Má Sorte

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E aqui estou eu novamente, com mais dois capítulos fresquinhos para vocês haha aproveitem!

Boa leitura, Pimpolhos!!!

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Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa. Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera. Não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.

- Caio Fernando de Abreu

POV Lauren Jaureui

Senti uma brisa gelada adentrar pela janela do apartamento me fazendo sentir arrepios por todo meu corpo, quatro anos em Nova York e eu ainda não tinha me acostumado com o quão frias as manhãs aqui podem ser. Abri lentamente meus olhos só para me arrepender imediatamente, pois a claridade do dia apesar da chuva lá fora estava enorme e como mais uma vez eu com minha imensa estupidez não fechei corretamente as cortinas devido a posição da cama o tímido sol da alvorada estava todo em meu rosto, eu sabia que tinha que levantar da cama se quisesse chegar cedo ao estúdio, pois meu bairro atual era um pouco distante de tudo, quando o salário sair a primeira coisa é me mudar só não sabia ainda para onde mas resolveria isso. Abri novamente os olhos para checar o relógio e após um rápido cálculo de cabeça vi que teria possibilidade de mais cinco minutinhos na cama...,Mas só pensei né, pois assim que tornei a fechar os olhos respingos de água caíram no meu rosto.

Que porra é essa? — Resmunguei. Olhando para cima senti outra gota, mas dessa vez ela foi direto no meu olho — Aí caralho! Merda...Pode mais nem dormir em paz.

Me sentei na cama afastando-me da fonte dos pingos que atrapalharam meus cinco minutinhos da preguiça e ao olhar novamente para cima vi o problema, mas claro, todo azar para pobre é pouco né....Uma goteira de água no teto se formava, provavelmente teria chovido a noite inteira e como eu estava no último andar de certo que o prédio não suportou o volume da água e agora estava procurando um lugar para direcionar o fluxo, mas poxa tinha que ser justamente no meu teto, ainda mais em cima da minha caminha. E nossa ainda bem que a Camila não veio para cá ontem, olha a vergonha que eu ia passar meu pai. Ri sozinha do meu pensamento, até parece que a Camila fucking Cabello ia querer passar a noite aqui. Mais uma gota na minha cabeça me fez voltar para a realidade e como o sono a esta hora já tinha ido para o espaço, suspirei me levantando para ir até o banheiro e tentar fazer, como dizemos no Brasil, um "armengue". Pelo menos até eu voltar do estúdio e resolver de fato o problema. Pegando um balde que mantinha ali apenas para isso, voltei para o quarto e comecei a afastar o pesado colchão. Sem sucesso com os empurrões, resolvi mudar a estratégia, então reuni todas as minhas forças para levantar ele e poder cuidadosamente colocar de lado, como ele era do tipo king acabei não vendo a pequena poça de água que me fez escorregar, além de cair batendo o braço no batente da janela larguei o colchão de qualquer forma. Eu não sabia se chorava de dor ou por ter quase certeza que o som estridente de algo caindo no chão que se fez presente era a minha TV. Me mantive ali no chão por alguns segundos alisando o braço e rezando para ser um sonho e quando acordasse minha tv lindinha e carinha não estivesse espatifava no chão do quarto. O que claramente não adiantou pois realmente a TV estava no chão, com toda certeza quebrada. Mais essa agora....Pobre não tem um minuto de paz!

Só tinha de ser com VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora