Eu estava dormindo quando meu pai me acordou
-Ame, filha acorda!-
Eu acordei e olhei para meu pai sonolenta
-Ah pai, o que é isso? Pra quê tanto escândalo?-
Meu pai sorriu e me mostrou um papel com palavras em egípcio gravadas, eu peguei o papel e levantei a minha máscara de dormir, eu gritei animada quando li o quê estava escrito no papel
"Saudações, cara Amennehat!
Sou Atena e falo do Olimpo.
Por esta carta venho á comunicar
Que está convidada a comparecer
No grande salão do Arco de Polemos
Para a seleção dos times dos Jogos Arcotitãnitas.
Responda esta carta com sua
Presença na recepção dos Deuses
Assinado: Atena, Deusa da Estratégia em Batalha"
Eu abracei o meu pai e ele acariciou o meu cabelo
-Tô orgulhoso de você, Ame!-
"Ame" meu pai me chamava assim dês de que eu me entendo por gente. No dia seguinte comecei a minha viagem, o Arco de Lerpos é longe do Egito. Eu viajava com meu irmão mais novo e meu pai, não me pergunte sobre minha mãe, ela foi embora quando meu irmão era bebê. Foi embora para casar com Seth, eu não sei aonde ela está agora e sinceramente, nem me importo! Eu me abanava do calor com um leque egípcio, meu pai é meu irmão eram abanados com os mesmos leques
-Que calor!-
Meu irmãozinho falou se abanando
-Estamos atravessando a província do Egito, aqui a temperatura sobe cerca de 15 graus.-
Meu pai disse ao meu irmão que ouvia tudo de boca aberta
-O papai é muito inteligente!-
Meu pai sorriu e beijou a testa do meu irmão. Naquele momento eu vi o quanto eu sentiria falta deles, meu pai e meu irmão eram a minha família e meses longe deles seriam repletos de saudade.
Quando chegamos, algumas aias vieram me arrumar, eu estava vestida com vestes típicas de minha casa, detalhes de ouro riquíssimos, uma capa preta de tuli, joias e uma ombreira egípcia de ouro, meu cabelo estava decorado com adornos em ouro. Lá fora eu me sentei em uma espécie de trono de ouro, eu era abanada por meus servos e quando começou a apresentação uma trombeta forte soou
-Os escolhidos dos Celtas!-
Então vários deuses celtas entravam em tronos repletos de flores, com coroas de flores e folhas e a maioria de cabelos ruivos. Então a trombeta tocou outra vez
-Os escolhidos dos Gregos!-
Em tronos talhados em quartzo branco, a maioria com cabelos dourados e alguns de cabelos pretos e coroas em forma de ramos de trigo banhados em ouro.
-Os escolhidos do Império Noturno!-
Em tronos talhados de Ônix com pontos de diamante simulando as estrelas, cabelos pretos como a noite, alguns com olhos azuis outros com olhos negros ou até roxo Ametista mas havia um trono diferente, era maior e mais bonito do que os demais, era como galhos cruzados talhados em Ônix, nele, se sentava um deus, com cabelos longos e negros com olhos azuis claros, com a pele morena claríssima e elegantes orelhas pontudas, nunca vi tão bela criatura.
-Os escolhidos dos Egípcios!-
Gritaram depois que a trombeta soou.
Os tronos dos Egípcios eram de puro ouro com detalhes em ametista e lápiz lazuli, com extravagantes coroas douradas e exuberantes adornos e vestes.
-Os escolhidos dos Nórdicos!-
Uma melodia viking emergiu das gaitas de fole, em tronos de ferro e coroas de metal, vinham os Nórdicos.
Dentro do Palácio, descemos de nossos tronos e partimos para o grande salão. No final do salão com paredes de ouro, estava uma grande mesa onde todos os governantes dos panteões se sentavam. Em um trono de ouro com detalhes,desenhos e inscrições egípcias estava Osiris, O senhor da Vida e Sua esposa Isis, Rainha do Egito, governantes do panteão Egípcio. Em tronos de pedra estavam Odin e sua esposa Frigga. Em tronos repletos de flores, folhas e inscrições celtas, estavam Sucellus e Sullis, os governantes do panteão Celta. Em tronos talhados em quartzo branco com inscrições gregas estavam Zeus e Hera, governantes do panteão grego e ao fim da mesa estavam Hipnos Deus do Sono, alto imperador do Império do Anoitecer e sua esposa a elfa Haleth Ilithahanan, sua alta imperatriz, ambos sentados em tronos talhados em Ônix. Zeus começou á falar
-Caros amigos! Hoje escolheremos os jogadores dos times para os Jogos Arcotitãnitas!- Quando ele terminou de falar, gritos e trombetas soaram alto á ponto de estremecer meus ouvidos. Com um sinal de sua mão, Zeus parou os gritos da multidão.
- Hoje, selecionaremos os membros da equipe dos Corvos! Amanhã dos ursos e nos outros dias os das outras equipes. Convidamos Amenadiel, o Deus da Verdade, para escolher os jogadores!-
Meu pai se levantou de sua cadeira e segurando a mão de meu irmão, subiu as escadas para a mesa enquanto a multidão batia no peito e gritava o nome do meu irmão. Mesmo que tão novo, Amenadiel tinha a imponência real e não parecia assustado com os gritos da multidão. Meu irmão, mesmo que um menino de pouco menos de 7 anos de idade, já era tão reverenciado quanto meu pai.
-Crianças são puras de coração, e apenas á elas a verdade é revelada! Diga nos, Ó Deus da Verdade, o que a fonte o revela?-
Então, meu irmãozinho chegou até a fonte brilhante, fechou seus olhos e quando abriu outra vez, seus olhos estavam brancos, como se ele estivesse em transe. Logo depois ele sussurrou no ouvido de Zeus que gritou:
-Maeve, A Celta Deusa!-
Quando ele gritou o nome, trombetas soaram alto e o povo Celta gritava o nome da Deusa. Então de uma das cadeiras emergiu Maeve, com cabelos ruivos que contornavam seus ombros, um vestido verde claro e uma longa capa vermelha e com flores decorando o cabelo, ela foi até o Altar dos Escolhidos e tomou para si o trono de flores. Logo depois meu irmão sussurrou outra vez no ouvido de Zeus.
-Mackenzie, A filha do Submundo!-
Quando Zeus gritou, uma Deusa de cabelos pretos arrumados em uma trança em um vestido preto com chamas vermelhas desenhadas, se levantou do banco onde estava sentada e andou até o altar enquanto os Gregos gritavam o seu nome, ela tomou para si o trono talhado em quartzo branco. Ao ouvir outra vez o sussurro de meu irmão, Zeus gritou
-Syrax, Filho de Loki!-
Então, o deus de cabelos pretos e curtos, com roupas em tons de verde e amarelo, as cores de Loki, se levantou de sua cadeira e andou até o altar, as gaitas de fole soaram uma melodia viking enquanto o deus tomava para si o trono de ferro.
Meu irmão sussurrou outra vez e Zeus gritou
-Aart Halethalion, Príncipe do Império de Lua Negra!-
As trombetas soaram forte e o meio deus, meio elfo se levantou de sua cadeira, com roupas negras e uma capa cinzenta que cobria um de seus ombros, cabelos negros soltos e algumas mechas presas por duas tranças embutidas, andou até o altar enquanto o povo do Império gritava o seu nome com glória e tomou para si o trono de Ônix.
Meu irmão sussurrou e Zeus gritou
-Luke, O destemido!-
O deus de cabelos loiros escuros levantou-se e tomou para-si o outro trono de quartzo.
O último sussurro de meu irmão fez Zeus gritar o último nome.
-Amennehat Athaularis Merianat, Deusa da Magia e inteligência!-
Eu me levantei, com meu vestido dourado em detalhes pretos, uma longa capa preta e adornos dourados decorando meu cabelo preto. O povo egípcio gritava o meu nome enquanto eu andava pelo corredor, eu tomei para mim o trono de ouro.
-A primeira equipe!-
Zeus e o povo Gritaram
-Glória aos Deuses!-
E quando Sucellus e Sullis se levantaram todos Gritaram
-Glória aos Celtas!-
Depois que Odin e Frigga se levantaram o povo gritou
-Glória aos Nórdicos!-
Então Hipnos se levantou, segurando a mão de sua esposa Haleth e o povo gritou
outra vez
-Glória ao Grande Império de Lua Negra!-
Depois Isis e Osiris se levantaram e o povo gritou
-Glória aos Egípcios!-
Aí Zeus e Hera se levantaram e o povo gritou
-Glória aos Gregos!-
Depois que os governantes desceram da mesa a festa começou. Em meio a bebedeiras e danças vi o tal príncipe do Império de Lua Negra com Haleth e Hipnos. Haleth abraçou seu filho orgulhosa enquanto dizia
-Meu Aart!-
-Mãe!-
Disse ele com a bochecha amassada nos lábios de sua mãe
-Meu querido filho, foi escolhido outra vez!-
Então Hipnos abraçou seu filho com força
-Pela décima-quinta vez consecutiva!-
Aart deu um sorriso alegre pelo orgulho dos pais
-Você me dá tanta felicidade, tanto orgulho!-
Haleth beijou outra vez o rosto dele, a sua pele branca era quase brilhante no vestido preto que ela usava, já Hipnos tinha uma pele morena mais escura do que a do filho e seus olhos, diferente dos olhos de Aart e dos de Haleth, eram de um dourado brilhante, seu cabelo era tão negro quanto o de sua esposa, já o cabelo de Haleth era tão negro como a noite sem estrelas. Logo vi que Aart havia puxado mais traços da mãe do que do pai, suas orelhas longas e pontudas eram a prova disso. Depois Haleth e Hipnos foram conversar com outros deuses enquanto Aart ficava no balcão da adega tomando vinho. Eu me aproximei e pedi um hidromel.
-Então, escolhido pela décima-quinta vez consecutiva!?-
Ele deu um sorriso de canto
-Pois é! E você? Amennehat, a Senhora da Sábia Palavra!-
Eu dei um sorriso
-Vejo que está familiarizado com meus títulos, príncipe Aart Halethalion.-
Ele deu uma risada e uma golada generosa na metaxa, uma bebida grega feita de uma mistura de conhaque e vinho.
-Por favor, sem o príncipe e sem Halethalion. Só Aart mesmo.-
Eu dei outro sorriso de canto
-Tudo bem então, Aart. Me chama apenas de Amennehat, por favor.-
Ele balançou de leve o copo cheio de mais metaxa
-Você sabe atirar arco e flecha?-
Eu dei um sorriso suave e não disse nada
-Eu posso te ensinar.-
Eu olhei para ele
-Não preciso que me ensine. Eu sei de tudo!-
Eu disse brincando, ele deu uma risadinha e levantou as mãos e disse
-Uau, me perdoe, Ó deusa da Inteligência e magia!-
Nós dois rimos, eu tive a impressão de me dar bem com ele, mesmo acabando de conhe-lo. Enquanto nós conversamos, eu vi Syrax vindo em nossa direção
-Aart!-
Ele se levantou e abraçou Syrax
-Escolhidos outra vez, irmão! Veremos que atrocidades enfrentaremos esse ano!-
Os dois pegaram copos levantaram e disseram
-Que os deuses nos deem o que queremos-
-O que prezamos-
Aart terminou
-E jamais o que merecemos!-
Os dois brindaram e beberam a metaxa vigorosamente como se fossem dois vikings. Eles bateram os copos na mesa e riram alto. Quando uma deusa de cabelos negros chamou Syrax no canto e ele foi.
Aart se sentou rindo
-Qual é o nome dele?-
-Syrax. O escolhido dos nórdicos.-
-Ele é seu irmão?-
Eu perguntei confusa
-Não!-
Ele riu
-De consideração. Ele é meu melhor amigo.-
Ele tomou outro gole de metaxa e começou a contar da infância dele. Eu toquei o braço dele, assim eu consegui ver as memórias dele. Um dom que aprendi lendo os feitiços do meu pai.
-Quando eu era criança, eu não era muito bem tratado pelas outras crianças.-
Eu vi as memórias dele. Vi um menino genial e muito gentil conversando com um passarinho quando três crianças chegaram chamando o de esquisito. As crianças começaram á bater nele com galhos e logo depois saíram rindo.
-Que horrível.-
Eu exclamei
-Pois é. As crianças eram más comigo. A única coisa que me deixava feliz eram os bolinhos quentes que minha mãe fazia, as canções de meu pai, as palhaçadas que o meu avô fazia para eu rir e as cobertas quentes que minha avó costurava para mim.-
Eu vi o quanto a família dele era bonita. Vi o quanto ele se importava com a família dele.
-Uma vez, eu estava brincando no jardim quando as mesmas crianças vieram me perturbar. Eles traziam galhos pontudos e alguns eram finos e cheios de folhas. Eram para me bater.-
Ele deu outro gole no copo
-Mas, um garotinho veio correndo até eles e começou á bater neles. Ele gritava igual á um viking e os gritos dele fizeram as crianças saírem correndo. Aquele garoto me deu a mão para que eu me levantasse do chão.-
-O garotinho era o Syrax.-
Eu afirmei
-Sim. Syrax o filho de Loki e Sygn. Um viking nato-
Ele riu depois da última frase
-Apartir daquele dia, Syrax e eu viramos amigos. Ele era a força e eu era o cérebro de tudo. Lembro-me de quando nós juntavamos para roubar os doces da cozinha, ou para irritar mos a irmã de Syrax. Nós éramos sapecas. Nós entramos nos jogos juntos, quando éramos jovens.-
-Vocês entraram com a idade de 16 anos? Essa é a idade padrão para se começar a jogar!-
Eu afirmei
-Não. Nós entramos com 12.-
Eu ergui uma de minhas sobrancelhas
-Com 12 anos? Mas, isso é contra as regras dos jogos!-
Ele riu
-Mas você tem quase 21 anos. Isso também não é contra as regras?-
-Primeiro, eu tenho 24 milhões de anos e segundo, eu nunca me interessei em entrar nesses jogos!-
Ele apoiou a cabeça na mão
-Ah é mesmo, é?-
Ele disse com deboche
-É!-
Nós rimos alto outra vez. Eu vi que Haleth fez um sinal para que Aart fosse até ela e o pai dele.
-Acho que sua mãe está te chamando!-
Ele olhou para trás
-Ah sim! Bem, foi um grande prazer ter te conhecido, Amennehat!-
-Igualmente, Aart!-
Eu fiquei na adega tomando vinho enquanto ele foi até seus pais. Naquela noite houve uma festa enorme que só parou ao sol raiar. Houve festa por 13 dias, porque eram os dias de escolher as outras equipes e assim se concluiu a fase 1 dos Jogos Arcotitãnitas.
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𝐎 𝐂𝐨𝐧𝐬𝐞𝐥𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝐄𝐬𝐩𝐚𝐝𝐚𝐬 𝐞 𝐅𝐨𝐠𝐨
AdventureAmennehat Athaularis Merianat é a filha mais velha de Thoth e Neftís, Deusa da Magia e inteligência, vinda do Egito, ela vai para o Arco de Polemos, um lugar usado para a exibição dos Jogos Arcotitãnitas, para a sua septagessíma nona edição. Lá ela...