Flores de Cerejeira

Capítulo 1

Em um globo de vidro, com um céu azul brilhante, e com um castelo flutuante, vivem os Borgs, criaturas mágicas. Pode parecer difícil acreditar, mas eles existem, estão todos bem ali, do outro lado da parede de vidro, quase que dá para sentir o cheiro da magia.

Se olhar bem de perto, mas bem de perto mesmo, poderá ver fadas voando, sereias nadando, e um castelo, como se fosse um conto de fadas, as árvores, com suas folhas agora arroxeadas graças ao outono, balançam em uma dança junto com a brisa suave, as margaridas, que crescem para todos os lado neste reino, estão tão lindas quanto sempre foram. A vila dos Elfos fica ao sul do castelo. Os elfos são seres de orelha pontuda, e olhos brilhantes, muitos têm medo deles, por lendas que foram contadas, e por histórias que assombram qualquer adulto, todos preferimos manter distância deles. Reza a lenda, que por baixo de uma pele lisa como seda, de olhos brilhantes como estrelas e das suas fofas orelhas pontudas, tem um ser maligno, que te roubará.

Na parte norte do castelo, moram ogros, oh terríveis ogros, pelo que me disseram, eles esmagam seu crânio, e logo depois devoram seus miolos, não seria nada bom trombar com um na rua.

Bem na parte leste do castelo, tem a vila das fadas, seres brilhantes e rápidos, na maioria das vezes, caçadas, para a venda de seu brilho, uma vez me contaram, que o coração das fadas, é dos mais puros e belos de todo o reino de Ophelia. Se você pudesse pingar apenas 3 gotas de sangue de fada, na sua língua, você se tornaria uma pessoa de bom coração. E como diz a regra do reino, "só viverá quem tiver um coração puro". Algo bem injusto para falar a verdade, já que apenas 39% da população tem o coração nobre.

No caminho para o Oeste, temos uma enorme montanha, com uma floresta amaldiçoada ao seu redor, onde ficam os Liches geralmente são maus, não necessariamente por natureza, mas porque bruxos que não se importam de se transformar em mortos-vivos são geralmente idiotas misantropos.

Existem liches bons — na verdade, eles mantêm o mesmo alinhamento que tinham antes de morrer. Além disso, liches não têm que ser humanos — qualquer criatura inteligente pode se tornar um lich.

Bem no meio do nosso amado reino, temos uma bela floresta de cerejeiras, é conhecida pela sua beleza excêntrica e pelos animais fofos, moradores desta bela floresta, não pense que são tolos, até por que eles falam, coelhos que andam de duas patas, patos de terno e gravata, ursos vegetarianos? Essas são algumas das criaturas que vivem na vila flores de cerejeira.

E bem em cima dessa bela floresta, temos o castelo de brilhantes, onde o rei e a rainha de Ophelia moram, no momento apenas o Rei. A rainha... bom não é uma boa ideia contar isso, pelo menos não agora.

Porém, toda coisa boa tem seu lado ruim, a bolha que foi construída, pelo rei Strufgs, feita para nos proteger de destruição em massa, e do ódio. Do outro lado da nossa linda bolha de vidro, bem ali, quase que se você esticar a mão, dá para tocar nos cadáveres empilhados. Do outro lado da grande parede de vidro, vivem os humanos, que deixaram o ódio e a ganância dominarem suas almas, a área ao redor da nossa redoma de vidro, está toda destruída, onde um dia já teve árvores e animais silvestres, hoje existe apenas terra. Terra e mato queimado, a guerra, realidade dos seres humanos, e de alguns dos Borgs, que se negaram a viver em uma redoma de vidro, "presos para sempre" como eles diziam. Não sei se ainda existe magia do lado de fora da redoma de vidro, mas eu espero que sim.

Meus pés descalços batiam contra o chão de terra, e eu corria em direção a muralha de vidro, agora estava cercada, não tinha para onde ir, nem para onde fugir, olho por cima do ombro, vendo uma pequena, quase que inexistente, rachadura na redoma, olho para o policial na minha frente, que estava acompanhado de mais 3, um na minha direita, e dois na esquerda.

Vejo Dayees correndo em minha direção, minha amiga fada, com suas lindas asas azuis celeste batendo em suas costas, vejo seus pés delicados começarem a levantar do chão. E assim, minha bela amiga, já está voando.