[Memories]

mal súbito

A noite já havia de cair há algumas horas

Uma orbe vermelha brilhante é revelada lentamente ao abrir da pálpebra, o de cabelos grisalhos havia acordado devido ao calor excessivo que estava sentindo, calmamente ascende um pequeno abajur de luz fraca, a resposta de sua pergunta mental é revelada quando vê um semi-deus gigante de fios alaranjados quase em cima de si dormindo calmamente, o maior tem algumas gotículas de suor em sua testa, com cuidado, retira a manta que por algum motivo cobria os dois, provavelmente estava frio mais cedo e Hércules a pegou. Sem pensar muito joga a manta em cima de uma cadeira no canto do quarto, estranhou o jeito como o ser ao seu lado se contraiu, não era de frio, parecia alguma outra coisa, mas de decidiu ignorar, desligou o abajur e voltou a dormir, mal sabia ele que aquilo era o manto de Atena

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Seu sono havia sido terrível, sorte que não se lembrava com o que havia sonhado, foi acordado por um rugido feroz, ao invés de Jack, havia um monstro de olhos esbugalhados, pele mole e grudenta, cor arroxeada, presas grandes e afiadas, estava prestes a atacar Não, não podia estar acontecendo de novo

–não, não não, não – suplicava para que fosse mentira. Se afastou em um pulo de cama, não iria atacar o suposto "monstro" estava com medo  de ser mais um joguinho de Hera, não poderia arriscar, não iria, pequena gotas de água salgada caiam de sua face, estava desesperado, e se fosse um monstro? E se fosse Lyssa? Uma voz fina e amena lhe é escutada em círculos lentos ao seu redor

–por que não atacou? – o maior rapidamente se vira em direção a voz estranhamente conhecida, ao ver quem era, o peso da culpa se faz cada vez mais presente, era mégara, porém não era a mesma que conhecia, não em vida... Em sua face havia um corte profundo passando de uma ponta a outra em diagonal, seu pescoço jorrava sangue, trajava um vestido branco manchado com o líquido escarlate

– Vo-você, Não É REAL –gritou negando quaisquer pensamento que negasse o que acabará de dizer. Acaba por ser distraido por uma outra voz, parecia estar sem forças, em seu tom podia-se notar a tristeza, e a infantilidade conhecida

–Papai, por que você machucou a mamãe? E-eu tô com medo, tá doendo muito, por favor papai para –o herói pode ver seu a criança levar seus pequenos bracinhos até o topo de sua cabeça, a região estava fétida, era possível ver a carne putrificada por dentro do crânio. Seu crânio foi aberto brutalmente, seus braços cruelmente rasgados por uma lâmina. quando mais o ruivo observava o menor, mais a culpa o consumia, mais o desprezo por si se fazia presente – Hércules! Hércules ! Hércules, hércules – uma voz gritava seu
Nome, enquanto diminuia gradativamente

O espaço ao redor de si ficará escuro, sentiu como se estivesse de olhos fechados, mesmo perante ao medo, abre os olhos ligeiramente, o cenário que via era completamente diferente, um homem de cabelos e pelos faciais grisalhos estava o encarando enquanto o chacoalhava chamando seu nome, nada havia sido real, mesmo estagnado pelo caos mental, ele praticamente se joga encima de Jack, que por sua vez retribui o suposto "abraço"– E-eu fiqu-ei com me-medo, e n-não tive c-culpa eu juro q-que eu não fiz n-nada, eu só– foi interrompido em sua frase pelo britânico

– se acalme vai ficar tudo bem, nada foi real querido deus – dito essa frase, Hércules até então desesperado tentando se explicar finalmente se acalma e apenas se lamenta em silêncio ainda com Jack no colo o englobando com seus fortes braços – vou pegar um chá de camomila para você, você seriamente precisa se acalmar e me contar tudo – no ato de se levantar e ir até a porta sente algo, neste caso alguém, segurando sua mão, sem muito esforço já tinha chegado a conclusão que Hércules não queria ficar sozinho o iria o acompanhar