𝐓𝐇𝐄 𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓 𝐃𝐔𝐀𝐋𝐈𝐓𝐘 - 𝘬𝘪𝘮 𝘴𝘦𝘶𝘯𝘨𝘮𝘪𝘯

𝟏𝟗 - segunda fase

Desde o momento em que os dois saíram, não parei de andar pela sala inquieta. Pensando nas mil possibilidades para aquilo dar errado não pude deixar de ficar nervosa.

Ouvi um ruído no ponto em meu ouvido. Paralisei no mesmo instante.

- Annie, está com a mochila, não está? - perguntou Bang Chan com a voz ofegante.

- Sim, por quê?

- Pega a mochila e sai daí agora!

- O quê, mas para onde eu vou?

Uma movimentação no jardim de casa me fez mudar o foco. Eram eles, e sabiam que eu estava aqui.

- Oh de casa...! Estamos entrando! - reconheci a voz de San.

- Sai, agora!

Peguei a mochila e corri para os fundos da casa, eu teria que pular o muro mas ele era maior que qualquer coisa que eu já tenha visto da vida então era quase impossível.

- Pensa... Pensa...

De repente ouvi um enorme estralo, anunciando que eles haviam arrombado a porta da frente.

Quando pensei em começar a chorar de desespero, me lembrei da caixa de ferramentas de Changbin e da garagem.

Fui até lá imediatamente e encontrei uma escada. Não era alta o suficiente para o muro todo mas já era alguma coisa.

Com muito esforço consegui subir em cima do muro. Mas quando estava lá em cima, Seonghwa me avista do jardim de trás.

A primeira coisa que fez foi anunciar a todos que eu estava lá, então sem pensar duas vezes joguei a escada do outro lado e pulei o muro.

Me machuquei um pouco nesse processo, mas nada que me impedisse de continuar.

- Consegui sair!

- Ótimo agora vai para o clube.

- O clube?

- Minho vai chegar de carro para te buscar.

Continuei correndo como se não houvesse amanhã e já estava começando a me cansar.

Minha cabeça estava dando voltas com o tanto de informação em poucos segundos que tive de processar.

Quando cheguei na frente do clube, Minho já estava lá me esperando.

- Vou te levar para um lugar seguro, entra aí.

Foi a única palavra que ele disse até chegarmos no lugar onde foi a minha primeira festa com o pessoal da agência.

- É aqui?

- Ninguém vai te achar aqui, é o melhor que podemos fazer agora.

- E os outros, estão bem?

- A situação está difícil mas nós vamos dar um jeito.

- Não gostei dessa resposta...

- Vai ficar tudo bem, agora sobe e se esconde.

Subi a pequena colina e deitei no chão com a cabeça sobre a mochila.

Tentei acalmar meus batimentos cardíacos achando finalmente ter encontrado a paz. Paz essa que durou pouquíssimos minutos.

Comecei a ouvir passos se aproximando, e só aí que finalmente me dei conta do que estava acontecendo.

- Merda, Bang Chan! Eles estão me rastreando pelo ponto!

Atirei a pequena escuta para longe e corri o mais rápido que pude. Para onde iria agora eu não sabia.