Carolyna Borges
Cheguei em casa e ouvi o choro, foi a primeira coisa que percebi quando entrei.
Suspirei pesadamente, limpei uma lágrima teimosa enquanto corria escada acima.Como eu suspeitava, a porta do quarto dela estava trancada, corri para o quarto dele, ja que aquele lugar nunca seria meu, Lucca estava jogada na cama, dormindo profundamente, o cheiro de álcool era forte, mesmo que não fossem nem onze da manhã. Rezei para que a chave não estivesse em um dos seus bolsos, por Deus ela estava na cômoda.
Voltei rapidamente para o quarto da minha princesa e abri a porta, julia chorava sentada em sua cama. O rosto vermelho e inchado, manchado de tantas lágrimas, cabelo desgrenhado e seu corpo tremia.
-meu amor- fechei a porta e corri para abraça-lá- está tudo bem, mamãe só foi no mercado
-e-eu cordei e-e você não tava, demorou- ela fungava enquanto falava e acabou voltando a chorar- homem mau trancou lala aqui.
Suspirei de novo, acariciando o cabelo da minha filha, eu tinha desistido de fazê-la entender que Lucca era seu pai também. Se ele, com quase trinta ainda não tinha entendido que era pai, porque minha pequena de cinco anos teria que entender que era sua filha?
-mas a mamãe ja chegou- sorri para ela, que sorriu de volta para mim- que tal descermos até a cozinha e prepararmos um delicioso macarrão para o almoço?
-sim- ela pulou feliz- com muito queijo!
-claro!
Minha vida nem sempre foi assim.
Eu era uma adolescente, estava no último ano do ensino médio e sonhava em me tornar médica pediatra, eu estudava para isso.
Descobri ser ômega com treze anos , óbvio que meu pai não gostou nada disso, ele queria que a primogênita fosse uma Alfa Pura, o que seria impossível, já que sou filha de dois Betas. Mas ele simplesmente não entendia, por isso, quando bebia, me xingava, como se a culpa fosse minha.
Mesmo tendo uma amiga Alfa, Lary, meu pai me trancava em casa nos dias do meus cios, por quatro longos anos, passei sozinha, quase morrendo de dor.
A única vez que passei com Lary, foi quando meu pai estava viajando e minha mãe permitiu que minha amiga fosse em casa.
Perder a virgindade desse jeito não é nada legal, mas pelo menos não havia dor.Mas acho que meu pai descobriu, porque ele armou para mim. Na primeira noite do meu cio, ele convidou uma alfa chamado Lucca para jantar em casa. Lucca era filho de um homem influente na região de São Paulo, mas os planos do meu pai deram errado porque engravidei.
O pai de Rodolfo ficou furioso com o filho por ele ter engravidado uma "ômega qualquer" e o expulsou de casa, o mandando morar em Rio de janeiro e que se virasse com o resto. A mãe dele deu uma quantia de dinheiro e prometeu dar uma pequena mesada por mês, escondida do marido.
Meu pai quando descobriu que ficou sem nada, também ficou furioso e me culpou por tudo. Também fui expulsa de casa e, para escapar das leis de proteção aos ômegas, Lucca se casou comigo, mesmo que eu não quisesse. Mas meu pai me obrigou, porque eu ainda era menor de idade e ele não queria ficar falado na cidade.
E foi assim que vim parar em um bairro periférico de Rio de janeiro, com a única coisa boa na minha vida: minha filha Julia.
_______________________________________
Essa história é uma adaptaçãoA história original é sobre Larry e eu recomendo muittooo em meus amores
Votem e comentem changuinhos.
Até daqui a pouco ❤️
VOCÊ ESTÁ LENDO
Look After You (Capri/prica)
FanfictionCarol foi obrigada a se casar com Lucca, um alfa que só queria uma vida fácil e ter muito dinheiro para gastar, a única coisa boa desse casamento foi a vinda da julia, sua pequena filha. Por mais que carol implorasse para lucca se afastar do crime...