Mon doudou

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— Pera aí, como é que é?

Yuta conta o que aconteceu na tarde, Taeyong ouvia tudo calado, pois não esperava que ele fosse chorar por conta disso, conhecendo o Nakamoto. Mas lá está ele, com o rosto vermelhinho e os olhos brilhantes.

— Ok, agora quem é essa pessoa e como ela fez isso com você? Porque pra mim isso ainda é uma grande surpresa. — Yuta ri anasalado

— Eu o conheci na faculdade, ano passado — começou voltando a ficar sentado, por já se sentir um pouco melhor. — Foi em uma festa na casa de um ex peguete meu, o Hendery de jornalismo. E foi lá que eu o vi pela primeira vez...

1 ano atrás...

Casa do Hendery

Yuta se divertia como nunca, cantava algumas pessoas, dançava com elas, beijava na boca, e ainda comia e bebia bastante. Aquilo sim era uma boa festa.

Estava flertando com uma garota de educação física, quando notou seu copo de whisky havia acabado. Fala um “Já volto”, piscando para a menina e passando pelas inúmeras pessoas que se encontravam dançando no meio daquela enorme sala. Quando Hendery disse que sua casa caberia bastante gente, não tinha levado a sério.

Mas agradeceu mentalmente quando chegou no bar improvisado pelo dono da casa, pedindo mais um pouco de whisky para o barman, até bater os olhos em um garoto que raramente via em festas de veteranos e até mesmo na faculdade, provavelmente era um calouro.

Vestia um casaco branco com detalhes vermelhos e marrons, calça jeans preta envolvida por um cinto, tênis e um boné da mesma cor. Por conta do acessório na cabeça, não conseguia ver seu rosto, mas assim que ele tira para ajeitar seus fios negros, ele conseguiu notar a beleza imensurável dele.

Viu ele pedir algo para o barman, que concordou imediatamente. — Psiu, vem cá rapidinho.

O barman o olhou e obedeceu.

— Pois não?

— O que ele pediu? — perguntou apontando com o olhar para o garoto que estava distraído, observando as outras pessoas.

— Uma batida de melancia. — responde.

— E quanto fica?

— 7,20 euros. — pegou sua carteira e pegou uma quantia de dinheiro.

Enquanto isso, o garoto analisava as pessoas dançando de forma agitada enquanto pensava o quanto queria ir embora. Particularmente não gostava muito de festas, ainda mais que não conhecia absolutamente ninguém, só foi para lá porque um amigo seu havia o chamado para o acompanhar, e ele como um bom amigo, decidiu ir.

Mas já havia se arrependido, vendo que seu amigo já tinha sumido para pegar alguém pelos cantos, então não viu outra alternativa a não ser pedir uma bebida. E finalmente, sua bebida havia chegado.

— Aqui está. — o barman se aproximou com um copo grande e um pedaço pequeno de melancia no copo.

— Quanto é? — perguntou pegando a carteira.

— Ah, aquele menino pagou a sua bebida — o menino arregalou os olhos. — Ele está de olho em você esse tempo todo.

Yuta, quando consegue o olhar do garoto, se estremece por dentro, não costuma sentir isso com outras pessoas, na verdade, era ele quem fazia esse efeito nas pessoas. Mas aquele olhar forte e felino do desconhecido, seguido de um sorriso de lado.

Talvez, Yuta tenha encontrado uma pessoa para ficar a festa inteira, e o garoto não ache mais aquela festa tão tediosa assim.

Atualmente...

manchas de café- dowooOnde histórias criam vida. Descubra agora