Como irmãos

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Amoras, perdoem a demora hoje, eu tava estudando e esqueci completamente. :(
Depois ponho uma imagem no capítulo.
As palavras em itálico são flashbacks, ok?

Boa leitura. 💛

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Como irmãos

Era uma segunda-feira de manhã, o sol estava saindo timidamente no horizonte, muitos pássaros cantarolavam e muitas pessoas daquele lado da cidade já saíam para trabalhar, inclusive sua mãe. O garoto acordou com o canto do galo, ele não tinha lá um sono tão leve, mas já era acostumado com o seu despertador natural, por isso seus pais nem se incomodavam em ir acordá-lo.

O garoto loiro se levantou sozinho, nunca fazia corpo mole, ele tinha um propósito ao se acordar todos os dias às cinco da matina: sair daquela vida de merda que levava. Ele tomou um banho rápido, lavando seus cabelos com o shampoo que tinha colocado um pouco de água dentro, pois já estava no fim e sabia que seus pais só poderiam comprar outro no mês seguinte, vestiu seu uniforme, calçou seu tênis e foi para frente do espelho, tentar pôr seu cabelo em ordem, mas era inútil, todos os dias tentava e todos os dias falhava de maneira lastimável.

Bufou, irritado, seus fios loiros eram muito rebeldes, nem que raspasse tudo e deixasse crescer novamente mudaria alguma coisa. Ele achou melhor deixar para lá ou se atrasaria para pegar o ônibus. Foi até a cozinha, sua mãe tinha preparado um pequeno café da manhã e uma lancheira com o seu lanche, era só para ele, seu pai trabalhava durante a noite e a madrugada, então quando chegava em casa pela manhã e ia direto pra cama, inclusive ele estava chegando.

- Bom dia, Minato. - O homem cumprimentou seu filho após bater o cadeado da porta de casa e deu um beijo no topo da cabeça do garoto.

- Bom dia, pai. Quer comer alguma coisa? Podemos dividir. - O loiro sugeriu, inclinando o seu pão com ovos mexidos para o mais velho.

- Não, eu estou muito cansado, mas obrigado.

O garoto deu de ombros e voltou a comer. Após estar satisfeito, o mesmo pôs o prato na pia e saiu de casa com sua mochila e lancheira. Tratou de enfiar a lancheira na bolsa antes de chegar no ponto de ônibus, já estava no ensino médio, era um pouco vergonhoso ser visto com algo tão infantil, ainda mais na escola em que estudava, na Konoha High School, uma escola particular onde todo mundo comprava lanche na cantina, apenas pessoas intolerantes a lactose, glúten e veganos que levavam sua própria comida, então para não se sentir tão envergonhado e excluído, ele dizia que era intolerante.

Na sala de aula ele não falava com muita gente, ele não era popular e apesar de ser um alfa, ele não estava interessado em impressionar ômegas, como a maioria dos alfas. Ele tinha entrado naquele colégio no primeiro ano do ensino médio - já estava no segundo -, tinha conseguido uma bolsa de setenta por cento, seus pais nem sabiam que ele tinha ido fazer a prova da escola para ganhar tal bolsa, ficaram cientes quando o garoto chegou em casa todo animado, mostrando sua carta de admissão. Ele estava tão feliz que os seus pais não puderam recusar a proposta, apesar do garoto não saber, seus pais penavam bastante para pagar os trinta por cento restantes.

Ainda assim era gratificante, mesmo com pais vindos do sítio, uma mãe faxineira e um pai que aceitava qualquer bico como segurança, o filho deles tinha prazer pelos estudos, então eles faziam o possível e o impossível por ele, coisa que o mesmo também não conseguia enxergar.

Rejeitado (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora