WolfGang

Capítulo 3

~Christopher Bang

—Noivo? —Perguntei indignado. Ela acabou de conhecer a pessoa por quem foi destinada e ainda pensa em outro cara?

Aquilo parecia mais um daqueles pesadelos que temos e que lutamos dentro dele para acordar, porque era estranhamente conturbador encontrar a pessoa a quem fomos destinados e ela olhar em nossos olhos e falar que pertence a outra pessoa. Um tormento interno, um desiquilíbrio da natureza que afetava nossa mente, corpo e espírito.

— Sim, noivo. Ou acha que estava sentada esperando um ser destinado a mim, que eu nem sabia se estava vivo ou se por acaso ainda nasceria? Me poupe! Vai falar que não ficou com ninguém até agora!?

Aquilo era um teste, eu tinha certeza de que era. Aquilo não podia estar acontecendo. Automaticamente senti meus olhos ficarem mais escuros e frios, só de pensar que outra pessoa a tocou. Grunhi um pouco alto e deu para notar que já estou quase perdendo o controle. Eu nem sei seu nome e ela ainda tinha a audácia de achar que toquei em outra, como se eu fosse qualquer um.

— Não, minha família não é uma qualquer que deixa um filho desnaturado estragar a linhagem só para ficar uma noite com uma, duas ou mais mulheres, ou homens, nada contra... — Falei em tom de sarcasmo.

— Família? — Seu semblante ficou indecifrável como se estivesse blasfemando contra o próprio deus da Lua. — Só vamos para o aeroporto, por favor. E por um acaso, coisa que você não perguntou, o meu nome é Larissa Mortmain. — Sua voz soou um pouco irritada e vi seus olhos revirarem.

Ela nem esperou eu responder e logo se transformou indo em direção ao aeroporto. Como instinto eu a segui. Minha mente girava em torno de incontáveis questionamentos sobre a sua personalidade bruta, seu "noivo" e principalmente sobre a possibilidade dela estar indo embora assim do nada após conhecer o ser a quem foi prometida e destinada.

Seus passos diminuíram no começo da floresta e a vi farejar em busca de algo, provavelmente o lugar onde estava a roupa dela, que por sorte não estava tão longe da minha. Destino? Talvez. O caminho foi silencioso e tedioso, em minha cabeça só se passava uma coisa, eu quebrar o pescoço do ser que encostou ou iria encostar nela.

~~~~QUEBRA DE TEMPO~~~

No aeroporto.

~Larissa Mortmain

— Irmã!? — Falei assim que vi Lalisa andando de um lado para o outro.

— Onde você estava? Tem noção do quanto eu fiquei preocupada? Você deixou tudo e saiu correndo do nada. Ainda disse que estava suando parecia estar bem assustada, eu fiquei parecendo uma louca te procurando no aeroporto.

— Então... — dei aquela pause de lei para pensar se eu deveria realmente falar isso com ela, mas, Lisa era minha irmã, o que poderia acontecer? Respirei fundo... — Eu encontrei meu parceiro. — Falei mais baixo do que achei que poderia falar.

— O que? Como assim? Você já não tinha o seu parceiro? — Ela perguntou revirando os olhos e voltando sua atenção para o celular.

— Não, não tinha. Porque eu sou o parceiro dela e só estou aqui agora. — o lobo misterioso da floresta me seguiu como esperado e eu não podia ter mais sorte na vida, não é? — Prazer Bang Chan, o parceiro da sua irmã. — Bang Chan? Revirei os olhos por puro instinto da minha irritação.

— Temos que conversar, vamos ao banheiro. — Lisa falou após olhar Bang Chan de cima a baixo, parecendo estar satisfeita com a situação.

Após eu contar tudo o que aconteceu para Lisa, ela ficou pensativa e sem saber o que falar. Na verdade nem eu sabia bem o que falar. Aquilo soava tão esquisito, tão surreal. Era uma coisa fora do comum, afinal, não é todo dia que saímos para caçar e conhecemos nosso parceiro e melhor, conhecemos nosso parceiro após estar noiva de outra pessoa. Talvez aquilo tudo não passasse de uma brincadeirinha de mau gosto do destino. è, podia ser. O destino me odiava na maioria das vezes, ou ele me amava demais para prestar tanta atenção em mim. Esse tipo de coisa tinha que acontecer justo comigo.

— Você bem que poderia falar algo... — quase implorei para minha irmã tirar aquele semblante esquisito do rosto.

 E salva pelo Destino, do nada ouvi uma música tocar, e só então percebi que o meu celular estava tocando na bolsa dela e ela o entregou para mim e instantaneamente meu coração parou ou acelerou, não sei, mas quando vi o nome que piscava na tela a medida que o objeto vibrava eu fiquei sem ação.

Woojin Amor.

Feliz aniversário Larizinha... Entreguei tarde e um capítulo cheio de estresse com final cheio de ódio, mas entreguei. Beijos, te amo!