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Sentado na areia ouvindo o som das ondas ecoando pelos meus ouvidos junto ao vento, enquanto respiro fundo olhando bem distante por aquela paisagem sendo pintada pelo pôr do sol nos céus, é o meu maior passatempo, é uma maravilha.

Isto tudo fica ainda mais encantado quando se está com alguém para te abraçar enquanto assiste o sol dando tchau a tudo e deixando espaço para a Lua entrar ao céu. Alguém em quem possa sorrir, alguém que passa conforto.

Eu tenho essa pessoa, ao menos, tinha...

É irônico, não?

Em um dia você estar feliz e no outro estar derrubado em lágrimas, isso acontece com muitos, mas, é difícil superar quando o seu parceiro simplesmente se vai em um piscar de olhos.

Todos dizem que irei superar, mas como irei superar essa tragédia se a pessoa com quem esteve ao meu lado todos os anos, todos os dias se foi?

Tudo começou na escola

Clichê, não?

Eu era caracterizado como "o esquisito" ninguém queria se aproximar de mim, talvez seja porquê eu nunca me enturmei? Ou porquê eu me afastava de qualquer um que se aproximava?

Não sei, o que importa mesmo é que o único ser humano que se aproximou de mim foi ele. Ele não se importava com o que iriam falar dele, apenas queria ficar ao meu lado.

– todos estão olhando... — digo baixo olhando em volta.

– quem liga? Somos um par de amigos como qualquer outro, o que tem de errado nisso? — sorriu enquanto me abraçava.

Eu me perguntava o motivo dele ter se aproximado de mim.

– por que está aqui? — pergunto olhando para ele, eu estava sentado em um dos bancos do refeitório lendo um livro.

– porque eu quero oras — riu e se sentou ao me lado.

Eu me sentia inseguro ao seu lado, achava que ele estava brincando comigo, talvez alguém estivesse pagando ele para ficar comigo.

– eu acho estranho você querer estar perto de mim

– por que?

– não sei... — aperto a barra do meu uniforme me sentindo inseguro.

Naquela hora ele sorriu e me abraçou

– só quero ser seu amigo oras — sorriu.

Após isso nos tornamos inseparáveis, a minha insegurança que sentia por ele foi sumindo, ele conseguia na verdade me deixar seguro. Ficávamos indo na casa um do outro pra fazer as lições de casa ou para bagunçar.

– Jungkook, o que está fazendo? — pergunto indo até ele.

– assistindo desenho — ele sorri olhando para a TV.

Seu jeitinho de criança me encantava, como alguém que aparenta ser maduro por fora poderia ser uma criança por dentro?

Bem, eu não me importava, seja agindo como adulto ou não, eu gostava de tudo dele.

Conforme o tempo passava, nos tornamos mais íntimos.

Depois da formatura ele passou a ir na minha casa frequentemente, nossos pais já começavam a achar nossa relação estranha. Mas quem liga? Apenas queríamos estar juntos.

– vamos para a praia? — perguntou sorridente.

– para que? — perguntei confuso, geralmente nós íamos em parques, não costumávamos ir a lugares longes.

– é que bem... — ele pensou um pouco — eu gosto de ouvir as ondas do mar.

– se isso te fazer feliz então podemos ir. – respondi alegre.

Desde então costumávamos a ir a praia nos divertir, a praia era o nosso lugar favorito. Ficávamos indo naquele lugar todo final de semana.

Jungkook arranjou um emprego em um restaurante, ele era o garçom de lá. As vezes eu ia lá apenas para vê-lo, eu me fingia de desconhecido na sua frente apenas para fazer graça.

– você é bem bonito senhor garçom, a quanto tempo trabalha aqui? — pergunto segurando uma risada.

– obrigado pelo elogio senhor cliente, não faz muito tempo que eu trabalho aqui. — ele diz me entregando um dos cardápios. — mas e você senhor cliente? Nunca te vi por aqui, é a primeira vez que vem?

– poxa senhor garçom, eu venho aqui frequentemente. — respondo sorrindo.

Por algum motivo nós achávamos isso engraçado.

Ficávamos fazendo isso tantas vezes que  o chef do Jungkook quase o demitiu por ficar conversando com os clientes por muito tempo.

É claro que não era totalmente culpa minha, havia algumas mulheres que davam em cima dele. Obviamente por ele ser muito bonito.

Confesso que as vezes eu me sentia incomodado.

Jungkook achava que era ciúmes, mesmo eu dizendo que não.

Talvez ele estava certo... Só um pouquinho...

Enfim, nossos dias eram alegres quando estávamos perto um do outro, era difícil alguém separar a gente.

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Fofo

Me desculpem qualquer erro ortográfico.

A Linda PraiaOnde histórias criam vida. Descubra agora