; 𝑷 𝑹 𝑶 𝑳 𝑶 𝑵 𝑮 𝑶 ;

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No primeiro raio de sol que acertou os meus olhos, eu acordei com ânimo, igual todos os dias.
Pulando literalmente da cama, comecei a me alongar.

Depois de uns cinco minutos, me levantei e soltei um suspiro, e então sorri.

- Simbora começar o dia!! -

Pegando minha bolsa preta, passei ela pelo meu pescoço e virei ela ficando contra minha costas.
Subi minha janela, me agachei e então pulei com as mãos estendidas na direção do ferro e o segurei firme; e então desci tirolesa que era de frente a janela do meu quarto.

Enquanto descia rapidamente, olhei para trás e admirei meu trabalho, a minha nova tirolesa; foi exatamente cinco anos que demorei para que ela funcionasse bem, foi praticamente suor, lágrimas e muito raiva resumindo tudo.
Mas aqui estou, descendo numa velocidade, devo admitir que a parte mais divertida do meu dia é essa.

Porque morar em uma ilha sozinha separada da sociedade pode ser algumas vezes bem chato.

Quando a última árvore chegava de uma maneira brusca, abaixei meus baixo em direção ao chão e da minha palma da mão saiu flocos de neve; projetando então uma cama de neve para que eu caísse de forma segurada.

Soltando o ferro, então cai sem medo em cima da neve.

Soltando uma risada, posei meus braços atrás da minha garganta e sorri, - Isso nunca perde a graça. -

Levantei-me e olhei para pilha de neve. Erguendo meu outro braço, um ar quente começou a sair dele; fazendo a neve derreter e a transformando ela em uma poça d'água.

Perdendo a atenção, meus olhos se arregalaram ao me lembrar de algo que eu esqueci completamente. - DROGA!! Esqueci da Ymir!! -

E disso, corri o mais rápido possível que eu conseguia para o ponto de encontro de sempre; a praia.

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- Aí... Eu- Eu não fui feita pra correr tanto... - Disse com falta de ar, finalmente cheguei até aquele bentida praia.
Olhando ao redor, comecei a procurar minha amiga e companheira desde que eu me conheço como gente.

Franzi minhas sobrancelhas enquanto apertava meus lábios, - Ué, cadê ela- -

Não conseguir terminar a frase ao ser cortada pelo o peso que tomou o meu corpo, fazendo-me cair de cara na areia; bufei de raiva e soltei algumas maldições, mas logo sorri de felicidade por ela ter voltado.

Saindo de baixo dela, então pulei sobre ela e a abracei com um grande sorriso em meus lábios. - YMAR!! Você voltou!! - Sorrir ainda mais, mas logo o bico dela acertou linha cabeça fazendo-me afastar dela.

Sim, Ymir é era um pássaro, um pássaro gigante.

Seus olhos amarelos me encarava desinteressados, logo, ela começou a arrumar suas penas azuis escuras que tinha detalhes pretos com o seu bico preto.

Ymar praticamente tinha uns três metros de altura, eu me pergunto como seria voasse em cima dela; mas digamos que ela simplesmente odeia toque físico, principalmente de humanos - ela odeia até toque físico de animais das espécies dela, na verdade acho que ela odeia todo mundo.

Enchi minhas bochechas e fiz careta para ela, - Você deveria ser mais carinhosa comigo, eu dô todo o meu amor e carinho para você e assim que você me retribui? -

E como esperado, ela apenas virou de costas e se deitou na areia, como sempre.

Sem esperanças de ganhar carinho dela, eu me sentei perto dela e admirei o oceano. Tudo estava do jeitinho de sempre, o dia, os animais que passava, e até mesmo cada movimento seu e palavras.
Eu amo esse tipo de vida minha e não mudaria ela de jeito nenhum.

Mas... Algumas vezes isso me chateia, é como se eu vivesse assim para sempre, vivendo essa rotina que não para de se repetir.
E quando isso muda, é apenas uma vez por mês quando eu saio para buscar mais abastecimento em uma ilha vizinha; que por cima é beem longe daqui, então não dá para visitar sempre.

Quando eu saio da minha ilha, sempre uso minha capa que era do meu avô e uma máscara que fiz; pois assim eu posso passar despercebido das pessoas, foi isso que meu avô me pediu caso eu saísse da ilha.

Não pude sorrir tristemente ao me lembrar do meu avô, um homem bom que deu sua vida para cuidar de mim sozinho. E também o homem que me salvou depois que eu comi duas frutas do diabo - a fruta Hie Hie No Mi e a Mera Mera No Mi, na época, eu achei que era apenas uma fruta normal, ao comer a primeira achei o gosto horrível e então fui experimentar a outra que era mais horrível ainda.
Depois de alguns minutos, senti uma dor horrível e passei mau mais de uma semana, meu avô fez de tudo para que eu ficasse bem, mas nada funcionou.

Até que ele percorreu a fazer um ritual, eu não sei o que exatamente ele fez, mas depois daquele dia, me senti mais viva do que nunca.

E então, tenho dois poderes agora, o fogo na direita e gelo na esquerda.

Sai dos meus pensamentos ao ter escutado uma batida nas águas, olhando assustada, percebi que era dois barris de madeira que a correnteza trouxe.

- Oh!! Novos materiais! - Disse animada, me levantando e indo em direção ao barril.
Sorri passando minhas mãos no barril, sentindo a madeira lisa. - Olha só, barril de qualidade. -

Até que senti uma outra textura no barril e percebi que tinha uma marca nele. Estava escrito "bar de Makino" e mais o nome da vila. Esse barril viajou muito longe e de algum modo parou aqui, talvez possa ter pegado uma tempestade mudando a rota de ou só ter caído de um navio que passava por aqui perto.

Enquanto eu ficava perdida em meus pensamentos, nem percebi uma pessoa que saia de dentro do segundo barril atrás de mim enquanto bocejava e se espreguiçava.

- ô tia, cê sabe onde é que eu tô- -

Antes que o garoto terminasse de falar, aceitei um soco por instinto em seu rosto nocauteando ele e o fazendo desmaiar e cair para trás.

Ao perceber o que eu fiz, talvez até da outra ilha poderiam escutar o meu grito.

Sobre Profundas Ondas - Imagine One Piece Onde histórias criam vida. Descubra agora