Capítulo 3

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Acordo suando e tremendo, tive outro pesadelo, um daqueles que você não consegue se mexer nem falar, só consegue escutar, no meu caso eu escutava bem pouco.

Eu estava na cama do hospital, presa, dificilmente abria o olho, a única coisa que eu escutava era o bip da máquina que média meus batimentos cardíacos, que ficava casa vez menor, até ouvir um barulho ensurdecedor, que significa que meu coração parou, que eu morri.

Eu sonho com isso quase toda semana, meu pai fala para tratar isso com a terapeuta, só que eu não tenho capacidade de falar com um estranho sentado em uma poltrona com um caderninho querendo descobrir toda a minha vida.

Por isso jogo quase tudo nas costas dos meus amigos, principalmente o Rafael. Eu brinco e chamo ele de meu terapeuta pessoal.

Vou para o banheiro medir a minha pressão, que estava normal, e jogar uma água no rosto.

Faço o que preciso, troco de roupa e vou até a cozinha dar bom dia para o meu pai, ele está sentado na mesa de jantar lendo Agatha Christie, ele ama um bom livro de mistério.

- oi pai - vou até ele dou um beijinho e preparo um sucrilhos com yogurte.

- oi boneca, vai patinar hoje?

- vou, só que mais tarde, vou descansar um pouco, ontem fiz muita coisa.

Sento do lado dele e começo a comer enquanto mexo no celular, acordei mais tarde do que o normal, agora são 10h40 eu no máximo acordo até as 9h30.

Acabo de comer, subo para o meu quarto e vejo a Live que eu perdi ontem do Cellbit. Vejo apenas metade dela, porque já está na hora de ir patinar.

Chego no prédio do clube e entro, já avisto Edna sentada na cadeira dela, dou um rápido abraço e já subo, são quase 13h30

- Olha ela ai - escuto Leo falando - achei que ia bolar comigo hoje.

- mas cá estou, iai o que vamos fazer hoje? - digo sentando no banco para por o patins, por conta do horário a pista ta vazia, só tem nós dois.

- não sei ainda, to pensando em apelar, que tal um pulo de meia volta? - ele diz com um tom sarcástico.

- haha engraçado você

Coloco o patins e já vou para a pista, não perco o equilíbrio nenhuma vez enquanto ando. Léo me segue com os braços cruzados e olhando em volta, provavelmente pensando no que vamos fazer.

- você sabe como se freia né? - ele pergunta

- saber eu sei, só não sei se consigo.

- beleza, vamos para a parede - patinamos até a parede e ele me ajuda a freiar normalmente. - boa boa.

Ficamos treinando as coisas de ontem também, ele quis que eu tentasse o avião, fácil pensei.

- continue na parede, assim a queda não vai ser tão feia - olho seria para ele - SE você cair, não falei nada.

Reviro os olhos e pego impulso, deslize, jogue o corpo para frente e coloca um pé para trás. Eu sou tão sortuda! Que perdi o equilíbrio na hora.

Tento me segurar no que esta mais perto de mim, e essa coisa era o Léo, seguro nos braços dele, ele me segura e me ajuda a voltar ao normal.

- opa... Te peguei, ta tudo bem? - ele pergunta.

- tô, só foi um desequilíbrio, nada de máis.

- Lembre-se do que eu te disse, se você praticar vai voltar a ser a melhor, não exige de si mesma agora.

Concordo e voltamos ao treino.

- olha você foi muito bem hoje, e como recompensa eu pago um sorvete, você quer?

- só se for açaí - falo colocando o patins na bolsa.

- claro, vamos?

Eu sei que parece estranho, mas eu sempre quero um açaí, e o Léo é legal, uma boa companhia. Vamos andando até a sorveteria que tem ao lado do clube.

- tá... É... Gênero de filme favorito - pergunto.

- terror e músicais - ele responde

- nossa que... Géneros diferentes - dou risada enquanto como o meu açaí.

- Ta agora é você, lugar que você sonha em visitar - ele pergunta me encarando.

- Londres e Los Angeles, fácil - respondo acabando com o açaí, junto as minhas mãos e olho seriamente para ele.

- O que foi? - ele pergunta me imitando.

- essa pergunta vai definir a nossa relação... Qual é a sua casa de Hogwarts?

Ele suspira.

- Eita, eu sou da sonserina - reviro o olho - mas também sou metade Corvinal - dou um sorriso malicioso - acho que você gosta da Corvinal...

- é... Eu sou Grifinória - agora é a vez dele virar os olhos. - mas eu também sou metade corvina, só que sou mais grifina.

- hm... Bom saber

A gente conversa mais um pouco até que da a hora que eu preciso ir embora.

- obrigada pelo açaí Léo, até amanhã?

- até amanhã.

Vou para casa, meus amigos estão falando da gente se encontrar de novo, mas estou com muita preguiça de sair

Na verdade daria, mas já esgotei a bateria social, eu amo meus amigos, mas eles são muito escandalosos, e eu só queria ficar deitada vendo uns filmes de comédia romântica a madrugada toda

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Na verdade daria, mas já esgotei a bateria social, eu amo meus amigos, mas eles são muito escandalosos, e eu só queria ficar deitada vendo uns filmes de comédia romântica a madrugada toda.

Tomo um banho e fico um pouco na sala, meu pai saiu com uns amigos dele e to sozinha em casa.

Escuto a campainha tocar e vou atender, olho pelo olho mágico e vejo o rafa lá. Com uma barra de chocolate e um miojo na mão, sorrio e abro a porta.

- ei gatinha! Trouxe umas coisas para a gente passar a noite!

- achei que tinha dito que não dava.

- eu te conheço veveta, você só ia passar a madrugada vendo comédias românticas enquanto se entope de açaí.

Que raiva. Ele me conhece mesmo.

- beleza... Entra ai, vamos arrumar as coisas no meu quarto.

Subimos e colocamos muitos travesseiros, cobertas e doces, ligo o LED em um tom de rosa claro, pego a minha pelúcia do Stitch, e ligo a TV na netflix.

- que tal... As patricinhas de bervely hills? - falo

- nhe...

- as branquelas?!

- já vimos muito

- aff... Meninas malvadas?

Ele concorda e começando a assistir o filme que já assitimos umas 10 vezes e sabemos as falas. Ficamos abraçados dando risada.

Eu amo esse menino.
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Um cap bem fofo com umas migalhas para vocês ❤

A mídia foi feita por mim!
Vou tentar fazer um desenho para cada capítulo, aproveito e treino desenho de corpo inteiro!

Lena ❤

Paixão sobre rodasOnde histórias criam vida. Descubra agora