Capitulo único

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Pov Klaus

- Para...p...p...por favor...

Eu ouvia a voz do vampiro enquanto minha mão estava mergulhada em seu peito, apertando seu coração, sentindo-o bater cada vez mais fraco. Quanto mais o apertava, mais o vampiro perdia o folego e mais implorava. A voz ofegante. Ele ficava cada vez mais vulnerável e eu gostava disso. Sempre gostei, na verdade. Ter a vida de reles vampiros fracos que pensam que são imortais nas minhas mãos e a sensação de que posso fazer o que quiser com ela, me enche de prazer. 

Principalmente quando é a vida de alguém que tenta agir contra a minha família.

Eu o observava morrendo aos poucos com minha mão em seu peito, e me divertia ao vê-lo implorando enquanto ainda tinha um mínimo de folego. Quando fiquei entediado, apenas dei um último sorriso triunfante e arranquei seu coração em um segundo. Seu corpo caiu no chão. Um peso morto literalmente. Com um buraco enorme no peito. Um segundo depois, deixei o coração cair ao lado do cadáver.

Me virei de costas e dei uma boa olhada em toda a bagunça que criei. O lugar em que estávamos era escuro, iluminado apenas com a luz da lua naquela madrugada. Um beco sujo e pouco movimentado atrás de uma boate em Londres. Olhei para o chão cheio de sangue e contei os corpos jogados ali. Eram sete contando com o vampiro que acabei de matar. Sete vampiros eliminados um a um por mim. Dizem mesmo que sete é o número da sorte...

***

Há pouco mais de dois anos, eu estava prestes a sacrificar minha própria vida em troca de assegurar a vida e a felicidade de Hope. Por minha filha eu sacrificaria tudo o que tenho e o que sou e jamais me arrependeria. Eu estava pronto para morrer por ela quando a solução para derrotar a Hollow apareceu e eu e Elijah conseguimos destruí-la de uma maneira que eu ainda nem sei explicar. Aquilo foi completamente inesperado. Como uma benção. Como se o Universo de alguma maneira tivesse colaborado para que tudo desse certo da forma mais perfeita. Foi inacreditável, mas real. 

E então após derrotar Hollow, finalmente me senti em paz para respirar. Elijah tinha recuperado a memória um tempo antes e ainda estava destruído com o que aconteceu à Hayley. Meu irmão se culpava por isso, então decidiu ser o tio mais presente possível para minha filha como uma forma de reparar seus erros. Ele assumiu a missão de manter a memória de Hayley viva, e de fazer com que Hope deixe de se sentir culpada pela morte dela. Por sua vez, Hope finalmente suavizou seu contato com Elijah, com quem ela foi bem hostil ao também culpá-lo pela morte da mãe. Aos poucos, tio e sobrinha se entenderam e desenvolveram uma linda amizade, que me encheu de paz. Também encontrei paz na convivência com meus irmãos, com todos eles. Foram três meses sem brigas, sem trocas de acusações, sem enfrentarmos nenhum inimigo, sem violência alguma. A verdadeira paz reinava entre os Mikaelsons.

Tive também meu momento com Caroline. Me lembro de cada detalhe do que aconteceu na noite seguinte à derrota de Hollow. No dia em que pensei que seria meu último, Caroline e eu ficamos o dia todo juntos passeando por Nova Orleans. Ela tinha voltado para Mystic Falls após prometer que nunca me esqueceria. O amor que senti emanando dela, de suas palavras, do seu toque em minha nuca, dos seus lábios nos meus, jamais seria apagado de mim, nem se eu realmente morresse, como planejei. Mas eu não morri. Eu mesmo ainda não tinha avisado a ela que estava vivo, estava pensando em como fazer isso, mas Elijah tomou a iniciativa. Caroline voltou para Nova Orleans assim que soube. E na noite seguinte, lá estava ela novamente em minha casa. 

E quando nos reencontramos, olhamos nos olhos um do outro, nos aproximamos... 

O ímpeto nos dominou ao mesmo tempo e apenas nos beijamos. Porque naquele momento, depois de tudo que vivemos enquanto ela me ajudava com a Hope, despertando novamente tudo o que sentíamos um pelo outro... não havia mais palavras a serem ditas. Eu sabia. Ela sabia. Pertencíamos um ao outro. E realmente fomos um do outro naquela noite. De todas as formas possíveis. Profundamente. Incansavelmente. Caroline passou uma semana hospedada em minha casa e aquilo foi como uma lua de mel. E então começamos um relacionamento. Muito lentamente. Aproveitando cada momento e sem nos preocuparmos com rótulos. Estávamos apenas juntos e tínhamos a imortalidade pela frente. Algo que sempre imaginei que aconteceria entre nós estava finalmente acontecendo. Me encheu de felicidade, e a paz transbordou em mim.

DESTINADOS - One shot de Klaroline Onde histórias criam vida. Descubra agora