Era uma vez... (GaaLee)

Capítulo Único

Era uma vez...

Não, espere!...

Quem em pleno 2022, começa a escrever um conto de fadas com: "Era uma vez"?! É clichê demais! Vamos tentar de novo; então...

Há muito tempo, numa galáxia muito distante...

Hei, hei, hei...! Acho que isso também já existe, e além do mais, também deve ter patente, e não queremos irritar a grande indústria do cinema.

Vamos tentar de novo, uma última vez! Comecemos com uma pergunta: Quem conhece a história da Cinderela? Bem, acho que é mais fácil perguntar quem NÃO conhece a história da Cinderela! Já lemos os livros, e já vimos os milhares de filmes que são inspirados na história da bela jovem que é maltratada pela madrasta, e vive com suas duas irmãs malvadas. Ela conhece uma fadinha, ganha um par de sapatos de cristal (que cá entre nós devem ser ridiculamente desconfortáveis), e dança com um príncipe, que casa com ela no dia seguinte. Sério... eles casam no dia seguinte! Eles nem se conhecem!... Enfim, contos de fadas! - Aqui a autora revira os olhos -

Não vou mentir pra vocês, essa é mais uma daquelas "História de Cinderela"! Também tem um príncipe, uma princesa, um baile, e uma incoerente busca pelo dono de um certo sapatinho. E tudo mais o que uma história de Cinderela tem direito. Mas esta, é uma história diferente da história da bela garota loira, que esfrega o chão cantarolando lindas canções e conversa com ratos!

É... acho que sei por onde começar essa história... vamos começar com os ratos! Então...

— Ah... que nojo! — gritou Lee, dando uma vassourada no rato enorme e nojento que passava por cima dos sacos de farinha da pequena padaria onde trabalhava.

Lee era o do meio, entre três irmãos adotivos de um homem chamado Maito Gai. Gai era o padeiro do vilarejo. Ele e sua esposa sempre desejaram ter filhos, mas infelizmente ela e seu primeiro bebê faleceram no parto. Gai passou muitos anos afundado em depressão, mas sua vida foi renovada quando três criancinhas órfãs tentaram roubar sua pararia anos atrás. Ele lhes deu de comer, lhes deu um lugar para dormir, e finalmente, os adotou como seus filhos.

As três crianças cresceram. Neji era o mais velho, tinha lindos olhos perolados, longos cabelos negros e uma personalidade forte. Lee era o do meio, era o mais alto e forte dentre os três e fisicamente era tão parecido com Gai, que ninguém dizia que era adotado. E por último, havia a mais jovem, Tenten. Ela tinha lindos olhos cor de mel, cabelos castanhos, e uma personalidade angelical. Gostava de ajudar os outros e era querida por todos no vilarejo.

— Outro rato? — Tenten perguntou vendo, com repulsa, o irmão recolher o cadáver recém assassinado a vassouradas.

— É... criatura nojenta! Odeio ratos! — Lee disse com nojo na voz, se tremendo com um calafrio que subiu a espinha ao recolher o animal morto com a pá.

— Onde vai com isso? — perguntou Neji.

— Vou jogar fora! — Lee respondeu.

— Lá na frente não, tonto! Se souberem que temos ratos aqui, quem mais vai comprar nosso pães?!

Lee suspirou em concordância. Seu irmão mais velho tinha razão. Os negócios já não estavam lá de vento em popa, se alguém soubesse que estavam com uma infestação de ratos, aí mesmo que ninguém mais compraria ali. Lee então levou o animal embalado em uma sacola de papel para os fundos, a fim de juntá-lo ao restante do lixo. Mas ao chegar lá, deparou-se com uma pessoa estranha, baixa, vestindo uma capa que escondia seu rosto.