Capítulo três.

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Adrien on:

Chego em casa, mas antes observo aos redores para ter a certeza de que ninguém me viu saltitando até minha residência.

— Plagg, descansar! — meu traje de gato preto sai em um estante.

— Aí, finalmente meu queijinho está no ponto certo! — Plagg diz e em uma bocada só devora o pedaço de queijo inteiro que estava em uma gaveta minha de meias.

— Não acredito que colocou esse queijo fedorento na minha gaveta de meias, Plagg! — digo enojado com aquilo — Credo, agora minhas meias estão fedendo!

— Não faz diferença Adrien, elas já estavam fedendo mesmo. — da de ombro e sorri ironicamente.

Reviro os olhos e me jogo em minha cama ficando de barriga para cima e olhando para o teto.
Fico um tempo em silêncio apenas entre pensamentos.

— Plagg. — o chamo e vejo o mesmo revirar os olhos para mim.

— E eu achando que ele iria ficar quieto... — diz quase em um sussurro, porém escuto sua murmuração.

— Eu escutei isso. — o fito com os olhos.

— Você acha que a Ladybug está bem? — o pergunto mudando de assunto.

— Acho que sim Adrien. Mas por quê? — se aproxima de mim e se deita na cama ao meu lado.

— Estou preocupado com ela. Faz dias que a vejo com o olhar cansado. Parece não estar tendo boas noites de sono.

— Hum, deve ser só isso mesmo então, ela só não deve estar dormindo direito. — diz dando de ombros.

— Eu espero, porém acho que deve ter algo a mais. Se eu soubesse sua identidade secreta acho que tudo seria mais fácil, talvez ela não esteja só com problemas como Ladybug, e sim em sua vida sem o miraculous. Queria tanto poder ajudá-la...

— Mas sabe que não pode Adrien. Por isso se chama identidade secreta, porque é secreto! Você não pode saber a dela e nem ela a sua. — diz tentando tirar essa ideia de querer saber a verdadeira identidade de Ladybug da cabeça.

— É, eu sei. — digo por fim.

(...)

As horas se passaram e já era tarde da noite. E como não tinha nada mais a fazer, decidi andar por ai como um gatinho perdido.

— Plagg, mostrar as garras! — com apenas três palavras o uniforme preto de gato já habitava em meu corpo.

Pulando de prédio em prédio e de casa em casa, me deparo com a sacada da casa de Marinette, então fico por lá.
Ao chegar acabo encostando em algo que fez um barulho um tanto alto.

— Espero não ter acordado ninguém...

...

Marinette on:

Já havia chegado em casa depois da patrulha e tomei um relaxante banho antes de dormir.
Ao sair coloquei um roupão e fui escolher meu pijama.
Penteei meu cabelo e decidi ler algo para distrair um pouco minha mente das coisas ruins que andava pensando ultimamente.

(...)

02:45 AM

Estava de madrugada e em mim já habitava um pouco de sono. Coloco o livro na minha escrivaninha e me aconchego em minha cama tentando arrumar uma posição na qual eu me sinta mais confortável.

Com os olhos já fechados porém ainda não estava dormindo. Estava pensando em Cat. E em como ele está sendo próximo de mim agora nesse momento.
Juro que não sei o que faria sem ele.

Quando estava quase adormecendo completamente escuto um barulho na sacada. Levanto rapidamente para ver o que estava havendo, mas não posso negar que sentia medo. De fato o pesadelo me afetou de uma forma muito grande, ando me assuntando com quase tudo.

Subo pela portinha que tem no teto acima de minha cama que da acesso para a sacada.
Ao chegar lá me surpreendo com a presença dele ali. Era Cat Noir.
Não sabia o que estava fazendo na minha sacada a essa hora da madrugada.

— Cat Noir? — falo me aproximando do mesmo e o vejo virando para mim e encostando suas costas na grade que havia ali.

— Me desculpe, Marinette. Eu te acordei? Juro que tentei não fazer barulho, mas acabei encostando em algo que fez com que eu derrubasse. — leva sua mão direita até atrás de sua cabeça e se explica.

— Não, tinha acabado de me deitar. — me aproximo ainda mais dele.

— Ah, que bom então. Achei que tinha te acordado. — suspira aliviado e sorri de canto — Mas o que estava fazendo essa hora da noite acordada ainda? — me indaga.

— Estava terminando de ler um livro. — digo e sorrio sem mostrar os dentes. Coloco meus cotovelos na barra da grade e apoio uma de minhas mãos no meu queixo e assim fico admirando a vista de paris a noite. Enquanto Cat sobe em cima da barra da grade e se senta na mesma.

Não falamos nada durante alguns segundos, ficamos apenas olhando para o céu que estava um tanto estrelado e admirando o brilho da lua que estava radiante.

— Mas, e você? O que estava fazendo na minha sacada a essa hora da madrugada? — o pergunto puxando assunto.

— Acho que só queria sair para colocar minha cabeça no lugar. Ando pensando muito na Ladybug. — sua confissão faz com que eu me interesse mais na conversa, já que eu sou a Ladybug.

— Mas por quê? Aconteceu alguma coisa com ela? — o indago ainda mais para saber o que estava pensando em relação a joaninha.

— Não sei, ela parece estar mal. Não sei se anda dormindo bem, não sei se está se alimentando direito. — diz ainda olhando para o nada, enquanto eu fico prestando atenção no que dizia olhando para seu rosto e cada leve movimento que fazia com a boca ao falar — O fato de Monarch ter conseguido quase todos os miraculous anda deixando-a muito preocupada com o que pode acontecer. Não gosto disso, por mais que esteja preocupado com isso também, não consigo deixar de me preocupar com ela, pois sei que não está bem.

O fato de estar preocupado com Ladybug (que sou eu) faz com que eu me emocione e sinta uma rebelde lágrima cair em minha bochecha. Limpo-a depressa antes que ele perceba.

— Você realmente está preocupado com ela. Ela com toda certeza deve ser muito sortuda de ter você como parceiro e amigo. Duvido que tenha outra pessoa que te mereça tanto quanto ela. — sorrio para ele.

— Sabe como é, né? Não a outro como eu. — se gaba e sorri convencido.

— Aiai, que convencido. — rio do que acabou de dizer.

Se tem uma coisa que amo em Cat Noir é o seu senso de humor. Mesmo as coisas estando quase no fundo do poço ele sempre consegue um jeito de arrancar um sorriso meu de uma forma ou de outra.

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A prova de um amor impossível.Onde histórias criam vida. Descubra agora