[EM ANDAMENTO] Park Jimin é um príncipe inconsequente e, por vezes, indecente. O sangue azul que corre em suas veias parece não ser o suficiente para lembrá-lo de que possui um dever importante a cumprir e, para isso, precisa seguir à risca uma gran...
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"Encontre-me no fundo do oceano Onde o tempo está congelado Onde todo o universo está aberto O amor não é aleatório, somos escolhidos E nós poderíamos usar a mesma coroa Continue abrandando o seu coração Nós somos os deuses agora." — Infinity (Jaymes Young)
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— Esta é a última vez que me faz passar vergonha desta forma, Park Jimin, você já é um homem adulto e precisa agir como tal!
Jimin, de pé em frente aos tronos onde o rei e a rainha se encontravam sentados, segurou um revirar de olhos. As mãos atrás das costas consumavam uma imagem contrastante à postura desleixada, que definitivamente não deveria ser mantida por um filho da realeza, mas demonstrava com eficiência a displicência do príncipe diante da situação.
Se fosse ser sincero — maneira pela qual de fato costumava agir, por mais inconveniente que pudesse soar —, diria que achava toda aquela bronca um espetáculo desnecessário.
Não tinha feito nada de tão exagerado dessa vez. Olhando em retrospecto, sequer poderia ser considerada a sua pior catástrofe, levando em consideração o longo histórico de "comportamento deselegante" que carregava junto a si. Ao contrário do que poderia parecer, entretanto, Park Jimin sabia, desde que tivera a brilhante ideia de se juntar aos camponeses ao invés de comparecer à reunião com os outros membros da realeza, que os reis — os quais também carregavam o título de serem seus pais —, veriam aquilo como uma afronta, uma vergonha à reputação decorosa do Reino das Águas.
Quando soube, um dia antes, dos convidados que estariam presentes no Palácio, em razão de um concílio íntimo e formal demais para sua personalidade descontraída suportar por mais de cinco minutos, decidiu se aventurar. Aproveitou que todos, incluindo seus pais e sua irmã mais velha, estavam ocupados em demasia para perceber de imediato sua ausência, e esgueirou-se do castelo utilizando a vestimenta padrão dos criados.
Despido de qualquer hesitação, correu em direção aos estábulos, onde Nevasca, sua égua de pelagem tão branca quanto a neve, relinchou alegre ao avistá-lo. Em resposta, o príncipe sorriu para ela, acariciando-a na cabeça, e sussurrou um "oi, garota" antes de abrir a baía. Organizando os acessórios de montaria, apoiou o pé no apoio e subiu, acomodando-se sobre a sela antes de cavalgar para fora das dependências palacianas o mais rápido que conseguiu, a fim de evitar que alguém percebesse sua fuga.
O vilarejo dos camponeses estava movimentado; barracas de frutas e verduras enfeitavam as ruas, enquanto crianças brincavam e riam acompanhadas dos pais. Jimin sorriu largo, já sendo logo arrebatado pela energia gostosa que aquela agitação sempre o trazia. Assim, desceu da égua e comprou um cestinho de morangos, dando um para Nevasca experimentar. Segurando o cabresto, caminhou despreocupadamente até onde um círculo de crianças se formava. Já era conhecido pela vizinhança, então, independente das roupas que usava, sabia que seria reconhecido.
