Prazer&Algemas 1/3
Tragédia, medo e desespero. Essas são as únicas palavras que define o passado de Angélica Prates. A dois anos sua vida foi virada de cabeça para baixa, seu mundo caiu em ruínas e nada nunca mas foi o mesmo. Sempre fugindo do monst...
Olá, lindezas.É muito gratificante começa mais uma história, e principalmente ter vocês aqui comigo. Prontas para essa nova aventura? Então vem comigo.😉
Espero que gostem, boa leitura.💋
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PRÓLOGO
Las Vegas...
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Angélica Prates
Correr! correr! correr! Não posso parar, eu tenho que continuar. Frenética corro entre a multidão de corpos, esbarrando e empurrando pessoas do meu caminho, posso ouvir seus xingamentos mas nem mesmo dou atenção. Puxo o capuz na tentativa de me camuflar. Sem coragem de olhar para trás apenas contínuo avançando, seguindo o fluxo de pessoas. Preciso usar isso ao meu favor, preciso seguir o plano! Minhas pernas treme, mas não consigo distinguir se é pelo esforço que estou fazendo, para fugir deste monstro que não para de me seguir, ou pelo medo que está tomando meu corpo. Depois de ouvir aquelas batidas pesadas na porta, e escutar sua voz asquerosa e nojenta chamar meu nome, não consegui pensar em mas nada além de fugir. Nesses dois anos que estou fugindo, essa foi a primeira vez que ele chegou tão perto de mim. Deus! Apenas uma única porta nos separava, a porta velha e descascada do meu apartamento no subúrbio que a três meses chamava de lar. Apesar da calefação barulhenta e os vizinhos problemáticos, aquele lugar era meu lar, meu refúgio onde encontrei paz. Mas que agora estou abandonado novamente, assim como da última vez em San Francisco. Não fiquei tanto tempo lá, como estou em Vegas. Já passei por muitos lugares antes, e nunca fiquei por tanto tempo. Mas aqui me senti em casa nesses dois anos, pela primeira vez. Me atrevo a diz que me senti segura depois de muito tempo. Um gosto amargo toma minha boca com esse pensamento tolo, não existe um lugar seguro para mim. Preciso deixar esses pensamentos de lado, não posso me distrair agora. Não, eu não posso parar, preciso continuar, preciso correr mas rápido. A mochila nas minhas costas pesa, aqui dentro tenho tudo que preciso. Mal consigo acreditar que pensei na possibilidade de desfazer ela, com o pensamento ingênuo de que nunca mas iria precisar, que nunca mas teria que deixar ela em algum lugar, esperando que eu usasse ela novamente. Graças a Deus! Não fiz isso.
