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Olho meu celular novamente, procurando a localização de Rafe. Ele se foi por horas sem chamadas, mensagens, nada. Ele é meu melhor amigo que nunca me deixou assim, por que agora?
Dou mais alguns passos em direção ao cais, finalmente distinguindo sua figura familiar, as pernas penduradas para o lado enquanto ele olha para baixo. "Rafe? Oh, graças a Deus", eu suspiro de alívio, correndo até ele e perguntando, "o que está acontecendo, por que você não respondeu as minhas mensagens?"
Faço uma pausa, notando suas costas e peito se movendo de forma trêmula, suas mãos segurando seu cabelo. "Ei ei ei." Eu digo gentilmente, ajoelhando-me ao lado dele e tomando seu rosto em minhas mãos. Lágrimas escorrem por seu rosto avermelhado, seus olhos azuis turvos. "Calma, tudo bem, eu estou aqui." Eu digo, tirando suas mãos de seu cabelo, esfregando suas costas na tentativa de acalmá-lo.
"O que aconteceu?" Eu sussurro, enxugando suas lágrimas com minhas mangas. Ele finalmente faz contato visual comigo, balançando a cabeça e liberando seu rosto das minhas mãos. Sua respiração fica mais instável e mais lágrimas fluem de seus olhos.
Ele começa a murmurar: "Eu não posso, eu não posso, eu não quero..."
"Você não quer o quê? Rafe fala comigo", eu digo, tentando manter a calma. Ele agarra seu cabelo novamente, dizendo mais alto para mim: "Eu devo tanto dinheiro que eu não tenho. A-e meu pai me expulsou, acabou para mim, acabou. Estou tão doente e cansado dessa MERDA !"
Ele continua a divagar, sua voz ficando mais alta enquanto ele se levanta, quase me assustando. "Ele me trata como MERDA! Eu não posso- eu não posso mais fazer isso eu!"
Eu me levanto, rapidamente indo em direção a ele para tentar parar sua divagação. "Pare, pare, pare, acalme-se-"
"Não, eu não posso me acalmar!" Ele soluça.
Faço a única coisa em que penso, segurando seu rosto e pressionando meus lábios nos dele. Sua voz é cortada e ele imediatamente relaxa as mãos. Eu posso sentir seu rosto relaxar contra o meu quando ele começa a me beijar de volta, seus braços envolvendo minha cintura, os meus em volta de seu pescoço.
Eu acho que nos filmes, este seria o momento certo para se afastar e confessar seus sentimentos, mas Rafe raramente se abre, e eu nunca o vi mais estressado. Então eu não me afasto, nossos lábios se movendo em uníssono, o leve gosto de lágrimas salgadas em sua língua.
Eu sinto seu batimento cardíaco lento de sua taxa elevada anterior. Eu gentilmente esfrego suas têmporas com o polegar, já que sei que ele fica com dor de cabeça quando está estressado. Finalmente, depois do que parecem horas, ele se afasta lentamente.
Eu beijo sua bochecha suavemente, puxando-o para um abraço, sentindo seus braços fortes envolverem meus ombros. Eu sinto seus lábios roçarem meu ombro, então o topo da minha cabeça, uma respiração profunda escapando de seus lábios. Eu consigo ouvir as batidas do seu coração se acalmarem.
Créditos: rafecameronwriter
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