#2 "𝙲𝚊𝚒 𝚏𝚘𝚛𝚊 𝚙𝚘𝚛𝚛𝚊"

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Aᴠɪsᴏs ᴘʀᴇ́ᴠɪᴏs sᴏʙʀᴇ ᴏ ᴄᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ:
Nesse capítulo, você simplesmente tem um crush nele e vocês não tem nada

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Era dia de prova na sua escola, você já havia acabado a sua e já tinha saído da sala, estava numa área coberta pois estava chovendo no dia. Estavas sentada num banco que tinha ali

Alguns meninos chatos da sua sala começaram a te irritar e boa parte do seu autocontrole já havia sido quase extinto, você estava muito irritada. Eles tinham pegado o seu sapato algumas vezes e te devolvido só para pegar de novo e jogar de um lado pro outro

Você já havia entendido há alguns meses que reagir de qualquer forma seria inútil então simplesmente se mantinha explodindo de ódio interiormente mas os deixava fazendo o que estavam fazendo, em algum tempo sairiam dali, confiava naquilo

Você viu ele observando a situação de longe e via fúria em seus olhos. Ele se aproximou raivoso e pisando forte no chão

- DÁ PRA PARAR VOCÊS DOIS? - ele perguntou gritando assim que chegou e os dois que te irritavam saltaram assustados

- Ela não se importa, cara, olha a cara dela - um deles disse após se recompor, você sabia bem esconder seus sentimentos

- Qualquer um se importaria, ninguém merece vocês dois - ele respondeu um pouco menos irado

- O que você tem a ver com isso? - o outro disse debochado

- Verdadeiramente nada mas é muita covardia e infantilidade você mexer com uma garota, você não sabe que instintivamente elas são mais fracas que os homens? Ou você é um covarde mesmo ou é muito mau caráter - ele disse te defendendo, você mantinha sua feição normal mas sorria por dentro

- Tá - um dos dois disse sem se importar

- CAI FORA PORRA - ele gritou autoritário novamente tomado pela raiva

- Não - o outro brincou com o fogo naquele instante enquanto o "um" saía de fininho

Ele pegou o menino pela gola da camisa e gritou mandando-o sair dali e parar de mexer contigo. O menino saiu correndo amedrontado e ele te olhou. Você estava um pouco assustada mas escondia isso, apenas seus malditos olhos ficaram arregalados, já que você tinha pouquíssimo controle sobre eles, apesar da cara de paisagem que você mantinha no rosto, seus olhos, como sempre, entregavam seu medo

- Como você aguenta? - ele perguntou genuíno e se sentou ao seu lado

- Quem disse que eu aguento? - você indagou cômica e vocês riram um pouco

- Quer dar uma saída? - ele quebrou o silêncio que se instalou ali após as risadas cessarem.

Você o olhou confusa, o que seria "dar uma saída"? Uma volta no bairro? Uma ida a uma sorveteria ou açaí qualquer e tomar um sorvete conversando, "dar uma saída" poderia até ser um convite de sequestro, o que isso significava?

- A gente dá uma volta por aí, meus pais vão demorar pra chegar, se você estiver na mesma situação a gente pode ir no MC tomar uma casquinha ou coisa assim - ele esclareceu ao ver a confusão em seu olhar

- Bem, pra sua sorte, meus pais também vão demorar pra chegar - sua mãe (imagine que ela não trabalha fora de casa e que vocês tem carro) sairia de casa no horário que costuma te buscar na escola e você acabou a prova cedo, então poderia ir com ele

Ele se levantou e te estendeu a mão. Você a segurou e levantou. Ainda de mãos dadas, vocês pegaram seus guarda chuvas e mochilas e foram até uma sorveteria próxima da escola, apesar de estar chovendo, as nuvens não trouxeram frio, pelo contrário, abafaram a cidade então estava bem calor.

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