32

7.8K 642 30
                                    

Eu já havia decorado a casa toda do jeito que eu queria, ainda faltava montar alguns móveis que não deram tempo, mas que não eram de muita importância no momento.
Já era noite, Seoyun não parava de chorar, acredito que seja por conta da casa nova. Ela mamava o tête dela e resolvi ir pra varanda que tinha em meu quarto, que dava a visão dos fundos da minha casa. Eu a balançava em meus braços enquanto cantava uma música de ninar, por um instante ela parou de chorar e se acalmou um pouco, continuei a cantar enquanto a balançava, ela chupava o tête dela, no caso, o meu seio.

- O meu amor, não precisa chorar, a mamãe tá aqui minha princesa! - falei de forma dócil, ela me olhava atenta.

- Tête! - exclamou me arrancando um sorriso.

Taehyung

Estava em meu quarto, tentava dormir mas a insônia não deixava, pra piorar haviam choros de bebê na casa ao lado, para a minha sorte o choro passou, e então escuto uma voz dócil cantarolar do lado de fora. Curioso, me aproximo da minha sacada, e disfarçadamente olho na direção da voz, era uma mulher que segurava uma criança no colo, a criança mamava em seu peito e a observava cantar, e então ela parou e conversou com a criança, espera, eu conheço essa voz e essa silhueta. No mesmo instante meus olhos arregalaram, me surpreendi mais ao saber que aquela era a mãe da criança, aquela mulher era Sn, eu tinha certeza.

- Sn? - minha voz rouca ecoou, a fazendo me olhar assustada.

- T-taehyung? - arregalou seus olhos.

- É mesmo você? - me aproximei, a parecia estar em choque.

- O que você está fazendo aqui? - perguntou ainda surpresa.

- Eu moro aqui! - a fitei - Eu quem te pergunto, o que está fazendo aqui? E que criança é essa? - ela olhou a bebê em seus braços e me olhou.

- Eu moro aqui! - respondeu e então entrou no quarto, me deixando sozinho.

Caramba, é ela mesmo. Mas como? Então...ela ja construiu uma família nesse tempo? É claro, aquele bebe comprova tudo... Você deveria ter se ligado Taehyung, é claro que ela seguiria com a vida dela e iria te esquecer!
Suspirei e adentrei em meu quarto, me deitei em minha cama e fiquei pensando sobre Sn e esse bebê. Porque ela não me disse nada? Aquele telefonema que ela deu hoje... provavelmente estava conversando com o marido!...
Tornei a suspirar, mil pensamentos vinham em minha mente, e todos eram sem resposta. Até que sou interrompido por meus pensamentos pelo choro do bebê da Sn, minutos se passaram e o choro não parava, e então ouço Sn chamar por meu nome na sacada de sua casa, mais que depressa vou até a minha sacada e a vejo chorando com o seu bebê que não parava de chorar.

- Taehyung! - Exclamou desesperada.

- O que houve? - perguntei preocupado.

- Ela...a Seoyun não para de chorar, já fiz de tudo mas nada tá adiantando...- explicou desesperada.

- Quer levá-la no hospital? - sugeri.

- Sim, por favor! - acariciou sua filha que não parava de chorar.

- Me encontre em frente a sua casa, vamos no meu carro! - ela assentiu e adentrou pra dentro de sua casa com a bebê.

Mais que depressa fui até meu closet e peguei uma camisa qualquer e uma blusa de frio, fui até o criado-mudo e peguei a chave do meu carro, desci as escadas e fui para o lado de fora, não demorou muito e Sn saiu de sua casa com a bebê em seus braços, ela não parava de chorar, as duas na verdade.

- O que houve com ela? - perguntei me aproximando e destrancando o meu carro.

- Eu não sei, já fiz de tudo pra ela parar de chorar, dei banho, mama, brinquei com ela, tentei fazer ela dormir, dei água, troquei a fralda, mas nada dela parar de chorar! - explicou aos prantos.

- Vem, entra, vamos pro hospital! - falei abrindo a porta do carona pra ela entrar, e assim ela fez, entrou e se sentou com sua bebê em seus braços.

Mais que depressa entrei no carro e dei partida, fui em direção ao hospital mais próximo que tinha por ali, por sorte a estrada estava vazia e não tinha tantos carros. Não demorou muito e chegamos no hospital, ela desceu do carro e correu pra dentro do hospital, eu tranquei o carro e a acompanhei logo em seguida, a encontrei conversando desesperada com o doutor.

- Coloque ela deitada na maca, vou examiná-la! - o médico ordenou colocando suas luvas.

A garota fez o que o médico pediu, colocou sua bebê deitada na maca e ele começou a examiná-la, Sn estava aflita e nervosa, me aproximei da garota e segurei em seu ombro, como forma de consolo, ela se virou para mim com sua cara de choro, e então aproximei meu corpo do seu, a abraçando de lado, para a minha surpresa a garota retribuiu apoiando sua cabeça em meu peitoral enquanto chorava, acariciei seus cabelos e suas costas como conforto.

- Os senhores são os pais da criança? - a enfermeira perguntou se aproximando.

- Eu...- ela me olhou de relance - Eu sou a mãe dela! O que ela tem? - perguntou aflita.

- Ela ficará bem, o doutor está a examinando! Eu preciso que o pai ou a mãe me acompanhe para preencher a ficha dela! - a enfermeira explicou.

- Pode ir lá, eu fico com ela! - Sn me olhou.

- Tá, qualquer coisa me chama! - assenti.

Ela se separou do abraço e se distanciou acompanhada da enfermeira. Me aproximei da maca, com o médico ainda a analisando.

- E então doutor? O senhor já sabe o que ela tem? - perguntei, confesso que estava preocupado.

- Febre e dor de ouvido! - me olhou.- É por isso que ela não para de chorar, por conta da dor de ouvido! - explicou.

- E o que fazer pra ela melhorar? - perguntei preocupado.

- Remédio, banho morno e paciência! Irei receitar alguns medicamentos para ela tomar, o do ouvido será gotinhas que terão de pingar no ouvidinho dela, e o de febre será em xarope, a menos que queiram que ela tome em injeção, a injeção irá curá-la mais rápido! - explicou.

- Isso a mãe dela quem irá decidir doutor! - olhei para a bebezinha que parecia diminuir o choro.

- É claro! Já pode tira-la da maca! - olhei para o médico, em seguida para a bebê.

- Eu...- engoli seco.

Com cuidado, me aproximei da bebê e a peguei no colo, meio desengonçado e sem jeito, consegui encaixa-la em meus braços, ela me olhou atentamente, e então levou sua mão até meu nariz e o apertou levemente, me arrancando um sorriso.

- Oi pequena Sn, é um prazer conhece-la! - Exclamei baixo e dócil, a garotinha me olhou atentamente e então deu um pequeno sorriso pra mim, aquilo aqueceu meu coração.

- Vejo que é um bom pai, a criança está até mais calma em pouco segundos que está em seu colo! - médico exclamou, aquilo me fez arrancar um sorriso.

- Um bom pai? - Murmurei e direcionei meu olhar para a bebezinha em meus braços, que parecia sonolenta.

- Ela está bem? - Sn se aproximou ainda aflita, e paralisou ao ver sua filha em meus braços.

Vendida Para Um Mafioso|Kim TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora