Vinte e quatro anos

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Catarina assistia Clara brigar com o sobrinho e afilhado do jornalista Serafim todos os dias no jornal que escreviam.

— ... Não sou mandrio como você! O ser mais preguiçoso que tive a infelicidade de conhecer!

O garoto não era mal, era um ótimo escritor, confiável, dedicado, nem parecia ter o mesmo sangue que Serafim. Clara na verdade tinha ciúmes e raiva pelo fato dele ser homem e conseguir mais trabalho que ela por ser mulher.

— Lhe trouxe essa flor, feliz aniversário.

Ela amassou as pétalas das rosas entre seus dedos dizendo:

— Odeio flores!

Catarina podia imaginar qual o final daquela história.

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