5- sempre assim.

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Bom...
A aula de hoje foi muito boa, charlie realmente é minha amiga agora.
Dean, não foi a escola hoje, pelo o que eu entendi, ele teve treino de vôlei hoje, Sam que nós disse.
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Agora estou aqui no chão da sala, esperando meu pai tirar seu cinto.

"Castiel, meu filho." Ele diz tentando tirar seu cinto.

Ele está em minha frente, estou ajoelhado olhando fixamente para seus sapatos.
O cheiro de bebida tampando minhas narinas, o suor caindo sobre meu rosto, o gosto metálico em minha boca.

"Eu já disse para você ser obediente, querido. Mas você não coopera" ele levanta meu rosto com suas mãos, as palavras emboladas por conta de seu estado.
Estou muito fraco para me afastar.

"Me desculpe" digo baixo de mais, mas alto o suficiente para ser escutado.

"Pedir desculpas não vai adiantar, seu peste" levo um soco na cara.
Caio no chão, ele pega a gola de minha camisa, e mais um soco.

" Por... Favor" tendo pedir misericórdia, e mesmo assim... mais um soco

"Eu tenho tanto..." Um pausa, e mais um soco "nojo de você, tanto nojo "
Ele me larga e eu bato minha cabeça na madeira fina e fria do chão.

"Vamos, fique de joelhos, sua vagabunda" diz cuspindo em meu sobretudo.

Me rastejo, tentando muito não cair.
Fico de joelhos, meu rosto doendo, minha visão embasada, meus joelhos e meu corpo doendo.

Não escuto nada, quando sinto um impacto em minha barriga.
Acabei de levar um chute.

Mais um.
Mais um.
Mais um.

Mais um .

Sangue em minha boca.

Eu não consigo parar de chorar.

"Por favor, por favor"

"CALE SUA BOCA" Chuck diz puxando Castiel pela camiseta.

"CALE SUA BOCA" ele leva outro soco em seu rosto. "CALE SUA BOCA, SEU VIADINHO, SEU ASSASSINO" ele diz isso enquanto espancava Castiel.

Aquelas palavras doíam, doíam mais do que ser espancado e abusado pelo seu próprio pai, por todos esses anos.
Tudo dói, tudo sempre dói.

Eu não entendo, eu não entendo o porquê faço tudo errado, eu sempre faço tudo errado.
Eu fiz as coisas erradas quando quebrei um copo de suco na cozinha, eu fiz tudo errado quando não tranquei a porta do meu quarto, eu fiz tudo errado quando não levei uma cerveja gelada para meu pai, eu fiz tudo errado quando não limpei a casa direito ou não cozinhei direito o jantar.
Eu sempre faço tudo errado.

"POR FAVOR" digo tentado me soltar. "EU FICAREI QUIETO, EU VOU FAZER CERTO DESSA VEZ... Por favor." Falo colocando meus braços em meu rosto.

"HAHA AHHAABABAHAABAAH" ele ri alto. "BURRO, INÚTIL. VOCÊ NUNCA VAI FAZER NADA CERTO, Castiel. NADA. "

"está me ouvindo? Nunca." Ele diz forçando seu rosto contra o meu.

"Me desculpe, pai. Me desculpe" fecho meus olhos com força, esperando mais um soco.

"Vamos, fique de joelhos querido" ele me solta, ficando em minha frente.

"Vamos, Castiel. Seja bom." Ele diz passando seus dedos em meus cabelos.

Fico de joelhos, desabotoando seus botões, baixando sua calça.

Mordendo minha boca para não chorar.

"Isso querido, você vai ser tão bom pra mim" ele diz com uma voz imunda, que me dá arrepios.

Me forço a fazer aquilo, não tenho escolha, eu nunca tive.

"Vamos" ele diz tirando seu membro para fora.
Sinto uma imensa vontade de vomitar.

Fechos olhos e vou, tudo está horrível, não é a primeira vez que ele faz isso, e tenho certeza que não vai ser a última.

Eu só queria ser um adolescente normal, com uma família normal.
Nunca fui a escola direito, e depois disso, tenho certeza que vou ter que sair de lá.

"Isso, isso, isso, querido" ele diz, forçando minha cabeça.

Não, por favor para, por favor.

Eu quero subir para meu quarto, olhar para a lua e dizer o quão enojado estou, mas não posso.
Eu não posso.

"Você... Está melhor do que a última vez, querido" mais fundo, e cada vez mais forte.
Seus dedos em meus cabelos, a mão em meu queixo.
Tudo me faz querer vomitar.

"Isso, ahr" ele goza, jogando minha cabeça de lado.

Caio perto do sofá, olhando para ele.

"Poderia ser melhor. Vou sair e quero tudo limpo quanto eu chegar." ele diz guardando seu membro em sua calça.
"Amanhã eu quero tudo limpo, e faça o jantar." Ele diz se aproximando.
Pegando meu rosto me forçando a olhar para ele. "Você não vai mais a escola"
Ele diz me forçando a beija-lo.

"Continue assim" ele se afasta, abrindo a porta da frente, saindo.

Agora estou aqui, mais uma vez. Chorando, com o rosto entre os joelhos.
Me sentindo imundo, porco, inútil, fraco, feio e sujo.

Minhas roupas sujas, cabelo bagunçado, sangue, machucados, lágrimas.
Sempre sim.
A garrafa de cerveja quebrada ao meu lado.

Me forço a levantar, o meu dedo do pé está quebrado, minha barriga está muito machucada. Meu rosto enteiro dói. Tento levantar mais uma vez, em um impulso me levanto me apoiando no braço do sofá. Olho ao redor, a visão que estava embaçada, começou a ficar nítida. Me movo devagar, o pé esquerdo está latejando.

"Shh" sugo o ar forçando meus olhos, com dor.

"Vamos Castiel" falo, dando alguns passos.

Vou devagar até chegar a cozinha, procurando a par e a vassoura.
As pego e volto até a sala, limpando tudo o mais rápido que consigo.
Em 20 minutos a sala está toda limpa. Minhas mãos estão tremendo, fechos os olhos e respiro fundo, não posso me atrasar, o pai irá voltar em breve.
Vou até a mesa de jantar colocando seu prato, copo, talheres, guardanapo.
Volto até a cozinha, preparando uma lasanha. me sento a mesa, esperando ela assar. Depois de pronta, coloco-a a mesa.
Subi as escadas com cuidado, tranco a porta, e vou até o banheiro.
Não me olho no espelho, dessa vez não consigo.
Tomo um banho rápido e dolorido.
Saio do banheiro, me visto e faço curativos. Meu pai chegou, o barulho do carro estacionamento me faz congelar. E se a lasanha não estiver boa?

Me levanto devagar, e coloco o ouvido na porta.

"Fique no quarto Castiel" ele diz do andar de baixo.

Glória a Deus.

Solto um suspiro imenso e me afasto da porta.

Com dificuldade vou até a cama e me deito.

Espero que amanhã não seja tão ruim.
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28 de setembro.

Desculpa a demora de postar cap novo.
Cap mais pesado q fiz, me desculpem por isso.
Boa leitura.💙📎

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⏰ Última atualização: Oct 02, 2022 ⏰

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