uma casa na motanha

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O vento frio rasgava minha pele, meus pulmões ardiam mesmo com a densa neblina causada pela friagem da noite, porque estavam me perseguindo? Eu sei que sou uma oni mais eu juro que nunca matei ninguém

Meus pés doíam mais eu não podia desistir eu precisava me esconder logo, logo o sol chegaria e com ele se despedaçaria qualquer esperança de continuar viva

    -você quer ajuda garota?

    Olhei pra cima e Avistei um garoto que parecia flutuar no ar, talvez a ajuda que eu pedi a Deus, quando reparei melhor a luz da lua entregou os finos fios de uma teia de aranha

    - por favor socorro eles querem me matar!

    - entre pra minha família que eu te ajudarei

   - eu aceito!!!

Derepente um vento frio passou por mim e logo veio o silêncio quando olhei ao redor estavam todos mortos, o cheiro do sangue fazia minha boca salivar mais ao mesmo tempo me dava vontade de vomitar

    -venha vou te apresentar sua nova família

  Ele aparentava ser uma criança mais ele era frio demais pra isso, me pergunto oque essa pobre alma sofreu

Nos adentramos no local e lá havia pessoas de aparência padronizadas  eles pareciam uma família de aranhas

  -pequeno Rui você trouxe alguém novo- perguntava uma mulher de longos cabelos brancos

   - essa é a nossa okasan, okasan essa é minha nova irmã a...

    - s/n...

    - Mais uma garota na casa- disse uma garota de franja e um rabo de cavalo frouxo preso por uma bola azul

      - ne-chan comece aos preparativos pra transformação

      - a garotinha vai ser tão lindo ver o Rui arrancando sua pele- eu tomei um susto pelo oni com corpo de aranha que desceu do telhado bem rente a mim, e por uma reação espontânea eu dei um soco nele fazendo ele bater na parede

      -m- me desculpa não foi entencional, mais como assim arrancar minha pele?!?

        A garota pegou na minha mão e deu um sorriso gentil, pela primeira vez em muito tempo eu me senti em casa, deixei meus ombros relaxarem e o ar invadiu lentamente meu pulmão, não importa oque iram fazer comigo agora eles são minha família

      -vem eu vou te explicar, Rui você vem?-ele levantou em silêncio e nos seguiu juntamente com a okasan- nos todos fomos adotados pelo Rui ele e uma lua inferior e tem uma grande concentração do sangue do mestre nele, ele nos dá poder compartilhando seu sangue com a gente

    Ela se sentou no tatame de uma sala escura iluminada apenas por uma vela que estava no meio da sala, ela fez sinal pra que eu sentasse e assim eu fiz

      - nos temos um preço a pagar por poder e proteção, nós nos transformamos em uma família- não sei oque estava acontecendo mais o rosto da mãe estava triste, famílias não trazem alegria? Tem algo de errado aqui- a transformação vai ser um pouco dolorosa mais quando se acostumar vai ser igual a um de nós

Ela pegou um copo daqueles quadrados que se usa pra tomar saque com um pouco de água dentro o Rui logo fez uma teia resistente o suficiente pra cortar o dedo dele e poder dar uma grande quantidade já que eu sou fraca por não me alimentar, ele me deu e eu tomei, parecia uma droga meu corpo não obedecia o líquido desceu rasgando minha garganta me deixando em desespero por não conseguir respirar minhas mãos procuravam apoio e eu encontrei uma mão, essa mão segurou a minha como um sinal pra eu me acalmar, eu fui sentindo aos poucos meus corpo voltar e quando olhei quem estava segurando minha mão eu me deparei com os olhos vermelhos com aquelas iris brancas ele agora parecia transparecer algo

     - sinto muito isso vai doer- ele disse

      - tá tudo bem, faça oque tem que ser feito

     Os olhos dele demonstravam piedade e pena oque era bem contraditório já que ele arrancava minhas pele com as mãos sem o mínimo cuidado, doía horrores aquilo durou até o amanhecer, quando finalmente eu comecei aparecer com eles, não tinha volta eu era um deles, as minhas irmãs me ajudaram a me limpar e me vestiram com um lindo quimono branco com detalhes de teias de aranhas elas pentiaram meu cabelo e o enfeitaram com adornos quando eu estava pronta elas me mostraram o espelho

     Os olhos dele demonstravam piedade e pena oque era bem contraditório já que ele arrancava minhas pele com as mãos sem o mínimo cuidado, doía horrores aquilo durou até o amanhecer, quando finalmente eu comecei aparecer com eles, não tinha volt...

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     - você agora e a irmã mais velha- disse o Rui indiferente- espero que cumpra seu papel e não me cause problemas

      - e você é meu irmão mais novo devia me respeitar, somos uma família agora nunca vamos conseguir criar laços se você for tão frio com a gente...- as minhas irmãs e minha mãe me olharam assustadas, bem eu estava batendo de frente com uma lua do muzan, ele poderia apenas me descartar agora mesmo eu acabei de chegar não haveria diferença, mais eu realmente quero uma família, eu sempre fui sozinha no mundo, talvez ao menos uma vez eu teria alguém

      -...

      - sinceramente irei dormir...

       - baka onis não precisam dormir- a minha outra irmã pela primeira vez na noite falou comigo

         -talvez vocês não mais eu não me alimento de humanos então preciso de força de algum jeito

Eu levantei e a okasan me levou para um quarto que julgo que vou dividir  com meus irmãos pela quantidade de futons

Eu apenas deitei e desliguei a luz

- você não deveria enfrentar o Rui ele pode te machucar! Ele é o otosan são  cruéis você precisa tomar cuidado com o que diz!

    Eu dei um sorriso tranquilo e a respondi com toda a sinceridade

     - agora nós somos uma família, ele não machucaria sua one-san, eu confio no meu otouto

   Ao fundo podemos escutar uma voz infantil

   - obrigada por confiar em mim one-san, realmente nunca te machucarei, mais o mesmo não se aplica a você okasan- o rosto dela era puro desespero e antes que podesse falar algo ele fez uma teia e lançou na nossa mãe, meu corpo espontaneamente se móvel para frente pra defende-la

      Sua teia me atingiu no peito me partindo em duas antes que meu corpo desgrudase uma parte da doutra com as únicas forças que me restavam sussurrei

    -"baka... não pode... bater... na sua... mãe"

     E a última coisa que eu lembro antes de apagar foi o Rui vindo em minha direção, seu olhar tinha uma certa preocupação misturada com culpa, transformar isso em uma família saudável vai ser difícil...

a história da aranha branca é a serpente- imagine obanai iguroOnde histórias criam vida. Descubra agora