você está esperando no banco sozinho já é de mais para mim.

Mas eu não vou. Não importa o quando eu fique enjoado, eu não vou ao seu encontro.

18h10, minha mão entra em contato com a maçaneta gelada.

Me lembro do banco do ônibus, gelado como suas desculpas e quentes como os abraços que você me dava quando não sabia se desculpar.

Será que você ainda está lá? Me esperando? Ou é sonhar de mais?

Você não me mandou nada, a última mensagem era "estou saindo" às 17h58

Será que ainda está lá?

18h11, eu abro a porta.

Ok, eu sou um covarde, estou indo ao seu encontro como você nunca tinha feito comigo.

Mas o que posso fazer? Eu gosto tanto de você, Lee Minho...

— Menino, com licença, mas a onde você está indo?

Uma senhora que eu nunca tinha visto me parou. Não entendi, mas respondi que estava indo ao ponto de ônibus da esquina.

Ela ficou assustada com a minha resposta e me segurou pelos ombros delicadamente.

— Você não ficou sabendo, pequeno?

— Sabendo do quê, senhora?

— Um menino acabou de ser assaltado nesse ponto. Ele reagiu e foi morto. Chamaram a ambulância mas ela nem chegou ainda porque isso aconteceu agora, volte para casa, não é seguro ficar aqui pela rua agora.

...Morto?

Ignorando os chamados da senhorinha, agora estava correndo em direção ao banco.

18h15, eu chego.

Eu chego e vejo luzes e sirenes, paramédicos e a vizinhança inteira em volta de algo.

Eu vi uma mão. Quando cheguei mais perto vi que ela tinha um anel verde.

O anel de sapo de biscuit que eu tinha feito para você. Exatamente igual.

Chego mais perto.

Não, não, não, não...

Minha visão escurece e algo bate forte em minha cabeça, mas eu sabia.

Era você.

Era você, Lee minho, que estava morto enquanto esperava por mim.

18h17.

18𝐡17 !¡ 2𝑚𝑖𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora