P.O.V Angel Lightwood| Chicago • Illinois
9:00'AM — TerçaSenti fracos raios de sol baterem em meu rosto, me fazendo deixar o sono de lado. Abri lentamente meus olhos, ficando encarando o teto por um tempo. Logo depois olho ao meu redor, notando algumas caixas de papelão que o caminhão de mudanças trouxe ontem.
"Droga, não foi um pesadelo! Realmente nos mudamos..."
Respiro fundo e me levanto indo até meu banheiro, faço minhas higienes, troco de roupa e amarro meu cabelo. Saio de lá e arrumo minha cama, deixo para tirar minhas coisas das caixas depois e saio do quarto.
Ando rapidamente pelo pequeno corredor e desço as escadas, indo para o primeiro andar. Passo pela sala de estar e vou até a cozinha, onde vejo minha madrasta fazendo algo no fogão e meu pai sentado de um lado da mesa lendo um jornal. Me sento do outro lado da mesa.
— Bom dia querida! — Ouço a voz doce de minha madrasta, me fazendo olhar para ela.
— Bom dia, Mary. — Respondi forçando um pequeno sorriso, não estou muito animada com a mudança.
— Dormiu bem? — Mary perguntou enquanto colocava em meu prato panquecas com mel e suco natural em meu copo.
— Sim, estava muito cansada da viagem, assim que deitei apaguei. — Fui sincera.
— Sei que não queria se mudar, mas seu pai vai ganhar bem mais aqui, e vai poder nos dar uma vida melhor. — Ela se serviu e se sentou do lado de meu pai. — Você vai ter uma educação melhor, e conhecer pessoas novas! Espero que entenda a nossa decisão em nós mudarmos.
— Está tudo bem Mary, eu entendo. Obrigada por ser a única a se preocupar em como eu me sinto. — Decidi alfinetar meu pai, afinal ele não quis nem saber se eu gostaria de me mudar ou não.
Meu pai apenas me olhou totalmente sério e dobrou o jornal, o colocando sobre a mesa.
— Bom, eu já vou indo não posso me atrasar para meu primeiro dia no trabalho. — Meu pai se levantou e deu um beijo em minha madrasta, pegou sua maleta e saiu.
— Estúpido!
— Querida, não fale assim do seu pai. Ele não deixa transparecer, mas está muito preocupado em como a mudança te afetou.
Apenas olhei para Mary, que suspirou pesado e pegou as correspondências que estavam ao seu lado encima da mesa.
— São dos Pricy, a antiga família que morava aqui, eu tenho que ir fazer as compras da semana. Tem como você ligar para o correio e avisar sobre a família Pricy ter se mudado para outro estado? — Mary pediu atenciosamente.
— Claro, eu faço isso. — Era o mínimo que eu podia fazer, Mary era uma ótima "segunda mãe".
— Obrigada querida! — Ela sorriu.
Terminamos de tomar café da manhã e Mary foi trabalhar. Lavei a louça e peguei as correspondências encima da mesa, subi para meu quarto e comecei a fazer o que minha madrasta me pediu.
O correio pediu desculpas e logo após informá-los da mudança eu desliguei, comecei a olhar os envelopes que tinham ali. Até que um deles me chamou a atenção, tinha alguns desenhos feitos a mão no envelope, o virei e vi escrito ali: "De: Seu Jacob. Para Lucy Pricy, a garota mais incrível que já conheci."
Fiquei curiosa, não tive a oportunidade de sequer ver a antiga moradora desta casa, e pelo que meus pais me disseram os Pricy eram muito amados pela vizinhança.
Me vi curiosa para saber sobre o que a carta falava, afinal, depois de todas as correspondências de contas pagas e sobre cancelamentos de cartões ter uma carta que não era sobre contas era surpreendente.
Então decidida abri a carta, puxando uma folha dobrada de dentro. A desdobrei e comecei a ler:
"Olá querida Lucy, sinto muito te escrever só agora. Não te contei antes pois não era certeza, bom, eu aluguei um apartamento e saí de casa, sempre sonhei em ser independente e agora que consegui estou muito feliz. No outro lado da carta está meu novo endereço."
Virei a folha e realmente, havia um endereço ali. Virei a folha novamente e continuei lendo:
"É um novo tempo na minha vida, e junto gostaria que nossa amizade mudasse também, não quero que nossa amizade acabe. Mas sim que ela evolua para um relacionamento romântico, desde a primeira vez que a vi na escola, me apaixonei por você. E ao longo que te conheci me apaixonei mais ainda, você é linda tanto por dentro quanto por fora, você desperta o melhor de mim. Você faz meu coração bater forte, é o meu motivo de não desistir, é o motivo dos meus sorrisos. Nesta carta, declaro meu amor a você, e faço um pedido. Lucy Pricy, você aceita namorar comigo?"
Aí meu Deus! Que fofo! Sabia que eu não era a única que nos dias de hoje ainda se comunicavam por carta, mas ver um homem mandando cartas é de se surpreender. Essa Lucy parece ser uma garota de sorte.
Uh, a Lucy se mudou. O que eu faço com a carta? E agora? Já abri a carta e de qualquer forma não teria como entregar ela para essa Lucy. Pela data da carta, ele não sabe que ela se mudou ainda... Eu devo mandar uma carta respondendo?
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Até a última carta
RomanceAngel Lightwood acaba de se mudar para uma nova cidade, e quando chega lá acaba recendo uma carta endereçada a antiga moradora da casa onde mora agora. Angel acaba respondendo a carta dizendo que ela era a nova moradora da casa, e consequentemente e...