Era pra ser apenas uma aposta de Son Chaeyoung com suas amigas, mas o resultado acabou cruzando com a vida de Myoui Mina. Duas pessoas com personalidades e vidas totalmente diferentes. Até onde isso pode chegar?
Estava dentro do hospital psiquiátrico em que a Mina me mandou o endereço. Esse lugar é perturbador, muito barulhento e ainda por cima um caos, não entendi até agora o motivo da Mina está aqui. Eu estava meio perdida no local então apenas fiquei sentada nas cadeiras que tinham no corredor.
Já haviam se passado uns vinte minutos e nada da Mina aparecer, eu realmente acho que estou perdida. Mas o que mexia mesmo com a minha cabeça era saber o motivo da Mina está neste lugar. Será que ela veio acompanhar alguém? Não consigo imaginar ela sendo a paciente desse lugar.
No final do corredor eu vi a Mina finalmente vindo em minha direção. Ela não parecia está bem e não estava acompanhando ninguém.
— Ei! – disse.
— Você realmente veio... – ela disse em voz baixa.
— Você tá legal? – perguntei.
A expressão no seu rosto estava irreconhecível, eu nunca vi ela assim, ela parecia está muito mal, mas eu não sabia como conversar sobre isso com ela.
— Estou, vamos sair daqui? – disse Mina me levando até o lado de fora do hospital.
— Bem... Você... Digo... O que veio fazer nesse lugar? – cocei a nuca e perguntei sem jeito.
— Nem queira saber. Eu só disse porque não tive outra escolha, você não iria acreditar em mim. – disse Mina.
— Desculpa por não ter acreditado em você, mas olha, ainda podemos sair se quiser. – disse já esperando pelo não.
— Não sei se vou ser uma boa companhia pra você hoje. – disse Mina de cabeça baixa.
— Você parece pra baixo, vai ser bom pra te distrair.
— Tudo bem, mas podemos ir pra um lugar tranquilo? – perguntou Mina.
— Claro, vamos pra praça. – respondi.
( ... )
Passamos um bom tempo conversando sobre coisas aleatórias, tentei fazer o máximo para que ela sorrisse, e eu percebi que eu amo o seu sorriso.
Ela não tocou no assunto do hospital, mas eu continuava curiosa pra saber o que está acontecendo.
— Aquele lugar é bizarro. – disse me referindo ao hospital psiquiátrico.
— É... – Mina disse simples.
— Posso saber o que você foi fazer lá? – perguntei.
Ela não disse nada apenas abaixou a cabeça.
— O que houve? – perguntei segurando em sua mão.
— Vamos falar sobre outra coisa? – disse Mina.
— Hum... ok! Pode tirar uma foto minha? – perguntei.
— Claro.
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— Ficou ótima. – disse Mina.
— Ficou né? Eu sou linda. – disse fazendo Mina sorrir. — Gosto de tirar fotos de todos lugares que vou e depois postar.
— Você realmente sabe tirar fotos. E sim, também é muito linda. – disse Mina me fazendo ficar sem reação com o comentário.
Ela finalmente me elogiou e pareceu muito espontâneo.
— Você também é. Já disse que devia tirar mais fotos. – Mina sorriu com o comentário mas logo depois sua expressão mudou.
— O que houve? – perguntei.
— Não queria voltar pra casa. – disse Mina.
— Oh... Você pode dormir na minha casa se quiser. – criei coragem pra dizer.
— Eu adoraria mas amanhã tem aula. – respondeu.
Maldita escola.
— Quem sabe na próxima então. – dei de ombros.
— Claro.
Ficamos nos encarando por alguns segundos. E eu não tirava os olhos do seu lindo rosto delicado. Não vou negar, eu estava louca para beijá-la mas algo me impedia e eu não costumo ser assim. Por que com ela eu fico diferente? Essa não sou eu.
— Bem, eu preciso ir embora agora. – disse Mina me fazendo acordar dos meus pensamentos.
— Claro, eu te levo até sua casa. – disse.
( ... )
— Obrigada por me distrair hoje. – disse Mina.
— Não foi nada. – disse sorrindo.
— Você poderia não comentar com ninguém sobre o hospital?
Achei estranho. Mas não hesitei em concordar.
— Sem problemas. – disse.
— Desculpa novamente por hoje. – disse Mina.
— Marcamos outro dia de sair melhor, eu sou insistente. – disse fazendo Mina sorrir.
— Antes de entrar posso te pedir uma coisa? – perguntou Mina.
— Pode. – respondi.
— Posso te abraçar?
Nesse momento meu corpo congelou e acabei não respondendo.
O que diabos deu em mim?
— Desculpa, esquece o que eu disse. – Mina ia entrando na sua casa até que eu puxei seu braço e tive a atitude de abraçar ela fazendo nosso corpo se encaixar perfeitamente.
Ficamos um bom tempo presas naquele abraço. Eu queria morar nesse abraço e nunca mais soltar. Seu cheiro com certeza iria ficar preso em minha roupa. Eu sentia seu coração acelerado igual o meu.
Isso é tão estranho. Eu nunca senti isso na minha vida.
Depois de um abraço longo nos separamos e ficamos sem saber o que dizer.
— Bem... Eu vou indo agora... – Mina quebrou o gelo.
— Tudo bem, se cuida.
( ... )
Chegando em casa eu fiquei pensando um pouco sobre hoje, estava tentando simular tudo, o motivo dela ter ido ao hospital psiquiátrico sendo que ela é perfeita não precisa ir naquele lugar, o motivo de não ter beijado ela de novo quando tive a oportunidade e o motivo daquele abraço ter sido tão intenso.
Meu celular vibrou várias vezes.
Rosé: Vi a foto que você postou
Rosé: Com quem você saiu?
Rosé: E por que não me disse que estava saindo com alguém?
Ah que ótimo, era só isso que faltava mesmo.
Chaeyoung: Eu não disse que estava saindo porque não te devo explicações, você me conhece, certo? Sabe que não gosto desse comportamento. Somos apenas ficantes.
