Ana é uma garota cansada que precisa pegar o último trem da estação, e Christian aparentemente é a pessoa mais confiável para se estar ao lado quando ela precisa dormir. Os dois sequer conversavam, até que um dia as mochilas foram trocadas e eles pr...
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Ana me abraçou de volta, levando os braços para meu pescoço e deixando os lábios tocarem os meus de forma superficial, somente os deixando ali.
Eu queria beijar ela até cansar. Queria tocar nela e sabia que nunca iria querer parar.
Mas também queria apenas ficar naquele abraço para sempre.
Ainda era estranho todo aquele sentimento dentro de mim, mas também era um baita alívio descarregar sobre ele. Era confusos, estressante e sufocante. Eu tinha tudo aquilo me sufocando, todos os sentimentos juntos e também tinha a preocupação exagerada de acabar a magoando.
O medo de machuca-la ainda estava ali a espreita, e não melhorou só porque ela deixou claro que a culpa nao seria minha, não era daquele jeito que funcionava. Porque não tinha nada a ver com culpa, tinha a ver com eu não conseguir separar as coisas, não conseguir entender que podia sentir tudo aquilo ao mesmo tempo.
E Ana era intensa, era expontânea e ela se entregava ao que sentia sem medir as consequências. Era como se eu tivesse manter a linha de equilíbrio naquele mãe perigoso. Nada era devagar com ela, nada era simples. E ao mesmo tempo que aquilo era incrível de viver, também era assustador. Eu não queria ser o cara acabar com aquilo, mas eu também queria ser o cara a poder ter aquilo.
Ela acabou voltando a se deitar na cama, me puxando junto, provavelmente sentindo o cansaço finalmente. Seu rosto ainda estava inchado e vermelho, e seu cabelo havia secado de forma bagunçada, o que a deixava ainda mais linda.
Eu queria muito saber o que a deixou daquele jeito, mas também tinha aquela parte em minha mente que me jogava na cara que eu também poderia ter a deixado daquela forma na semana passada.
Suspirei contra seu cabelo, ela tinha deixado a cabeça em peito e o braço sobre minha barriga, ainda não estava dormindo, mas sua respiração já começava a ficar baixinha e muito regular.
Acariciando seu cabelo, e levando a outra mão para seu braço e acabei vendo seu pulso, ficando em alerta no mesmo instante ao ver a marca arroxeada ao redor dele.
Ela não estava daquele quando conversaram antes dela trocar de roupa!
Mas antes que eu pudesse fazer algo, ela me pressionou no colchão, deixando o corpo ainda mais sobre o meu.
_ Hoje não, por favor - sussurrou num pedido. - Eu estou bem.
_ Mas, Ana...
_ Por favor! - ela pediu mais urgente. - Eu só quero... esquecer.
Engolindo a preocupação e também irritação por qualquer pessoa que tenha feito aquilo, eu voltei a acariciar seu cabelo, beijando sua cabeça.
Ela não demorou a dormir, caindo num sono profundo provavelmente muito cansado e conturbado. Já sendo acostumado com aquilo, eu consegui sair do seu abraço sem acorda-la, e saí da cama devagar. Desfiz os laços da manga de seu vestido para deixá-la dormir melhor, reprimindo a vontade troca-la quando ela já havia dito que não queria.
