1 • O promotor

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Eu sou a pior pessoa do mundo. Eu definitivamente não deveria ter concordado com a ideia de Ha-yun. Se eu tivesse dito um curto e simplório não, talvez ela estivesse bem...viva.

Conheço os perigos daquele lugar, mesmo assim concordei em ir. Esse foi meu erro, nunca deveria ter sido irresponsável a esse ponto.

Me meti em muitos problemas e neste momento estou sentado em uma cadeira na sala de interrogatórios. Vários policiais tentaram falar comigo, mas eu não disse nada, não consigui soltar nenhuma palavra. Seria momento de dizer a verdade, de me defender...no entanto, estou preso na imagem de Hayun em meus braços, ouvindo seu último suspiro antes de partir, não consigo raciocinar direito.

O pai dela quis me matar, ele me atacou assim que entrou na sala onde estou, mas graças ao promotor ele não conseguiu. O rapaz pulou em minha frente, dando tempo aos policiais de segurarem o homem.

Me mantive sentado no chão, encolhido, abraçando minhas próprias pernas e com medo.

- Jeon Jungkook, certo? - pediu-me o promotor com a voz calma. - Você pode levantar, ninguém vai te machucar - não abri a boca e nem o olhei. - Ou pode ficar aí mesmo, sem problemas.

Mantive o silêncio, mas algumas palavras lutavam para sair, a tranquilidade em sua voz faz com que eu me sinta seguro, em nenhum momento ele me julgou, me olhou fastio ou qualquer coisa nesse sentido.

- Sim - digo baixo.

- Sim?

- Meu nome é Jungkook - continuei sentado onde estava.

- Ok. Então...por que? Por que fazer o que fez? - perguntou-me ficando agachado para que pudesse me ver melhor.

- Eu não...não fiz nada promotor, eu juro. - falo abafado com meu rosto ainda escondido entre as pernas.

- Me chame de Jimin, Park Jimin - ele sentou-se no chão próximo a mim. - Até onde eu sei, você assassinou sua namorada.

- Eu não fiz nada, acredite em mim, por favor - eu o olhei.

Uau...ele é lindo.

- Eu sou promotor de justiça, estou do lado da lei, e a lei diz que você é culpado até que me prove o contrário.

- Eu amava Hayun, nunca faria algo assim com ela. Não deveríamos ter ido até Gangguji, eu sabia que algo ruim poderia acontecer.

- Conte-me o que aconteceu - ele colocou a mão no bolso e tirou de lá um gravador. - Tenho que gravar isso, ok?

Assenti e Park largou o que tinha em mãos - o lápis e a prancheta - deixando no chão entre nós, o gravador.

- Eu e Hayun estávamos juntos vendo o pôr do sol, ela me convidou para ir junto na floresta, a princípio eu não queria ir, mas depois de tanto ela insistir, acabei indo. Estávamos nós dois e mais quatro pessoas.

- Depois preciso do nome de cada uma delas.

- Quando a névoa surgiu, foi cada um pra um lado, eu fiquei segurando a mão da Hayun. De repente houve um barulho muito alto, foram dois tiros. Tentei segurá-la antes que ela caísse no chão, fiquei tão desesperado que nem me importei de ter sido atingido também - levei minha mão abaixo das costelas do lado direito. - Escutei quando a arma foi jogada no chão, bem atrás de mim, então peguei na mão. Não fui eu, acredite em mim, por favor, eu imploro.

Me ajoelhei a sua frente segurando em suas mãos enquanto chorava. Ele tinha que acreditar em mim.

- É como te disse, não posso simplesmente acreditar em suas palavras, preciso de provas concretas que dizem que você não a matou.

Jikook • O segredo da Névoa | O que realmente aconteceu com Celine?Onde histórias criam vida. Descubra agora