Misericórdia de ternura

Capítulo 2

Bem, primeiramente eu gostaria de agradecer a todos comentários e favoritos, sério isso é muito importante e eu amo saber que estão curtindo. Segundo, quero me desculpar pela demora, eu realmente estava um pouco enrolada na faculdade, e essa semana a política tomou conta da minha cabeça, fiquei de mente cheia demais KKK. Mas aí está o capítulo, espero que gostem e comentem se puder. Beijos.

"This city's gonna break my heart"

Essa cidade vai partir meu coração

"This city's gonna love me, then leave me alone"

Essa cidade vai me amar, e depois vai me deixar sozinho

"This city's got me chasing stars"

Essa cidade me fez perseguir estrelas

"It's been a couple months, since I felt like I'm home"

Já faz alguns meses desde que senti que estava em casa

"Am I getting closer to knowing where I belong?"

Eu estou chegando perto de saber onde eu pertenço?

— This City- Sam Fischer ft, Anne Marie.

Cat Grant encostou- se no parapeito de concreto e vidro de sua varanda privada da Catco, examinando seu "reino" brilhante abaixo de seus pés se apagando lentamente dos últimos resquícios de luz da tarde, enquanto tomava seu segundo copo de whisky escocês. A vista sempre era um espetáculo por si só, não era atoa que seu prédio imponente era um dos mais bem localizados da cidade. E também não era atoa que este era o lugar favorito de sua garota de aço.

Supergirl.

Ela é extraordinária, pensou Cat perdida na memória do azul safira, esquecendo- se por um momento do porquê de estar se embebedando em seu escritório várias horas depois do expediente.

— Não. — Ela repreende a si mesma, a raiva borbulhando em seu corpo por ter seguido essa mesma linha de raciocínio pela vigésima vez desde que começou a beber justamente para não seguir essa linha de pensamentos, mas pelo jeito, até isso estava abusando de sua cara. — Ela é um problema que você deveria ter resolvido meses atrás.

Ótimo, agora estava falando sozinha como uma lunática.

É pelo jeito, beber até esquecer não estava mais funcionando ultimamente, mas ela iria esvaziar aquela garrafa tentando. Ótima vida aliás. Sua carranca se aprofundou e ela bebeu todo whisky do copo em um gole, aceitando a queimadura que descia por sua garganta e peito como uma forma de penitência, tentando assim, afogar aquela parte de si mesma que sabia o quão surpreendente Kara realmente era, que continuava a ser atraída por ela apesar das razões, oh boas razões, pela qual Cat não deveria ser.

O que estava se tornando o verdadeiro problema, era que seu coração não estava mais achando que havia problema algum.

Cat queria rir do absurdo de ter passado esses três anos gastando tanta energia segurando a garota à distância de um braço, só para ter esse esforço prejudicado no momento em que Kara, parada naquela mesma varanda, com toda postura e traje de Supergirl, carregando aquele olhar de adoração tangível que Cat jurou que não lhe causava nada, mas que, mesmo assim a fez praticamente entregar sua — pequena — paixão. O coração traidor de Cat a traiu.