lágrimas que rasgam a pele
flores de plástico acima do mármore
quarto vazio repleto de sentimentos
paredes rabiscadas de loucuracoberta de grandes camadas de tinta
pobre amor próprio perdido entre cômodos
tais cômodos
apáticos e friosroupas de época penduras no armário
rastros de tinta pelo chão
grandes cortinas escuras
escondendo-se desse mundogrande casa vazia
com janelas imensas e escuras
canto de pássaros perdendo-se pelo ar
inúmeros olhares tingidos de pretolongas épocas frias e repetitivas
uma vez amarela, outrora cinza e solitária
grande lar solitário, tão colorido e perdido
lar doce lar....