Capítulo 30

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Briana respira fundo e começa a contar tudo.
Quando eu tinha 9 anos, o meu...o meu pai...ele...
Ele tentou me afogar em um lago que tinha perto de casa.
Ele dizia que jamais quis ter uma garotinha bastarda.
Que ele sempre quis ter um menino e que eu era fraca como a mamãe...
Briana deixa sair uma lágrima que é seguida por várias e Estevão segura suas mãos quando Riam tenta impedir suas lágrimas.
Ele so não me matou naquele dia porque a mamãe me salvou.
Mas ele bateu tanto nela aquele dia e tentou a afogar também.
Um vizinho vou toda a confusão e nos ajudou.
Depois ele aproximou de mamãe e disse estar arrependido e que ele não queria machuca la.
Mas que a mim ele iria me matar quando tivesse outra oportunidade.
Mamãe a apartir daquele dia nunca me deixava sozinha.
Ela sempre estava comigo, com medo do que ele faria comigo.
Ele me batia todos os dias, so de olhar para mim ele ja me batia.
O relacionamento dele com a mamãe mudou e ela prometeu ir embora comigo.
Ele implorou para que ela não fosse e que não iria me bater mais.
Ela acreditou nele e isso deu certo por um tempo.
Até ela ter um AVC.
Ela era tão nova e teve várias doenças umas atrás da outra.
Mas hoje em dia entendo que o AVC foi por causa do problema de coração que ela tinha.
E ela ficava muito nervosa com o papai sempre.
Eles discutiam com frequência.
E ele ficou pior quando a mamãe foi internada.
Ela implorou para os médicos que ela não queria ficar internada e que eu não poderia ficar sozinha.
Então cuidaram dela um tempo e enquanto isso eu fiquei com a vizinha até a mamãe sair do hospital.
Ela ficou quase um ano internada.
Eu ia todos os dias visita la e o papai parou de ir visita la.
Até que um dia ele foi la no hospital enquanto eu fui ver a mamãe e assinou um termo de responsabilidade e tirou a mamãe de lá.
Por um momento eu fiquei feliz porque eu iria pra casa e teria a mamãe alí comigo todos os dias.
Mas ele não ficou contente porque a mamãe não andava mais sozinha.
Ela começou a depender de nós para tudo e isso deixava ele muito irritado.
Quando eu dormia acordava de madrugada com ele bêbado em meu quarto.
Ele esperava eu acordar e me queimava com cigarros, ou fazia cortes pelo meu corpo.
Eu gritava e a mamãe gritava ele de seu quarto.
Era quando ele parava de me torturar.

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