Capítulo 01

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Helena
Helena na mídia
Eu sou uma jovem cristã de 19 anos que tenho um grande sonho de poder me casar algum dia, com um homem de verdade que cuide de mim e que tenha vontade de construir uma família comigo no futuro, uma pena que hoje em dia esse não é mais o pensamento da maioria dos jovens da minha idade, que só querem saber de pegação, relação sexuais antes do casamento e drogas, me pergunto a mim mesma se esse homem dos meus sonhos existe mesmo, ou se é apenas uma paranóia minha.
Nunca fui uma filha de dar problemas para os meus pais, sempre tentei fazer o meu melhor para ajudar na igreja do meu pai, eu sempre fui de uma família humilde, afinal, essa é a realidade da maioria dos brasileiros, minha família é originária de Minas Gerais mas nos mudamos para São Paulo faz 5 anos, já aconteceu tanta coisa nesse intervalo de tempo em que vimos para cá.

-Helena, filha, já tá está na hora de nós arrumarmos para o culto, se apresse.-dizia minha mãe enquanto entrava no quarto e me despertava do meu desvaneio.

-Sim mãe, já vou me arrumar, hoje eu vou um vestido florido com rosas pinks- disse enquanto olhava a mesma começando a dobrar algumas roupas.

-Tudo bem, meu amor, só seja breve e nada de batom vermelho, você sabe como seu pai é rígido com a doutrina e como filha de pastor, você tem que dar exemplo.- disse minha mãe enquanto levava uma cesta com algumas peças de roupas que estava  no meu quarto, para o andar de cima.

-Tá mãe, tudo bem....- digo enquanto começava a me aprontar para o culto, meu pai sempre foi rígido comigo para que eu seguisse a doutrina, eu não gosto de ter que ser um exemplo para todos, até porque não sou perfeita, tenho meus problemas, eu nunca tive nenhum problema de relacionamento com meus mais pais, mas essa pressão toda que colocam em mim, para eu ser um bom exemplo, chega a ser cansativo.

-Helena, filha, já está pronto? Temos que ir logo, eu vou abrir a igreja hoje, então temos que chegar primeiro- disse meu pai logo depois de bater na porta do banheiro.

-Ja estou pronta, papai, eu só estava passando um pouco de base- digo enquanto abria a porta do banheiro lentamente.

-Esse pó que você está usando, está muito destacado em seu rosto, tome mais cuidado filha e vigia, não quero que você traga escândalo para os irmãos.- disse meu pai, esses sermão dele, são tão cansativo as vezes, eu nunca faço nada demais.
Quando já nos encontravamos na igreja, procurei me sentar no banco do grupo dos jovens, a mocidade daqui não era tão unida, as vezes até acho que eles podem ter alguma panelinha, mas eu nunca consegui pegar eles fazendo algo ruim conta algum outro membro.
Pelo menos, ainda não, a única coisa que noto é que eles parecem querer viver de palco, em específico Clarisse e Daniel, Clarisse canta muito bem e sola muito hinos do grupo, mas não sinto muita humildade vindo da mesma, se eu fosse julgar pelas suas vestes, eu diria que ela tenta fazer o máximo para estar bonita.
Daniel, é um jovem que também tem um dom para o louvor, mas ele também parece se importar bastante com a atenção da igreja, tenho quase certeza que ouço ele tentando cantar mais alto que os outros, ele também sola boa parte dos louvores do grupo.
Ambos os jovens, nunca vi eles cumprimentarem algum jovem novo que chego na igreja, até parece que fazem acontrario, como se tivessem olhando com desprezo, enfim, eu não posso julgar as pessoas segundo o que vejo ou que presinto, mas espero que estar errada do fundo do meu coração, não quero que esse tipo de problema se torne muito presente nesta igreja.
Um pouco tempo depois que entrei na igreja, um jovem garoto, que parecia ter uns 22 anos, adentrou a igreja, bem vestido com um palito preto, camisa branca, gravata branca, calça também preta, no geral, o rapaz estava com a roupa toda combinada incluindo seus sapatos, o seu cabelo era castanhos escuro.
O esbelto homem, se sentou junto em um dos banco no fundo da igreja, eu pensava que ele era algum tipo de obreiro, já que é mais comum vemos obreiros com esse tipo de vestimenta e não visitantes, acredito que talvez ele seja apenas um visitante de outra igreja.
Depois que o culto acabou, o jovem rapaz veio conversa comigo, durante o culto todo, ele ficou me observando, será que ele viu algo preso no meu dente? não quero nem saber, mas tenho medo de ter passado um vexame desse.
-Oii, Você é a filha do pastor, não é?- disse ele enquanto vinha em minha direção, interrompendo todos os meus pensamentos.

-Sim, sou eu, mas quem te contou que sou a filha do pastor? eu não sabia que a fofoca corria tanto por esse templo.- disse enquanto olhava em seus olhos, seus olhos eram castanhos claros, ele não tinha barba e muito menos bigode, não vou mentir, ele realmente fazia meu tipo.

-É que eu sou novo por aqui, é minha primeira vez vindo nessa igreja, então eu estava procurando alguém como você para me guiar melhor aqui, então quem seria mais perfeito do que a filha do pastor? Perguntei a alguns desses meninos do grupo que você participa, enfim...meu nome é Felipe, muito prazer.- disse o simpático moço, enquanto estendia  sua mão esquerda para mim.

-Ah sim, Pazer é todo meu, eu sou Helena e me desculpa se pareci um pouco grossa, nunca se sabe o que podem estar falando por aí né - disse com um sorriso sem graça, pois eu estava um pouco envergonhada depois do que havia dito.

-Tudo bem, Helena, você é uma garota muito bonita, parece que o seu pai cuida bem de você - disse o mesmo enquanto se aproximava mais.

-Ah, muito obrigada, isso é gentileza sua, eu me considero o básico do básico mesmo.- digo enquanto enrolava alguma fios do meu cabelo com o dedo da mão direita.

-Filha, já está na hora de fechar a igreja, quem é esse aí?- disse minha mãe enquanto se aproximava de nós.

-Esse é o Felipe mãe, é um visitante novo aqui na nossa igreja.- disse com um sorriso enquanto olhava para o mesmo.

-Boa noite, senhora- disse o mesmo, minha mãe encarou com um olhar estranho, como se ele tivesse algum tipo de palavrão.

-A Paz do senhor, vamos Helena, precisamos fechar a igreja e eu ainda tenho que fazer a janta, vai ajudar o seu pai a levar algumas caixas.- disse minha mãe enquanto apontava para o meu pai.

-Eu posso ajudar senhora? A Helena parece ter mãos tão sensíveis- disse Felipe, enquanto encarava minha mãe um pouco sem graça, se minha mãe estiver causando medo nele, imagina o meu pai.
  Felipe acabou me ajudando a carregar as caixas e deixá-las dentro do carro, elas realmente eram muitos pesadas mas eu não sei o que tinham nela, provavelmente deve ser novos instrumentos músicas, eu espero que ele apareça mais vezes na igreja, é difícil ver um cara tão gente boa e lindo como ele.
Me pergunto se esse é o meu prometido, eu espero que sim, até porque ele é muito bonitinho, mas quem vê cara, não vê coração, eu não deveria ser tão emocionada e fica me iludindo, esses pensamentos de madruga sempre me pegam quando já estou deitada, mas acredito que todos devem ser assim.
Depôs de alguns minutos com esses pensamentos em minha mente, eu adormeci e comecei a sonhar, havia uma ovelhinha cujo os pelos eram brancos com a neve e macios, a ovelhinha parecia ser muito nova e bastante inocente, ela estava comendo em um gramado verde, ao redor de um lago que tinha aguas cristalinas azuis como pedras de safiras.
Logo em seguida, apareceu um lobo tão escuro quanto trevas em uma noite nublada,  as suas presas eram grandes e ele estava indo em direção a pobre ovelhinha, mas a mesma parecia estar despercebida com o que iria acontecer com ela, o lobo a arrasou para o fundo da água e começo a afoga-la de uma forma totalmente brutal, a cor da água começo a  mudar e se tornou vermelho como sangue.
Acordei muito assustada com esse sonho, em uma madrugada de segunda feira, um pouco ofegante, olhei para o relógio e eram 4 hora da manhã, eu acho que esqueci de orar e por isso deve ter tido esse pesadelo, logo depois de acordar, me ajoelhei e comecei a oração.
Notas do ator
Será que o sonho de Helena significa alguma coisa? Continue lendo para saber e muito obrigado por chegar até aqui, até a próxima.

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⏰ Última atualização: Sep 30, 2022 ⏰

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