cap.20

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- E como ele poderia me ajudar?

Lauren perguntou o óbvio, ele só ficava nos campos elísios, recebendo as almas e as ajudando a seguir para o caminho da reencarnação e claro além de tudo é um homem muito charmoso.

-Ele tem todas as vidas registradas em pergaminhos, a suas vidas passadas devem estar armazenadas e guardadas com ele. Se eu estiver certo, descobriremos de onde é a origem de seus poderes e como poderemos te ajudar.

Lauren concordou, apertando as mãos uma sobre a outra.

-Eu tenho uma pergunta.

Michael assentiu para ela prosseguir.

-Eu sou um perigo?

Michael fechou os olhos e travou o maxilar, suas mãos seguraram os braços de Lauren sobre a lateral de seu corpo.

-Sim, você é um perigo, pois se não soubermos de onde eles vieram não posso deixar que você volte para a terra sem poder controla-los, seria um perigo para você mesma e poderia colocar todos em um grande risco. Se for inofensivo, pedirei que Hecate a ensine como controlar e como usar. Se for perigoso demais, não permitirei que retorne e que coloque a vida de todos em perigo.

Lauren não sabia mas estava prendendo o ar e quando soltou sentiu uma leve tontura que jurou poder ter caído se não fosse aquelas mãos a segurando.

-Eu não quero ferir ninguém.

Michael alisou seus braços e beijou sua testa.

-Eu sei, por isso irei protege-la de você mesma, se for necessário.

[...]

-Senhorita O'conel.

Samatha parou no corredor quando escutou seu nome ser pronunciado por aquele ser desprezível.
Ele estava com um tipo de roupão negro com um cordão dourado sobre sua cintura, os cabelos presos e com o cajado ou foice, estava perigosamente lindo.

-O que você quer?

- Certificar de que você está viva.

Samatha revirou os olhos e virou os calcanhares.

- Não se preocupe meu caro senhor da morte, pois quando chegar minha hora, certamente você terá muito trabalho para me levar. Não irei te aceitar de muita livre e espontânea vontade.

Thánatos sorriu e correu para alcançar a garota e caminhar ao seu lado.

- Poxa, será mesmo uma briga de foice!

-Sim, será. Porém, não perca seu tempo pensando nisso, ainda viverei muito.

- Claro, como me esqueço de como os jovens são tão confiantes com suas vidas, quase não se lembram que tanto bebês como crianças morrem todos os dias.

Samatha abriu os olhos assutada, claro, ele era o deus da morte, o ceifador, o que estava lá para levar aqueles independente de quem seja.

- Você gosta do trabalho que tem?

Ela fez uma careta, por estar perguntando a ele, ou pior por estar puxando assunto com ele.

- Bom, no começo eu odiei, era muita injustiça. Porém, com o tempo, você acaba se acostumando, no final eu estou lá para segurar sua mão e te guiar.

Ghosts book IIOnde histórias criam vida. Descubra agora