Possessivo

Possessivo - Como é ter o amor de um mafioso

Já havia algum tempo em que Kim começou a morar com Kamol, ele já estava acostumado com a rotina da casa e com sua relação com ele. Mas o tédio já estava o consumindo, sua vida agora era trabalhar da mansão, conversar com Baiboom e os outros empregados, alimentar os tigres e esperar por Kamol todas as noites. 

Ele já não saia a muito tempo, ficava desconfortável em ter dois seguranças enormes chamando atenção atrás dele, por isso evitava sair. Mas hoje olhar aquelas paredes brancas estava o deixando irritado, então escolheu entre os seguranças algum para o levar ao shopping, todos o respeitavam muito desde que foi apresentado como chefe da casa, ou "esposa" como Kamol fazia questão de o chamar, mas procurou especificamente pelos que ele se sentia mais próximo, Kit e Lop.

Durante a manhã Kim passeou no shopping com os seguranças, olhou algumas coisas mas comprou o minimo possível já que não usava seu dinheiro, Kamol fazia questão de ficar com seus cartões e o deixar usando o seu, porque segundo ele sua "esposa" tinha direito a sua fortuna e deveria gasta-la como achasse melhor, mesmo que isso significasse o deixar sem nada ele ainda não se importaria. 

Mesmo se sentindo incomodado com os seguranças e os cartões do outro, Kim ainda tentou aproveitar seu dia fora, já que era uma das poucas oportunidades de sair. Ao entrar em uma loja para comprar algo para Baiboom viu um homem estranho que também andava com seguranças, e mesmo sabendo que não era da sua conta não pode deixar de ficar curioso. Se espantou ao ver o homem misterioso se aproximando e o chamando pelo nome.

-Olá Kim, sou Danai, um dos parceiros de negócios do Kamol.- estendeu a mão para o segurança que o entregou um convite, o colocando assim na mão do seu segurança. -Espero que possa ir a nossa festa hoje. - e saiu tão simplesmente como chegou, deixando para trás um Kim confuso e animado.

Kamol foi atrás de Kim na mansão assim que soube pelos seguranças, subiu as escadas correndo e encontrou o amado no quarto se arrumando.

- Onde pensa que vai Kim?

- Boa tarde pra você também Kamol. Recebi o convite de um parceiro seu e vou a festa com você.

- Já disse que não quero que se envolva com meus negócios, você não vai. É perigoso.

- Devia ter pensado nisso antes de me trazer para morar aqui. E quanto a festa eu vou com ou sem você.

Irritado,ele pega o convite de cima da mesa e o rasga. Ignorando completamente as reclamações de Kim ele apenas se vira e vai tomar banho. Saindo arrumado com seus seguranças, Kamol deixa com Kom um aviso aos guardas para não o deixarem sair.

Como todas as outras vezes Kim apenas se arrumou e desceu as escadas.

-Não podemos deixa-lo sair senhor Kim. -disse os guardas entrando na frente.

- Não preciso que deixem, eu estou indo.-ele sai pela porta da sala gritando.- Kom, Lop, vocês vem ou não? - e apenas se vira e saí andando, eles sabem como o chefe é ciumento, então os seguranças simplesmente não se atrevem a toca-lo para impedir nada.

Na portaria do evento mesmo sem convite Kim entra, pois apesar de não ser conhecido todos conheciam Kom, pois também eram seguranças de pessoas influentes ligadas ao ramo de Kamol. 

Entrando pela porta com os seguranças ele sente o olhar irritado de seu mafioso, ele sabia sobre o trabalho de Kamol e como era o único a conseguir extrair algum sentimento daquele ser frio. Apontando com a cabeça para os seguranças o levarem ao canto vazio ele começa a caminhar na direção de Kim.

-O que estão fazendo aqui? Eu disse para não deixa-lo vir.

-Sabe que não conseguimos o controlar senhor. Então viemos com ele. -responde Kom, fazendo Kamol massagear as têmporas.

- As vezes nem eu consigo.- diz ele baixo fazendo os seguranças sorrirem discretamente vendo seu chefe sendo vencido pela "esposa".

- Não posso te apresentar a essas pessoas Kim, isso colocaria você em perigo no futuro. Fique perto de Lop que é menos conhecido, depois de falar com alguns sócios eu te levo pra casa.-disse ele mais uma vez se rendendo as vontades do seu amado.

Kim bebeu um pouco mesmo com os avisos de Lop, não sairia se fosse pra ficar deprimido em um canto da festa. Sentiu os olhos de seu "marido" o seguindo por todos os lados, e resolveu não se importar, já que ele não queria o apresentar então não devia se incomodar tanto.

Para a infelicidade do outro, sua "esposa" nunca passava despercebido por lugar algum, como se sua simpática não fosse o suficiente, ele ainda era dotado de uma ótima aparência. Seu rosto doce, lábios rosados, pele alva e cintura fina, faziam com que todos os homens o "olhassem com fome". Enquanto fazia negócios o homem percebeu os olhares de desejo em volta de Kim e como se aproximavam dele, se aproveitando de sua simpatia para puxarem algum assunto, então pediu licença e chamou seus subordinados novamente para levarem o outro ao canto.

Kim sabia que estava encrencado, sabia como o mafioso era ciumento e já ouvirou alguém dizendo como era perigoso, mas também sabia que era frio com os negócios e se importava com sua imagem, então provavelmente não faria nada ali. 

-Você não devia ter vindo. Esta me distraindo.- disse o mais velho irritado.

-Mas eu não estou fazendo nada.

-Não seja sínico, estou vendo você bebendo e sorrindo por ai.

-Foi você quem não quis me apresentar.

-Pra sua segurança.

-Você foi ao meu trabalho várias vezes declarando posse e gritando que era sua esposa. Eu pelo menos estou quieto. -disse o outro já vermelho pela irritação.

-Não vou brigar com você aqui, conversamos em casa. Levem-no em segurança. -apontou para seus guardas.

-Você é um idiota. Não preciso da sua permissão. -disse Kim com os olhos cheio de lágrimas enquanto saia correndo. -Acompanhem-no, e não deixem que fuja de casa.

Kim percebeu os seguranças o seguindo e quando olhou para trás esbarrou em um garçom, ao se desequilibrar caiu direto na piscina e agradeceu mentalmente por não ter se machucado. Enquanto nadava até a escada para sair percebeu os olhares de todos sentindo se envergonhado, e quando viu Kamol na borda amaldiçoou sua sorte. 

Abaixou a cabeça e começou a subir a escada, mas quando pós o pé no primeiro degrau sentiu os olhos do homem queimarem e quase jurou ver uma nuvem negra sobre sua cabeça.

Olhando sua "esposa" percebeu sua blusa clara social ficando transparente e colada ao corpo, sua calça branca provavelmente não estava diferente e só essa visão conseguiu fazer aquele ser frio se encher de ódio, sacou a arma escondida pelo terno e deu dois tiros pra cima, quando todos se viraram assustados ele gritou.

-O primeiro que por os olhos na minha "esposa" não verá o amanhecer. Então sugiro que fechem os olhos até segunda ordem.

Todos naquele evento eram sócios ou pessoas ligadas a mafia, então conheciam bem a fama de Kamol e todas as atrocidades que era capaz, mas nunca viram aquele bloco de gelo expressar nenhuma reação, sendo assim apenas fecharam os olhos e abaixaram a cabeça temendo por suas vidas.

Kim ficou paralisado com aquela cena, mas aceitou a mão que lhe era estendida, saindo da piscina. Antes que pudesse abrir a boca sentiu kamol o envolver com seu blazer e o erguer do chão, sendo levado até a saída enquanto passava por todos de cabeça baixa.

-Resolva tudo aqui, levarei minha esposa pra casa.- disse ele tocando em Kom para abrir os olhos.

No caminho de volta pra casa, apesar do frio ele estava sorridente.

-No final foi você quem deu o maior show para me anunciar.

-Não me provoque sr.Kunanon, ou irei te amarrar e te punir.

-Sabe que isso não é punição, você já me amarra todas as noite.-disse sorrindo ainda mais e passando a mão pela coxa de Kamol.

-Então acharei outra maneira de te punir.- falou irritado.

Kim riu com a resposta do outro, sabia que ele usaria sexo para o punir, apesar que ele sempre gostava, mas jamais admitiria em voz alta. De repente sentiu um arrepio por todo o corpo, mal sabia que Kamol conseguiria realmente o que queria.