Capítulo 9

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POV Narrador

_Te amo Ju! - Sarah respondeu num sussurro mas Juliette já tinha virado as costas e saído do quarto.

Ambas estavam enfrentando uma batalha interna sem saber se o que sentiam uma pela outra, poderia estar sendo sentido, muito menos correspondido.
Sarah, que até então jamais conseguiu assumir para si mesma os sentimentos que teria pela Juliette, isso desde o confinamento da casa BBB, passou a ter de forma mais palpável desde o início de sua gravidez. Todo aquele carinho e cuidado que vinha recebendo da Juliette, fez com que aquele amor desde o reality, viesse enfim, a florescer dentro dela. O que ela não esperava, era que esse sentimento fosse correspondido. Ela só queria ter tido a oportunidade de conversar e entender o que Juliette sentia, mas a mesma não deu essa oportunidade.
Em contrapartida, Juliette sabia bem o que estava sentindo, o quanto seu sentimento pela Sarah havia se tornado grande e real, ao ponto de num ímpeto momento, acabar beijando-a, sem saber se aquele beijo poderia ser correspondido ou não. Agindo de forma imatura, fugindo da situação e deixando quem ela tanto amava, sem nenhuma explicação.
E lá estava ela, novamente em São Paulo, após receber uma chamada de Sarah, avisando-a sobre o nascimento da Phoebe. Ela não pensou duas vezes, em largar tudo e correr para quem ela tanto amava. E não pensou mesmo, pois vale lembrar que, Juliette ainda estava em um relacionamento com Grazi Massafera, essa que desacreditava cada dia mais em seu namoro com Juliette.

POV Sarah

Apesar de cansada, eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo. Tinha finalmente em meus braços uma parte de mim, como podia um ser tão pequeno, causar um sentimento tão grande dentro da gente? Ela era perfeita até nas suas imperfeições.

Ter a presença de Juliette aqui ontem foi a prova do quanto ela me ama, e com certeza, a prova do quanto EU a amava. Sei que as coisas não são fáceis, um relacionamento não acontece do dia pra noite, teríamos várias coisas a conversar e resolver antes de tentarmos qualquer coisa, principalmente agora, que sou mãe, mas eu estava disposta a tentar, se ela também estiver.

Minha mãe dormiu comigo no hospital, e logo pela manhã recebi a visita de meu pai, que veio de Brasília o quanto antes para conhecer sua neta.
De começo, ele não aceitou de forma boa que sua filha tivesse engravidado, principalmente de um cara que simplesmente fugiu da situação. Disse o quanto fui irresponsável, que eu não sabia o que estava fazendo da minha vida, e que gerar uma criança não era o mesmo que brincar de bonecas. Acho que meu pai esqueceu do fato de sua filha já ter 31 anos nas costas e de ter muita vivência, muito dessas feitas sozinha. Mas com o tempo e com a ajuda de minha mãe, meu pai acabou se conformando e até diga-se de passagem, se tornado um avô babão.

Enquanto eu e minha mãe tomávamos o café da manhã, meu pai estava deitado no sofá com a Phoebe dormindo em seu peito, era uma cena extremamente fofa e que eu pouco imaginava ver acontecer.

Recebi a visita de alguns amigos, que me fizeram companhia enquanto meus pais saíram para almoçar. Quando eles voltaram, eu já estava sozinha, dando de mamá para a Phoebe, essa que quando chegava a sua hora, não perdia tempo. Ela era uma bebê muito boazinha, após seu nascimento e feito alguns exames, o médico constatou que sua fissura labial não afetou o palato (céu da boca), ou seja, era algo bem mais simples de ser tratado, com poucas cirurgias e acompanhamentos, se resolveria. Óbvio, que devido ao lábio leporino, eu estava tendo um pouco de dificuldade de amamentá-la no peito, era mais difícil dela conseguir pegar o bico, e consequentemente, ela mamava mais vezes pois o pouco que ela conseguia, não a sustentava por muito tempo. Mas eu estava empenhada em conseguir fazer o melhor para ela, sei o quanto o leite materno é importante. Com ajuda de enfermeiras e até mesmo de uma fonoaudióloga que me visitou nesta manhã, fui aprendendo a melhor forma para que a Phoebe conseguisse mamar diretamente de mim, sem que precisasse reconhecer o uso de mamadeiras. O melhor, foi saber que sua primeira cirurgia, poderia ser feita logo aos três meses de vida.

Pequena Phoebe - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora