West coast

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"Love is blind and lovers cannot see, the pretty follies that commit"

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"Love is blind and lovers cannot see, the pretty follies that commit"

- Shakespeare...

Na costa oeste eles tem um ditado
Se você não está bebendo, então você não está jogando. Mas você tem a música em você, você tem música em você, não tem?
Na costa oeste eu tenho esse pressentimento como se tudo pudesse acontecer por isso eu estou te deixando.


Certamente, havia inúmeras outras opções na minha lista de afazeres a serem executadas durante as minhas maravilhosas férias de verão de 1980 que eu adoraria realizar para satisfazer minhas necessidades. Eram coisas bobas como participar de alguma festa do pijama na casa de alguma menina da vizinhança, colecionar itens fáceis de achar nas filas das lojas de conveniência, suplicar para minha mãe para comprarmos um cachorrinho, desistir da coleção barata, adquirir pôsteres que provavelmente enfeitariam as paredes do meu quarto por puro medo da repressão parental ou terminar de assistir alguma nova série policial com enredo previsível, porém com um final surpreendente.

Contudo, ao invés de realizar coisas que me apetênciam e que trariam algum tipo de alegria a minha pessoa, eu iria viajar. ora, viajar era ótimo, não era? O destino então era deslumbrante: Copacabana - RJ. Seria uma casa na rua da praia somente para a minha família, por uma semana inteirinha. A casa de um amigo do serviço do meu pai, cujo alugou a mesma por um preço camarada.
Teriamos direito aos luxos do Rio de janeiro além de gozar das praias magníficas, sem muita exaustão e estresse em procurar por um lugar interessante. era tudo o que a minha mãe queria.

Mamãe estava desesperada para salvar seu casamento e consequentemente salvar a saúde mental dos seus filhos. - ênfase no meu irmão mais novo William - que ainda era muito novo para enfrentar situações de adolescentes como divórcio prematuro dos pais e os desafios da guarda compartilhada. Quer dizer, não que eles fossem realmente se divorciar, até porquê meu pai era extremamente submisso a minha mãe e aos seus pedidos que era estranho imaginar que ele pediria divórcio a mesma. Entretanto, Fairte, estava aflita com isso alegando que sentia o quanto ele queria partir. Papai realmente desejava parti, mas não iria. E minha mãe sempre soube disso, pois era um fato explícito desde que ela colocou aquele anel no dedo dele. Mas nos últimos anos as brigas vinham aumentando consideravelmente, com direito a gritos e algumas almofadas voando. Meu irmão que na época que tudo isso começou era somente uma criança de seis anos, acabou ficando marcado pelo os atos a ponto da direção do colégio chamar meus pais e recomendar que o William frequentasse o psicólogo uma vez por semana.
Desde então minha mãe vinha com novos planos para a salvação do casamento, mas ainda muito efetivo, afinal a mesma brigava com o marido horas diantes, como se um passe de mágica, ela se esquecesse de todos os seus esforços.

A viagem era bem vinda, tanto pela parte do meu pai quanto pela a do meu irmão. Contudo, mamãe e eu sabiamos que isso não daria certo: não era possível salvar aquele casamento sem uma grande dose de milagre. E é assim que a minha série desventuras começa. Senhora e senhores podem me chamar de milagre. Pois fui eu quem adiou o final inevitável daquele matrimônio.
Não satisfeita causei uma revolução na vida de várias pessoas naquele verão. Não estou apenas me referindo na dos meus pais, mas na minha e na mais de uma dúzia, infelizmente. Foi assim que tudo começou.

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⏰ Última atualização: Oct 03, 2022 ⏰

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