Nami é uma garota trabalhadora que ainda não superou a morte de sua mãe. Trabalha como motoboy de uma pizzaria, e andar de moto é a sua paixão. Em uma noite, seu chefe acaba mandando ela entregar uma pizza no final do seu turno. Ela não esperava que...
👒🍊 « ― Sem comentários de ódio, por favor. 👒🍊« ― Bom capítulo
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Nas noites frias e escuras, ele era a estrela mais brilhante.
De manhã, a chuva pingava na janela de vidro da cozinha, a ruiva estava sentada na mesa de jantar, com as pernas cruzadas, os dedos na agulhas no chapéu de palha. Arrumava o que era um corte que tinha na parte superior do chapéu. Seus dedos passavam pelo objeto com delicadeza, e com um sorriso no rosto, ao se lembrar do dia mais triste e acolhedor de todos os seus 18 anos de vida. O dia do enterro de sua mãe.
"Bellemere foi uma mulher forte." Era o que estava escrito em seu túmulo. Nami, hoje em dia, diria que era uma frase curta para poder falar de sua mãe, mas naquela época, nem sequer se importava. Sua mãe foi uma das melhores pessoas a qual já conheceu, a adotou quando tinha apenas 5 anos de idade, e sua irmã com 7 anos.
Ela conseguia transmitir um sentimento de segurança tão forte, que sua irmã conta que quando ela segurou a garotinha em seus braços, tinha se acalmado. Mesmo com várias dificuldades financeiras, a mesma não deixou em nenhum momento as filhas sem o necessário, comida, roupas, estudos e lazer, se lembrava de sua mãe ficar dias sem comer apenas para dar um pouco que lhe restava para e sua irmã. Era uma mãe a qual daria o mundo, sangue, suor e lágrimas para poder ver suas filhas sorrirem.
Nami olhava para o túmulo dela, chorando em silêncio, ou pelo menos tentando, com a mão sobre sua boca. Seus soluços eram óbvios, mesmo ela tentando disfarçar, estava sentada pois já tinha ficado tão tento ali que suas pernas cansaram, as lágrimas caiam sobre suas coxas e chão, e a noite era nublada, tornando o momento mais melancólico. Nami não queria aceitar a morte de sua mãe, seu mundo sem ela era uma coisa a qual nunca pensaria, e agora que está sem, não sabe o que fazer e por onde recomeçar, ainda mais, se sentindo extremamente culpada pela morte de sua mãe.
― Por quê você fez isso consigo mesma, sabendo que você não voltaria viva? Bellemere...― Ela tirou a mão de seu rosto, e se abraçando, como uma forma desesperada de se segurar. Queria gritar, dizendo que ela não deveria ter ido, não deveria tentar resolver algo que ela não tinha nada haver, mas, isso não a iria trazer de volta.
― Moça, tá tudo bem? ― Escutou uma voz desconhecida e doce por trás de si, a mesma no momento desfaz o abraço e seca o rosto com a mão.
― Sim ― Ela diz tentando disfarçar a voz de choro, mas mesmo assim era bem notável a sua tristeza, se virando e respondendo de forma séria. Ela percebe que é um rapaz baixo, mais ou menos de sua idade, com uma marcante cicatriz debaixo do olho.
― Ela era sua mãe? ― Ele se aproximou dela com passos leves, olhando para a lápide, segurando o chapéu de palha que usava, por conta do vento forte querendo levá-lo.
