𝙙𝙚𝙩𝙚𝙣𝙩𝙞𝙤𝙣.

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#7

Eu estava matando aula do lado de fora da escola, era o penúltimo tempo do dia, e nesse último tempo era a pior aula possível.
Matemática.

Eu Tinha começado um livro para não ficar tão entediada, mas minha leitura foi interrompida quando sinto uma presença.

"Aparece, Robin."

"O que? Como sabia que era eu?"

"Com esse seu perfume, é impossível não saber."

"Droga. O que está fazendo aqui fora?"

"A mesma coisa que você, não é? Eu não fiz o trabalho de matemática, não estou afim de ouvir professor nenhum me dando sermão."

"TRABALHO? O QUE?"

"Não sabia?" Digo rindo da sua expressão de espanto.

"Esse trabalho vale quantos pontos S/n? me diga, pelo amor de Deus."

"4,5 pontos, Robin."

"Puta merda, eu vou ser expulso." Ele diz colocando as mãos na sua cabeça e se sentando ao meu lado.

"Então serão dois alunos sendo expulsos." Digo dando uma risadinha, de desespero, é óbvio.

"Não duvido disso."

"Relaxa, você e nem eu vamos ser expulsos."

"Eu espero. Estou com fome, tem algo para comer aí?"

"Não, só entrando na escola para comer."

"Que merda."

Ficamos uns 2 minutos em completo silêncio, não tinha assunto naquele momento.

"Quer entrar pra comer?"

"Está louco? Vão ver a gente fora da sala de aula."

"Modo ninja minha querida, modo ninja."

"Vai você tartaruga ninja, eu vou ficar bem aqui."

"Você vem comigo." Ele se levanta e me puxa pelo meu braço em uma rapidez absurda.

"Robin, não! Se pegarem a gente vamos ficar de detenção."

"Não vamos, eu juro."

"Se nós ficarm-"

"Deixa de ser chata s/n, eu assumo a responsabilidade se verem a gente." Ele me puxa entrando na escola.

"Chata? me chamou de chata, arellano?"

"Fale baixo."

Nós passamos pelos corredores em silêncio, olhando para os lados, com medo de sermos pegos, como se fossemos foragidos da polícia.

Quando estávamos chegando no refeitório a faxineira passava pelos corredores, Robin meu puxa rapidamente para trás de um balcão, fazendo um sinal de silêncio.

"Que merda, Robin!" Digo apenas mexendo a boca, não emitindo nenhum barulho.

Assim que ela vai embora, saímos correndo para o refeitório, quando verificamos que não tinha ninguém, atacamos as comidas que tinham lá. Robin não satisfeito ainda encheu sua mochila com sanduíches.

"Vamos logo que entre alguém aqui."

Corremos para fora do refeitório, assim que saímos, nos deparamos com alguém nada agradável.

"Senhorita S/s e senhor Arellano? O que estão fazendo fora de sala?"

"Diretora, nós só estávamos com fome e fomos pegar comida, já iremos voltar para a aula." Digo, já que Robin congelou.

Imagines | Robin Arellano. Onde histórias criam vida. Descubra agora