Amor ao primeiro corte

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Lev e Hori de 6 a 8 anos:

Hori perambulava a escola desesperada atrás de sua amiga que devia estar esperando por ela em sua sala para que fossem juntas até a saída. Mais quando chegou lá a professora lhe avisa que ela já havia saído a algum tempo, isso fez a ruiva correr pela escola temendo que você tivesse se perdido ou até mesmo presa em alguma sala.

Hori: Cadê você?- algumas meninas mais velhas passam por ela cochichando algo sobre um jogo que ocorria na quadra 6. Atiçando a curiosidade da garota que decide caminhar até lá para espiar e no caminho aproveitava para tentar te encontrar. Se espreitando pela porta ela nota que o jogo que as garotas falaram era uma partida de vôlei. Seus olhos percorrem pela quadra e algo na arquibancada lhe chama a atenção. Fioszinhos brancos dançavam pelas grades e lá estava ela, Lev assistia ao jogo com tanta atenção que chegava a surpreender a acastanhada. A determinação e a vontade de ganhar, o qual alto pulavam, os hallys que te deixavam tonta sem saber aonde a bola iria cair, a cada toque que faziam, o barulho do baque da bola na quadra e a comemoração dos jogadores com seu típico bordão de " Nice Kill!!!", deixavam o interior da garotinha eufórico. A partida termina e os jogadores se retiram da quadra. Hori havia se escondido e assim que todo mundo saiu ela entra encontrando a garota platinada no meio da quadra encarando a bola de vôlei.

Lev: Eu quero jogar.- ela diz baixo se virando na direção de Hori.-- Eu também quero ganhar Kyouko.

Hori: Lev eu fiquei desesperada te procurando.- ela segura as minhas mãos.-- Vamos antes que algum professor nos veja aqui.

X: Tarde demais.- as duas crianças congelam e se viram bem lentamente para encarar o homem alto que ainda estava na quadra.-- Oque fazem aqui?

Hori: É... é...

Lev: Quero jogar.- digo interrompendo a fala dela.

X: Jogar? Bom... não posso falar que não por você ser uma garota, porque a várias jogadoras talentosas.- ele se abaixa em minha frente.-- Mais você não tem físico para isso e parece que nunca vai alcançar.

Lev: Não me importo.

X: Vôlei pode ser um esporte brutal tanto físico quanto mental. Quer tentar assim mesmo?

Lev: Sim.

X: Certo garotinha.- ele pega a bola que estava segurando.-- Me chamo Yoigoshi Masato, sou treinador do time de vôlei.

Lev: Lev Lawlith sala 3, senhor.

Masato: Ok.- ele se aproxima da rede a deixando mais baixa.- Vamos começar com um corte. Corra e pule o mais alto que conseguir, eu te farei acertar.

Hori: Lev?

Lev: Não vamos demorar.- me posiciono na marca em que ele me instriu corro e pulo me lembrando da forma em que os jogadores pulavam, tento imitar o mesmo movimento assim que o treinador joga a bola reparo que ela não chegaria até mim.

Masato: Joguei um pouco curta. Foi mal, vamos...- coloco toda a força que tinha em meu lado esquerdo fazendo meu corpo rodar e acertar a bola com a minha mão esquerda fazendo uma linha reta e ela cair na outra parte da quadra.-- Impressionante, você não ficou desesperada.

Lev: Eu acertei.- olho para minha mão esquerda e sinto meu peito ficar quentinho.

Hori: Você acertou.- o corpo de Hori se chocando com o meu me tira do transe.

Masato: Se está tão determinada a continuar com isso, me encontre todos os dias nos finais das aulas. Eu passarei a te treinar.

Lev: Obrigado.- faço um reverência.

Masato: Agora vão para casa.

Lev&Hori: Sim, Senhor.

E assim o cronograma dos treinos de Lev começou. Sempre que as aulas terminavam ela corria direto para a quadra 6, Hori achava a sua empolgação fascinante e sempre te acompanhava nos treinos, era um misto de felicidade e orgulho quando você acertava um corte ou fazia uma boa recepção e um misto de pavor e desespero quando você caia ou sem querer a bola acertava o seu rosto. Masato não queria admitir mais se sentia orgulhoso em estar te treinando, sua determinação e foco o cativaram o jeito que você ignorava a dor das recepções e pedia por mais um toque, sempre buscando aprender mais e mais. Durante esse tempo alguns machucados e ematomas se tornaram visíveis em sua pele e isso chamou a atenção de Mashiro. Ele havia notado alguns arranhões em seus joelhos, roxos na parte interior dos seus braços, e ele jurou que teria um infarto quando te viu cruzar a porta da casa de vocês com um bandeide colado no nariz e uma gaze em sua bochecha. Hoje seria o dia em que ele perguntaria oque estava acontecendo e, aí se você dissesse que alguém estava te maltratando ele iria bater na escola no mesmo instante. Já de noite, o garoto esperava pacientemente sua irmã terminar o seu banho para que pudessem comer a refeição juntos. Assim que você cruzou a porta da sala ele logo reparou nos curativos em sua perna e se segurou para não perguntar logo de uma vez.

Lev: Mano, achei que estaria estudando. - ela se senta a mesa e logo uma das empregadas lhe serve o seu prato.-- Obrigado.

Empregada: Não a de que senhora.- ela se retira e Mashiro se foca totalmente em sua irmã que já desgustava sua refeição. Suspirando pesado ele começa a comer também.

Lev: A comida estava ótima como sempre.- a garota olha de soslaio para o irmão que a encarava a fazendo franzir as sobrancelhas.-- Algum problema mano?

Mashiro: Você tem alguma coisa para me contar, Lawlith?- ele te chama pelo sobrenome e você estala a língua sabendo que a conversa era séria.

Lev: Depende.

Mashiro: Quero que comece a me contar de onde vieram esses machucados.- ele diz fazendo a se lembrar que não estava escondendo os machucados.

Lev: Estava jogando vôlei.- ela responde sem rodeios e o garoto trava piscando algumas vezes.

Mashiro: Vôlei?'- ela acente.-- Você não tem condições de praticar esse esporte!

Lev: Porque não?

Mashiro: Você é pequena e frágil. Isso só vai te machucar e isso já está bem aparente pra mim!

Lev: Hmm?

Mashiro: Você vai largar essa besteira agora mesmo!

Lev: Não é besteira. Eu gosto de jogar, gosto da sensação de conseguir fazer uma boa jogada. Oque te deixa tão chateado nisso? Não se importa com oque eu queria fazer?

Mashiro: Eu me importa! Mas me preocupo que se machuque mais gravemente.

Lev: Já me avisaram sobre os riscos. E eu quero jogar. Então.... me veja jogar.- ela abaixa o tom de voz e o garoto se cala se sentindo culpado.

Mashiro: Tudo ...bem.

Mesmo contra ele aceitou a sua decisão. No começo a relação de vocês deu uma estranhada mais com o tempo voltou ao normal. Seus treinos com Masato continuavam melhorando e ele sempre dizia que você se sairia bem no seu primeiro jogo. Dois anos se passaram e no seu último ano escolar nesse colégio com seus 8 anos, Masato lhe chama para se juntar ao time infantil que ele treinava em outra escola um de seus alunos estava doente e como teriam um jogo eles precisariam de um novo ponta no caso ele logo pensou em você. Você não tardou em responder um rápido sim e, aqui está você na quadra jogando com toda a sua força. Na arquibancada Hori vibrava toda vez que você marcava um ponto e gritava o famoso Nice Kill junto com você, ela até escreveu uma faixa toda colorida com o seu nome para poder torcer. Mashiro também assistia ao jogo e se admirava com a sua performance, e não tardou para que ele estivesse ao lado de Hori segurando o outro lado da faixa e gritando que você era irmã dele com todo orgulho. O placar era acirrado e ambos os times já tinham uma vitória, cendo essa a partida decisiva o seu time consegue chegar ao Mach Point, agora era sua vez de sacar e você arrisca um saque Estrela Cadente que foi mal recebido pelo outro time, eles recuperaram e vocês entram em um breve hally. Um corte vem em sua direção e você o recebe levantando para o seu companheiro pedindo o próximo toque, você corre pulando em busca do corte passando pelo bloqueio com uma finta. O time comemora a vitória e de canto você vê o treinador lhe mandar um joinha. Sua primeira vitória é você mal podia esperar pela próxima.

Miyamura- Chuva De Inverno Onde histórias criam vida. Descubra agora