Finalmente, Nova York!

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Depois daquela noite animada com Mari, Beatriz não parava de pensar na proposta que ela a fez durante toda a semana.

Conversaram todos esses dias, mas nem tocaram novamente no assunto, com certeza aquilo era o que Beatriz mais queria, estava um pouco receosa de ir assim de repente.

Beatriz resolve perguntar a Mari novamente se ela estava falando sério e se realmente estava disposta a ir.

B: Mari, sobre aquela proposta que você me fez no sábado, era sério mesmo?

Depois de alguns minutos, Mari responde.

M: Oi, Bia!

M: Sim, eu estava falando muito sério.

Ela pensa bem antes de responder, sua ansiedade ataca e parece que tem um nó puxando na sua garganta. Ela quer tanto isso, mas falta só mais um pouco de coragem.

B: Eu topo!

Beatriz bloqueia a tela do celular e deixa longe para não ver a resposta, estava muito nervosa.

Assim que escuta a notificação corre para ver logo o que a amiga disse.

M: Então vamos, cara! Mês que vem, se organiza rápido e faz tudo que você tem que fazer. Já tem passaporte?

B: Sim, tenho. Foi uma das primeiras coisas que providenciei quando comecei a me planejar para viajar.

M: Então tudo certo, eu também já tenho. Já to ansiosa por isso!

B: Eu também! Vou resolver algumas coisas aqui e te falo como vamos fazer isso.

M: Ok, corre!

Beatriz nem acreditava no que estava fazendo, ela pensava que só poderia estar maluca de sair do país de repente e nem falou com seus pais sobre. Mas essa era a hora certa e a única também para ela fazer isso.

A garota desce a escada de casa tão rápido que quase cai novamente, ela não era muito fã de escadas e parece que elas não gostavam muito de Beatriz também.

Ela avista seus pais na sala, e já bate a insegurança de falar com eles e levar um esporro, mas ela engole o medo e vai.

— Oi! Mãe, pai, preciso falar com vocês um assunto bem sério.

— Começou! O que foi dessa vez — Diz sua mãe.

— Falei a vocês que pretendo ser atriz faz um tempo, já me formei e quero dar início a isso. Mas não aqui no Brasil. — Beatriz fala e espera com medo a reação dos dois.

Os dois começam a rir.

— Você só pode estar brincando com nossa cara, mas foi bem engraçado. Parabéns! Já pode ir agora. — Diz o Sr. Campbell.

— Não, pai! Estou falando sério, e pretendo ir embora mês que vem. Só queria deixar vocês cientes do que vai acontecer. — Ela fala um pouco irritada por causa das risadas.

Beatriz olhava para aquela cena na sua frente, seus pais rindo e totalmente desinteressados no que ela tinha para falar. Isso a deixava com mais vontade de ir logo embora e poder viver como sempre quis. Após ela falar aquilo os pais param com a risada e a encaram sérios.

— Se você pensa mesmo que vai embora sem nossa autorização está realmente se iludindo atoa. — Diz o pai.

— Não preciso mais da autorização de vocês, eu já tenho 25 anos e pela lei sou responsável por mim mesma.

— Mas mora na nossa casa, come a nossa comida e usa o nosso dinheiro. Com que dinheiro você pensa que vai? Só se você roubar alguém, que com sua idiotice frequente é bem fácil de acontecer. — A Sra. Campbell consegue ser o mais cruel possível.

— Tenho algum dinheiro que já junto tem um tempo, afinal esse é meu sonho desde muito nova então está tudo bem planejado. — Beatriz fala e dá um sorriso irônico.

— Dinheiro que demos a você não é mesmo? Sempre fizemos de tudo por você e ainda consegue ser a pessoa mais ingrata do mundo, não me impressiona isso vindo de você que nunca quis nos agradar em nada. — Fala sua mãe.

Unexpected - Joseph QuinnOnde histórias criam vida. Descubra agora