Parte 2 - Final

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- Você me acha bonito, Pranpriya? - Macau perguntou de repente, depois de tomar todo o suco que a enfermeira deu à ele.

Pranpriya olhava ansiosamente para o relógio no quarto, esperando o efeito do veneno agir em Macau.
O pequeno frasco contendo o líquido letal estava no bolso da calça do uniforme. Ela havia colocado algumas gotas no suco logo após pegá-lo na cantina. Não pôs muito, pois não queria matar Macau.

O veneno tinha um efeito sonífero quando posto em pequenas doses em alguma bebida, ou injetado na pessoa que o tomava. Mas, em uma quantidade considerável, poderia matar uma pessoa em poucos minutos. Além de nunca ter sido detectável por qualquer legista que fosse examinar os corpos depois.

- Claro que sim. - Pranpriya respondeu, olhando para Macau com um sorriso amável. - Você é uma gracinha.

Ela viu Macau bufar e se afundar ainda mais na poltrona em que estava sentado.

- Mas eu não quero ser uma gracinha! Crianças são uma gracinha, e eu não sou uma criança! - Macau reclamou. - É por isso que o Dr. Top não olha pra mim!

- É que você é muito novo pra ele, Macau. - Pranpriya disse, sorrindo quando o garoto bocejou na sua frente. - Quantos anos você tem? 16?

- Eu tenho 17! - Corrigiu Macau. - E daqui a três meses eu faço 18!

- Com todo respeito, mas não faz muita diferença. - Pranpriya disse e viu Macau choramingar mais um pouco na poltrona.

- Onde está o Pete? - Macau perguntou, olhando também para o relógio. - Eu tenho um exame pra fazer semana que vem e ele disse que iria me ajudar!

- Se quiser, eu te ajudo. - Ofereceu Pranpriya, vendo Macau coçar os olhos e bocejar novamente.

- Sério? - Ele perguntou, vendo Pranpriya assentir. - Obrigado. Vou pegar meu caderno. É história, sempre me da sono e eu acabo dormindo nas aulas. Sou mais de exatas.

Macau se inclinou para o chão, para abrir sua mochila e retirar dela seu caderno.
Quando voltou a posição inicial, seus olhos caíram sobre Vegas. Sua expressão ficou surpresa por um momento, mas logo deu lugar à felicidade.

- Vegas!

Pranpriya se virou rapidamente e pode ver Vegas acordado, olhando de volta para Macau, com um sorriso no rosto.

- Você acordou! Eu não acredito! - Macau disse enquanto levantava da poltrona num salto, o efeito do sonífero sumindo como mágica.

Em um movimento rápido, Pranpriya arrancou o caderno das mãos de Macau e o nocauteou com ele. Macau caiu no chão, inconsciente.

Pranpriya se virou novamente para Vegas, caminhando em direção à maca, pode ver os olhos de Vegas arregalados e olhando para ela com ódio. Mas ele não podia fazer nada além disso, não estava em condições, tinha acabado de despertar de um coma de um mês.

- Não vou fazer nada de mal ao seu irmãozinho. Não vim aqui pra isso. - Ela garantiu e então deu um sorriso cheio de deboche para Vegas. - Então era essa a novidade que Pete tinha para contar?

Ela viu Vegas abrir os lábios e tentar falar alguma coisa. Leu seus lábios e percebeu que ele tentava falar o nome de Pete.

- Sim, o Pete, aquele desgraçado! Não saía do seu lado nem por um minuto! - Ela dizia enquanto ia até a cômoda ao lado da maca de Vegas, podendo ouvir os aparelhos ligados à ele apitando freneticamente. - Mas eu já dei um jeito nele, ele não vai chegar pra te salvar!

Pranpriya abriu a gaveta da cômoda e tirou dali uma seringa, também retirou o frasco com veneno de seu bolso e começou a encher a seringa com ele.

- Esse veneno vai te matar em poucos minutos. - Ela explicou, terminando de enche-la. Se virou para Vegas e segurou seu queixo, o forçando a inclinar sua cabeça para o lado, deixando seu pescoço à mostra. - Mas não se preocupe, esses poucos minutos você vai sofrer.. Sofrer muito.

Nurse - VegasPete Onde histórias criam vida. Descubra agora