Capítulo 1 - Still The Oxygen I Breath

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Notas da autora:
Essa é minha primeira história publicada aqui e estou um pouco nervosa pra ser honesta, mas espero que gostem!
Queria agradecer a todos que me encorajaram e já garanto que terá uma continuação logo.
(Ps.: Os trechos em itálico representam lembranças.)

{...}

Não era pra ter chegado nesse ponto já que o plano parecia que ia dar certo mas tudo que acontece em Hawkins é sempre imprevisível, além do fato da impulsividade que acontece quando se trata de sentimentos. Os gritos que Dustin deu ao chamar o nome dele traziam arrepios por estarem carregados de desespero, não era pra ele ter cortado o lençol e muito menos para a garota se jogar no portal antes que ele pudesse tirar o colchão de lá.

—  O que você tá fazendo?!
—  Se acha mesmo que ia deixar você ir sozinho então não me conhece.

Ignorando o fato de que o amigo mais novo de ambos estava se esgoelando mandando eles voltarem, Luísa abriu a porta do trailer enquanto Eddie olhou para Dustin dizendo que iriam ganhar mais tempo, correram para a bicicleta jogada no quintal o rapaz pedalando enquanto ela na garupa acendia um coquetel para jogar no bando de demobats que seguia os dois.

—  Acertei alguns mas ainda tem muitos — gritou olhando pra ele por cima do ombro.
—  Se segura, não quero você caindo!
— Esse seria o menor dos nossos problemas Munson!
— Ainda assim, não vou deixar você se machucar — puxou ela pra se virar de frente e segurar na sua cintura.

Os dois acabaram caindo depois que a corrente da bicicleta quebrou, mas logo levantaram, Eddie agarrou a mão dela correndo para longe mas de repente parou.

— Por que parou?! Precisamos sair daqui rápido antes que-
— Você vai, Eu fico.
— Tá maluco?! Eu já te disse que não-
— Luísa você precisa sair daqui agora.
— Eu não vou pra lugar nenhum sem você Edward, sem discussão.

Pensou em gritar com ela mas não tinham tempo pra isso, começou a puxar seu braço para que ela soltasse mas não conseguia medir forças então ouviram as criaturas se aproximando o que fez Eddie puxar o corpo dela contra o dele enquanto protegia ambos com o escudo de pregos e tudo parecia que tinha congelado naquele momento, o destino de ambos tinha sido selado ali, ou lutavam para sobreviver ou morreriam tentando.

As memórias vieram ao longo daqueles minutos que pareciam durar anos, a primeira vez que se viram na escola quando estudaram no mesmo ano do fundamental e ele fez uma piada para que a atenção de todos saísse dela que havia derrubado suco em sua roupa.

—  Obrigada.
—  Eu percebi que você precisava de ajuda, to acostumado com pessoas rindo de mim.
—  Por que? Eles não deveriam rir de você e sim das suas piadas!
—  Você achou aquilo engraçado? — o menino colocou uma mão na nuca meio confuso.
—  É claro! Eu adoro piadinhas — ela deu um sorriso que fez ele corar — Qual seu nome?
—  Eddie, e o seu?
—  Luísa mas pode me chamar de Lulu se quiser.
—  Fofo, combina com você - agora foi a vez dela ficar vermelha.

Daquele dia em diante nunca mais se separaram, mesmo quando ela se formou e ele ficou pra trás, sempre estavam juntos no trailer ou quando ele tocava com a banda no Hideout mas nunca tomaram o grande passo de confessarem seus sentimentos um pelo outro. Ela pensava que nunca seria legal o bastante para que ele enxergasse um futuro romântico entre os dois e ele pensava que não era bom o suficiente pra dar tudo que ela merecia.

—  Tem certeza Eddie?
—  Tenho, eu quero que você fique com ela pra mim
—  Mas, é sua palheta da sorte — ele fica atrás da garota colocando o colar no seu pescoço.
—  É sim, mas se algo acontecer eu quero que fique com você.
—  Nada vai acontecer Eddie, nós vamos proteger você e limpar seu nome!
—  Mesmo assim, quero que isso te dê sorte e te proteja sempre — Ela sorriu sentando de frente com ele no barco onde o rapaz estava se escondendo, toda aquela confusão iria acabar e prometeu pra si mesma que iria finalmente contar pra ele o que tinha preso no peito.

O tempo passa devagar quando parece que vai acabar e nenhum dos dois podia ter previsto o que aconteceu ali, não era pra ser assim, será que era o fim?

—  LUÍSA! —  o grito que o rapaz deu foi alto e parecia vindo direto do canto mais escuro do coração onde o desespero mora mas o silêncio depois foi ensurdecedor.

The LoneliestOnde histórias criam vida. Descubra agora