A vida é com um estranho [Wangxian] (concluído)

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Lan Zhan endireitou os ombros. Ele poderia fazer isso.

Desde o ano anterior, quando ele e Wei Ying discutiram pessoalmente, Lan Zhan estava se preparando para o Festival de Verão de Caiyi. Seus preparativos envolviam viajar para Caiyi o máximo possível nas semanas que antecederam o evento, quer ele conseguisse que seu irmão o levasse ou acompanhasse os cozinheiros ou outros funcionários nas corridas de suprimentos. A ideia era acostumar seu corpo à atmosfera, às decorações espalhafatosas e luzes coloridas que eram penduradas sem parar, ao fluxo crescente de comerciantes e turistas, à variedade de cheiros e barulhos de comida crepitante e pessoas gritando e zurrando. animais. Se ele soubesse o que esperar, ele não ficaria sobrecarregado quando ele e Wei Ying se aventurassem na celebração no auge. Afinal, Wei Ying merecia se divertir,

Mas não importa quantas vezes Lan Zhan tenha se forçado a entrar em Caiyi antes do festival, nada poderia prepará-lo para o dia real, quando tudo era muito maior, mais alto e mais brilhante.

"Nós não temos que ir," Wei Ying disse alguns dias antes. Ele prendeu os dedos torcidos de Lan Zhan nos seus, esfregando os polegares calmantes sobre as palmas de Lan Zhan. "Sério. podemos simplesmente ir ao prado novamente e ver os fogos de artifício à distância." Apesar de seu sorriso reconfortante, Lan Zhan sabia que Wei Ying ficaria desapontado, especialmente porque eles receberam permissão para ir sem um acompanhante. Ambos tinham dez anos de idade e, como cultivadores razoavelmente treinados – os dois melhores em sua faixa etária – eles eram confiáveis ​​para cuidar de si mesmos.

Então Lan Zhan balançou a cabeça, insistiu em seu plano, e agora se viu focando em sua respiração enquanto ele e Wei Ying ziguezagueavam entre a multidão de pessoas. Pelo menos Wei Ying ficou com ele em vez de sair correndo. Também ajudou ver as luzes refletindo nos olhos de Wei Ying e o puxão animado de seu sorriso enquanto ele sorria a cada nova visão.

Na verdade, se Lan Zhan se concentrasse em Wei Ying, ele poderia esquecer a ansiedade subindo pela espinha. Por uma noite, ele copiava o entusiasmo de Wei Ying e fingia que estava bem, que era normal. Qualquer coisa para manter Wei Ying sorrindo.

"Ah, devemos comprar alguns desses", disse Wei Ying enquanto eles paravam em uma barraca que vendia bolinhos de arroz doce. Ele pescou em suas mangas por sua nova bolsa de dinheiro - cujas origens eram misteriosas, pois a bolsa (já contendo várias moedas) havia sido deixada do lado de fora da porta do quarto uma manhã ao lado de um bilhete com o nome de Wei Ying. A escrita poderia ter sido de qualquer pessoa, mas Lan Zhan suspeitava que seu tio estava por trás da oferta. Isso foi confirmado quando Lan Zhan mencionou isso para seu irmão, que apenas sorriu antes de piscar. Wei Ying também não estava alheio e, ao perceber a identidade de seu benfeitor, ele ficou de olho na bolsa, querendo provar que era digno do presente e poderia ser responsável.

Na frente de Lan Zhan, Wei Ying cuidadosamente contou a quantia correta de dinheiro para entregar ao vendedor. No momento seguinte, ele guardou a bolsa e entregou a Lan Zhan um espeto de três pequenos bolinhos de arroz pingando com calda doce. Lan Zhan comeu cuidadosamente pequenas mordidas - era muito doce - e segurou o deleite longe dele para que ele não sujasse suas vestes. Wei Ying não teve tanta sorte, e logo ele estava pegajoso, mas rindo enquanto lambia o xarope de seus dedos. Então seus olhos se iluminaram.

"Lan Zhan, devemos pegar um desses !" Ele apontou para uma barraca do outro lado da rua vendendo brinquedos de corda de madeira, incluindo um que voava usando energia de cultivo. Lan Zhan assentiu, incapaz de negar qualquer coisa a Wei Ying, então, depois de jogar fora seus espetos, ele seguiu Wei Ying enquanto eles empurravam uma multidão boquiaberta para um acrobata de rua. A mulher que pulava no ar tocava música, uma batida de tambor retumbante de seu acompanhante que explodiu no cérebro de Lan Zhan, praticamente chocalhando seus dentes. Ele sabia, logicamente, que o som não podia ser tão alto, mas com o tilintar dos sinos das saias do acrobata e da platéia, tudo combinado em um único e ensurdecedor estrondo.